sexta-feira, 1 de maio de 2009

1º DE MAIO 2009


UM 1º MAIO DEVIA SER O DIA DOS TRABLHADORES UNIDOS COMO OS DEDOS DA MÃO


Mas em Portugal de Abril, partem-se os dedos, e esfacelam-se as mãos, porquê?

Será porque a Justiça Social reina?

Será porque o Desemprego foi debelado?

Será porque o Ambiente Social e Profissional das empresas é amigo?

Será porque está certo que um administrador de um Banco, o Sr. Ricardo Salgado, ganhe de prémio 800 mil euros , o equivalente a 148 anos de trabalho com o salário mínimo e quase 30 anos de vencimento de um coronel do Exército?

Será porque está certo que 6 Chairman ganham em prémios o equivalente a SEIS SÉCULOS de um trabalhador com o salário mínimo?

Se tudo isto está certo, então, também está certo que os dedos e as mãos se separem para jogos de braços de ferro.

Mas se tudo isto está errado, então, o que andais a fazer, uma REVOLTA, ou o Quê?

QUE RESPONSABILIDADES TENDES NAS DERROTAS QUE A DIVISÃO PORPORCIONA.

Com muita mágoa, dor e com uma visão escurecida do Futuro, pois assim os caminhos estreitam-se, e as aventuras desastrosas podem tomar o palco dos acontecimentos.

Portugueses!

PORTUGAL!

Da barricada da Esperança e da luta democrática, assim, VOS INTERPELO, mas entre mim e vós há um grande deserto de areias e vazio, por onde, a voz não ecoa.

andrade da silva

PS: nos próximos dias publicarei o apelo que dirigi de Almada, em 24 de Abril, aos jovens e uma proposta global …. Quem faz o que pode…. do que penso como imperativo Nacional e Ético, p
ara a constituição dos pilares morais políticos, culturais, sociais, económicos e ecológicos de uma Democracia que seria amada pelos portugueses - oiço-os muito, em variados sítios - e seguida por muitos povos do mundo.

1 comentário:

Marília Gonçalves disse...

Meu Maio

A todos

que saíram às ruas,

de corpo-máquina cansado,

a todos

que imploram feriado

às costas que a terra

extenua

Primeiro de Maio!

O primeiro dos maios:

saudai-o enquanto

harmonizamos voz em

canto.

Sou operário

este é meu maio!

Sou camponês

este é meu mês.

Sou ferro

eis o maio que eu quero!

Sou terra

O maio é minha era!


Vladimir Maiakovski


1º de Maio – dia de luta
do trabalhador

Em 1º de Maio de 1886, em Chicago (EUA), são marcadas manifestações com a palavra de ordem: “8 horas de trabalho, 8 horas de descanso, 8 horas de educação”.

O choque com a repressão violenta é inevitável: 38 mortos, centenas de feridos e vários líderes presos. Depois de um julgamento absurdo (uma farsa), sob a acusação de terem assassinado um policial, cinco operários foram condenados à morte (Lingg suicida-se e Spies,
Parsons, Fischer e Engel são enforcados), Neebe, Schwab e Fielden são condenados à prisão perpétua.

Antes de sua morte, August Spies disse: “Com o nosso enforcamento, vocês pensam em destruir o movimento operário. Aqui vocês apagam uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescem e vocês não podem apagá-las.”

Enquanto isso a burguesia vociferava: “A prisão e os trabalhos forçados são a única solução adequada para a questão social.” (Chicago Times); “Esses brutos (os operários) só compreendem a força, uma força que possam recordar durante várias gerações...” (New York Tribune).

Em 14 de Julho de 1889 o Congresso Internacional dos Partidos Socialistas, realizado em Paris, proclama o 1º de Maio como a data internacional de luta dos trabalhadores.

No Brasil os primeiros movimentos relacionados ao 1º de Maio aconteceram em 1890. Mas a primeira grande manifestação do 1º de Maio ocorreu no Rio de Janeiro, em 1906, organizada pela Confederação Operária Brasileira (COB – primeira experiência de central sindical do país). Contrariando as tendências da época, a COB combatia veementemente aqueles que encaravam a data como feriado, como festa. As palavras de ordem eram: jornada de 8 horas; melhores condições de trabalho; autonomia sindical.

De lá pra cá, os trabalhadores obtiveram muitas conquistas com sua luta: direitos como férias, 13º salário, jornada de 8 horas diárias, etc. Entretanto alguns direitos foram retirados, outros estão hoje ameaçados e outros estão ainda por serem conquistados.

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VIVA O 1° DE MAIO