Nem sei por onde começar, porque a desgraça é tanta que vá lá o diabo escolher! Refiro-me à Universidade da Madeira e ao seu Departamento de Engenharia.
Estou a falar como mãe de um aluno desta universidade, portanto tudo aquilo que aqui vou deixar escrito é pelo que vou sabendo pelo meu filho e seus colegas e por tudo o que vejo escrito por alguns dos seus professores.
Tempos houve que a UMA tinha boa fama sobretudo no tocante às engenharias, e daí o meu filho abandonar a universidade onde estava no Continente e inscrever-se nesta. Gostei, claro, por diversos motivos, sobretudo os afectivos e os económicos, e como era tida como uma boa universidade considerámos ser uma boa opção.
Agora já não consigo pensar assim.
Tem vindo a piorar de ano para ano, e estou a referir-me a determinados professores contratados pela universidade.
Não consigo entender como é que uma universidade contrata professores que mal sabem escrever e falar e que acumulam funções, sendo a de professor a 2ª escolha.
Como se justifica que um professor universitário não saiba elaborar enunciados de testes e/ou frequências?
Como se justifica que a linguagem escrita utilizada seja o “Portenhol” e não o português?
Como se justifica que as questões estejam mal formuladas, de tal forma que os alunos não conseguem entender o que é pretendido?
Como se justifica que durante o teste e/ou frequência o professor mude diversas vezes os dados das questões (após ser chamado à atenção pelos alunos para os erros científicos das mesmas)?
Fala-se tanto, neste país, na Avaliação dos Professores do Ensino Secundário e parece que ninguém se importa com a qualidade do ensino “dito” superior!
Os professores do ensino universitário não são imunes a uma avaliação, apesar de pensarem que sim.
Algo está mal na UMA, começando pelos critérios de avaliação às diferentes cadeiras e acabando nos estatutos dos alunos.
Existem dualidades de critérios de avaliação dentro de uma mesma turma, ou seja, quem cai no “goto” do professor está passado sem mesmo ter prestado todas as provas que devia prestar.
Isto chama-se o quê? CORRUPÇÃO!
Será tão difícil assim pensar a avaliação para cada cadeira da Universidade?
Claro que não!
Há uma passividade, há uma inércia que só se explica pela conveniência de alguns e pelo medo de outros.
Mas o pior disto tudo é a preparação destes alunos. Que engenheiros vão sair dali? Será que podemos viver em paz e sem medos num novo apartamento? Será que podemos atravessar uma ponte ou um túnel sem o perigo de derrocada?
Como comum cidadã começo a ficar com medo!
Sei que em nada vai resultar este meu desabafo, mas não podia deixar de fazê-lo.
Sou mãe, encarregada de educação, professora e pagadora de uma propina. Como tal tenho que mostrar publicamente a minha indignação.
Aproveito para fazer um apelo ao reitor da UMA:
- Sr Reitor, por favor arranje forma de saber da competência de quem contrata para os seus quadros! Obrigada.”
Isabel Pestana
NOTA DA EDIÇÂO:
Estou a falar como mãe de um aluno desta universidade, portanto tudo aquilo que aqui vou deixar escrito é pelo que vou sabendo pelo meu filho e seus colegas e por tudo o que vejo escrito por alguns dos seus professores.
Tempos houve que a UMA tinha boa fama sobretudo no tocante às engenharias, e daí o meu filho abandonar a universidade onde estava no Continente e inscrever-se nesta. Gostei, claro, por diversos motivos, sobretudo os afectivos e os económicos, e como era tida como uma boa universidade considerámos ser uma boa opção.
Agora já não consigo pensar assim.
Tem vindo a piorar de ano para ano, e estou a referir-me a determinados professores contratados pela universidade.
Não consigo entender como é que uma universidade contrata professores que mal sabem escrever e falar e que acumulam funções, sendo a de professor a 2ª escolha.
Como se justifica que um professor universitário não saiba elaborar enunciados de testes e/ou frequências?
Como se justifica que a linguagem escrita utilizada seja o “Portenhol” e não o português?
Como se justifica que as questões estejam mal formuladas, de tal forma que os alunos não conseguem entender o que é pretendido?
Como se justifica que durante o teste e/ou frequência o professor mude diversas vezes os dados das questões (após ser chamado à atenção pelos alunos para os erros científicos das mesmas)?
Fala-se tanto, neste país, na Avaliação dos Professores do Ensino Secundário e parece que ninguém se importa com a qualidade do ensino “dito” superior!
Os professores do ensino universitário não são imunes a uma avaliação, apesar de pensarem que sim.
Algo está mal na UMA, começando pelos critérios de avaliação às diferentes cadeiras e acabando nos estatutos dos alunos.
Existem dualidades de critérios de avaliação dentro de uma mesma turma, ou seja, quem cai no “goto” do professor está passado sem mesmo ter prestado todas as provas que devia prestar.
Isto chama-se o quê? CORRUPÇÃO!
Será tão difícil assim pensar a avaliação para cada cadeira da Universidade?
Claro que não!
Há uma passividade, há uma inércia que só se explica pela conveniência de alguns e pelo medo de outros.
Mas o pior disto tudo é a preparação destes alunos. Que engenheiros vão sair dali? Será que podemos viver em paz e sem medos num novo apartamento? Será que podemos atravessar uma ponte ou um túnel sem o perigo de derrocada?
