segunda-feira, 30 de março de 2009

ao Alentejo Heróico




À Memória de CATARINA


Meu trigal rosácea amena
Na planura sem confim
Alastra a tarde serena
No geométrico jardim.

Horizonte a germinar
Em agudizar da cor
Árvore erecta a evocar
Alucinação de amor.

Porém no teu solo alonga
Abjecta negação
Rubro sangue de paloma
Que apenas pedia o pão.

Ignóbil pra sempre quem
Ultraja afinal o nome
Que lhe deu no berço a mãe
Só porque alguém tinha fome.



Marilia Gonçalves

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