Não é um aniversário qualquer…porque já são, uns maduros 35 anos!
Não é um aniversário qualquer…porque estamos passando por uma grave crise interna e global.
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Houve 25 de Abril porque queríamos ser Livres, estar…em PAZ, contribuir, com plena cidadania, para a construção do futuro…do nosso futuro e a ditadura fascista não nos deixava.
Esta era também uma “ outra guerra”. Um desassossego intimo.
Mas também houve 25 de Abril porque havia guerra: a guerra colonial.
Houve 25 de Abril porque havia colonização, ditadura, opressão, obscurantismo, repressão, demagogia, isolamento…um pesado policiamento das consciências.
Todos os que não se sentiam bem…com este estado de coisas… fizeram o 25 de ABRIL.
Fomos um só povo: europeus e africanos. Os do Norte e os do Sul, do Litoral e do Interior:
A sentir em português o acto: REVOLTA...
A falar em português a palavra: LIBERDADE...
A guerra que travámos tinha várias espécies de “teatro de operações”:
...o teatro de operações, dessa guerra, não tinha apenas o cheiro da mata e do capim, das chuvadas tropicais, do sol abrasador...dos trovões dos morteiros ou do rasgar das rajadas, dilacerando corpo e espírito...
da hipócrita dominação colonialista exploradora
e
dos homens que gritavam: queremos a Liberdade.
...o teatro de operações, dessa guerra, tinha o frio pungente da casa de pedra que chorava o seu filho ou marido perdido, o seu pai morto, entes queridos desaparecidos.
O império,
o do sofrimento,
Não é um aniversário qualquer…porque estamos passando por uma grave crise interna e global.
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Houve 25 de Abril porque queríamos ser Livres, estar…em PAZ, contribuir, com plena cidadania, para a construção do futuro…do nosso futuro e a ditadura fascista não nos deixava.
Esta era também uma “ outra guerra”. Um desassossego intimo.
Mas também houve 25 de Abril porque havia guerra: a guerra colonial.
Houve 25 de Abril porque havia colonização, ditadura, opressão, obscurantismo, repressão, demagogia, isolamento…um pesado policiamento das consciências.
Todos os que não se sentiam bem…com este estado de coisas… fizeram o 25 de ABRIL.
Fomos um só povo: europeus e africanos. Os do Norte e os do Sul, do Litoral e do Interior:
A sentir em português o acto: REVOLTA...
A falar em português a palavra: LIBERDADE...
A guerra que travámos tinha várias espécies de “teatro de operações”:
...o teatro de operações, dessa guerra, não tinha apenas o cheiro da mata e do capim, das chuvadas tropicais, do sol abrasador...dos trovões dos morteiros ou do rasgar das rajadas, dilacerando corpo e espírito...
da hipócrita dominação colonialista exploradora
e
dos homens que gritavam: queremos a Liberdade.
...o teatro de operações, dessa guerra, tinha o frio pungente da casa de pedra que chorava o seu filho ou marido perdido, o seu pai morto, entes queridos desaparecidos.
O império,
o do sofrimento,
Portugal redimiu-se numa noite e fez surpreendentemente, dum conjunto de jovens militares, emergirem capitães, timoneiros do povo armado…mas também, sob a égide dum povo unido, erguer uma das mais belas alvoradas.
Esta alvorada libertadora nunca poderá ficar dissociada:
-nem da madrugada da forte fusão Povo-MFA….soldado/capitão;
-nem da madrugada do movimento popular, vigilante e seguro;
-nem do 1º, Primeiro de Maio”, que veio logo a seguir;
-nem das anteriores heróicas lutas dos resistentes e combatentes antifascistas.
Por isso mesmo será sempre justo o clamor de reconhecimento e também de comemoração festiva:
-para todos os combatentes da Liberdade, de qualquer cor ou credo, dentro e fora do país!
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-Uma Alvorada libertadora, só por si, não faz uma Revolução…mas há Alvoradas que as fazem.
Nesse dia, há 35 anos, o 25 de Abril sendo um Golpe Militar, trabalhoso e difícil, cuja intenção e grandeza não se poderão negar, teve na estrondosa adesão popular a plataforma para um estado superior.
Vindos da luta e do sacrifício de longos anos, o povo, o povo trabalhador e o movimento popular levantou o Sol naquele dia, há 35 anos, e com ele a nossa Alvorada, a dos capitães, foi REVOLUÇÃO…fez-se REVOLUÇÃO…a REVOLUÇÃO dos Cravos.
Ao povo, aos cidadãos… foi restituído o que era deles e por isso eles acorreram: a tomar nas suas mãos o que lhe era pertencia:
-nas instituições;
-nas fábricas;
-nos bairros;
-nas escolas;
-na terra…no campo…na serra.
Nós capitães de Abril (militares de carreira) aprendemos (na guerra onde nos meteram) a arte da organização militar, mas também colhemos nela as contradições do sistema, cruzando informação e sabedoria com o povo soldado e o povo colonizado, escutando o que se passava no resto do mundo…
Sabem, os que tiveram em guerra, a quanto anos de reflexão
a quantos anos de saber
a quantos anos de aprendizagem
podem equivaler um dia de trincheira?!?
Comissão de guerra após comissão de guerra( e alguns tiveram 3 em oito anos), impregnou-se em nós, exactamente, nesses anos 60, o que os anos 60 deram ao mundo:
Sonho, luta, renovação e esperança…
Nós capitães, anos após anos, constatámos que afinal o nosso inimigo não estava na mata tropical mas no Terreiro do Paço…Altas patentes militares e Governantes mentiam-nos sem pudor.
E foi, paradoxalmente, com os conhecimentos adquiridos nessa guerra, que soubemos preparar com profissionalismo e competência a tomada do poder, em Portugal e também na Guiné, como aconteceria a 25 de Abril.
Duran Clemente
Abril 2009
1 comentário:
Manhã de Paz
Ai a manhã de Primavera
calma e sedosa de perfume e flor
— como qualquer primeiro amor
ornamentado de quimera
Haja o que houver e seja quando for
prometo sim! Prometo ter maneira
de semear rosas onde exista a dor!
Vicente Campinas in Raiz da Serenidade
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