Como comum cidadã começo a ficar com medo!
Sei que em nada vai resultar este meu desabafo, mas não podia deixar de fazê-lo.
Sou mãe, encarregada de educação, professora e pagadora de uma propina. Como tal tenho que mostrar publicamente a minha indignação.
Aproveito para fazer um apelo ao reitor da UMA:
- Sr Reitor, por favor arranje forma de saber da competência de quem contrata para os seus quadros! Obrigada.”
Isabel Pestana
NOTA DA EDIÇÂO:
Também por estas TERRAS DE SANTA MARIA o ensino superior não está mesmo nada bem de saúde. Maus professores, ninguém os avalia, muitos fazem o que querem e muitos mesmo não querem a dar aulas e depois com a pseudo revisão do protocolo de Bolonha, em termos curriculares todo ficou na mesma com duas excepções:
1- desvalorização completa da licenciatura dá acesso ao emprego de “varredor da câmaras”, tarefa nobre, mas enfim uma licenciatura, mereceria um pouco mais de aceitação
2- e serviu para encarecer o 2ºciclo, enquanto a licenciatura ao longo de três anos custa cerca de 3.000 euros no ensino público, o mestrado custa 5mil e parece logo que à cabeça.
Tenho um filho agora nesta encruzilhada emprego ou 2º ciclo, duas coisas penosas emprego não há, mestrado custa um dinheirão e eu que já tenho uns bons anos e tenho a mala sempre pronta para a partida fico sem os tais tostões para conhecer mais mundo antes de partir,
Mas a maioria aceita isto que é a mesma m…. no reino de D. Alberto João. Triste e vil sorte a deste Portugal e da nossa querida Madeira.
O meu abraço e homenagem à tuna feminina, às cantadeiras da Madeira. Quão belo é o bailinho? E saborosa a espetada, o bolo do caco, o vinho seco no restaurante Cabo Girão, ou a sandes de carne vinho e alhos do mercado dos Lavradores! E mais belo ainda o Sol, o Mar, a Lua, as Montanhas, as Flores e as tão belas Dianas de muitos outros nomes e apelidos dessa Terra dos Amores. Como te amo Madeira, até Agosto.
Isabel espero agora um texto de SOL ou Lua de Prata, desses luares de Maio, ou de Agosto.
Abraço. Estamos contigo e com vocês.
Asilva
Asilva
4 comentários:
Caríssima Isabel Pestana
Há muitos anos,entre outros sonhos, era jovem ainda, sonhava um Portugal onde além do mais, os pastores tivessem aprendido música... que composições não nos fariam, vivendo num mundo de sons e paisagens cantantes... divagações de jovem, no entanto que bom seria se em cada português houvesse um homem culto!
mais tarde deu-se o 25 de Abril, o Dia que tornava os sonhos possíveis...mas nós estávamos conscientes que ante a pesada e terrível herança herdada do salazarismo, levaria pelo menos uma década a ver-se surgir uma nova Luz nas mentes do Povo de Portugal e afinal mais de trinta anos depois, continuamos a assistir a quanto nos refere e de que por nosso mal tantos se queixam!
Que futuro preparam os governantes para Portugal? para os filhos de Portugal?
porque as lacunas no ensino seja a que nível for são difíceis de ultrapassar! ora, quando essas lacunas são tais brechas que um mar as não encheria, fica-nos a dor e as làgrimas a encher esse vazio onde se debatem os jovens mais briosos e combativos e onde naufragam os menos arrojados e talvez menos imaginativos, para poder combater com conhecimento de causa, pelo caminho em que aprendendo, afastam futuros males,
jà que quem menos souber nadar mais depressa se afoga
longe meus sonhos de pastores compositores e de quantos honestos modos de ganhar a vida com idênticos direitos de ser mais longe que ganhar o magro pão!
Estou pois consigo, hoje elevando meu grito com o seu pelos meus netos e por quanta criança e quanto jovem poderá pela incúria de governantes (para não dizer pior)não chegar a ser o que as suas capacidades primeiras prometiam
em frente por Portugal e pela juventude portuguesa que é o amanhã do nosso magoado país
um beijinho para si
Marília Gonçalves
Marília
Um obrigada bem grande pelas suas palavras de solidariedade!
Pois é de facto assim que o ensino está na Madeira, e pelo que o nosso amigo João acrescenta está também mal no Continente.
Entreguei o testo no Diário de Notícias local para ser publicado, numa rubrica "cartas do Leitor". Até agora nada! Vamos ver!
Falando de outro assunto, ha dias mandei-lhe uma msg sobre o tal poema Maldição. Consegui encontrar uma referência ao mesmo. Está na contra capa de um livro que se encontra na biblioteca da Universidade de Coimbra, no departamento do 25 de Abril.
Beijinhos
Isabel
ha um erro de digitação na minha anterior mensagem. Não é testo mas sim texto!
Amiga Isabel Pestana
obrigada pelo seu cuidado quanto ao poema Maldição
recebi efectivamente a sua mensagem que espero vai permitir-me o reencontro com o poema, para o dizer às crianças, para que nunca esqueçam o papel que a Poesia tem que desempenhar no combate pela Liberdade
o meu abraço amigo
Marília
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