A direita não pode vencer as próximas eleições, com o actual governo do PS tivemos desvios de direita, por responsabilidade do 1º Ministro, mas também pelo espírito belicoso, arrogante e agressivo do Ministro Santos Silva, a manifesta incompetência dos ministros da economia e a da justiça, para além da teimosia da ministra da educação em termos do processo de avaliação dos professores que sendo uma ideia positiva, foi tecnicamente mal executada, da degradação da disciplina nas salas de aulas e de alguns conteúdos que segundo alguns professores estupidificam as nossas crianças; e também pelo apoio, a todos os títulos inaceitável, aos banqueiros, aos grandes grupos financeiros e económicos e de muitas trapalhadas e negócios, a deixarem sempre muitas dúvidas, o que é, aliás, a uma prática sistemática dos governos da alternância.
Todavia com um Governo da Sra. Ferreira Leite não serão só as medidas erradas do PS que serão executados, como ainda se assistirá a um agravamento na segurança social, com a ideia peregrina da sua privatização, o que, o PS não consentiu e, bem, e também a cada vez maior privatização do estado.
Com o governo da direita mais de 40% da população fica completamente desprotegida de quase tudo, a começar pelo direito a um serviço nacional de saúde e de segurança social capazes. Quem tiver dinheiro para seguros terá acesso aos bons hospitais. Quem tiver dinheiro para investir em poupanças terá reforma, quem não tiver, irá para a sarjeta. A isto temos de dizer não.
Foi com Ferreira Leite que se iniciou a ordem dos trabalhos forçados até à morte. De facto apesar da esperança de vida ter aumentado até 80 anos para as mulheres e 75 para os homens, não aumentou a qualidade de vida ao longo da maior existência, como seria desejável, consequentemente, não se consegue em muitos casos, manter adequadas capacidades físicas e mentais para muitas das tarefas do posto de trabalho, a partir dos 60 anos de idade, portanto, muitas pessoas estão a ser torturadas ao exercerem até à morte actividades para que já não têm perfil. Isto, é uma desumanidade neo-liberal, introduzida por Ferreira Leite e ignominiosamente continuada por um governo socialista.
Também na Educação a senhora Ferreira Leite foi autoritária e não resolveu nenhum problema de fundo; de igual modo na gestão da coisa pública não foi verdadeira, camuflou os défices excessivos das contas públicas com os processos habilidosos das receitas extraordinárias, por exemplo, transferindo dinheiros de fundos de pensões privados para os cofres do estado. Também criou novos impostos, além de que é preconceituosa quanto à orientação sexual das pessoas, e não manifestou a menor repulsa ou tentativa de combate contra o aborto clandestino, contudo foi uma feroz adversária contra a lei da interrupção voluntária da gravidez. O regresso da direita ao poder seria juntar à crise outra crise e outros pesadelos.
Então, o perigo da direita neo-liberal justifica a manutenção no poder do Eng Sócrates/ Santos Silva/ Manuel Pinho/ Alberto Costa com as mesmas politicas e arrogância?
Decisivamente não. Então, que fazer?
Poderia ter havido uma alternativa para a esquerda socialista votar num partido socialista de esquerda na actualidade e no futuro, em consequência da sua base genética – cidadãos oriundos da sociedade civil – e pela sua orgânica e código de conduta, esta forca é a NOVA ESQUERDA que em consequência da tão tardia decisão de Manuel Alegre só nasce em 24 de Junho de 09, pelo que a sua organização em partido para concorrer às próximas eleições é quase uma impossibilidade, mas a NOVA ESQUERDA QUE DEVERÁ SER O PARTIDO DA ESQERDA SOCIALISTA AO SERVIÇO DA DIGNIFICAÇÂO DA DEMOCRACIA E DO DESENVOLVIMENTO, deveria estar nestas eleições com os seus apoiantes em todas as campanhas dos partidos de esquerda que combatem o neoliberalismo, para trazer todos os portugueses às urnas, evitar os votos nulos e brancos, e deveria prometer aos socialistas de esquerda e a todos os seus apoiantes que em futuras eleições terão o seu espaço natural para votarem.
Todavia neste momento é preciso derrotar a direita e exigir que o PS faça pontes à esquerda, conforme a sua base sociológica de apoio a sul de Coimbra o reclama. Também o voto dos apoiantes da NOVA ESQUERDA nos outros Partidos poderá não ser um cheque em branco, porque a NOVA ESQUERDA poderá estar atenta às suas práticas.
É preciso ganhar os portugueses por Portugal para esta batalha, vencer a apatia e a abstenção e DERROTAR A DIREITA NEO-LIBERAL.
Asilva 28 Junho de 09
10 comentários:
Cito:«para além da teimosia da ministra da educação em termos do processo de avaliação dos professores que sendo uma ideia positiva, foi tecnicamente mal executada». Parece que uma inverdade mil vezes repetida se torna verdadeira. Será que Sócrtaes e Rodrigues introduziram a avaliação na classe docente? NÃO! Será que a avaliação que tentaram introduzir era melhor que a anterior? NÃO!(Isto mesmo considerando que a anterior era fraca).Então por que repetir sistematicamente que «o processo de avaliação dos professores foi uma ideia positiva»? Isso é dizer que antes de Sócrates não havia avaliação de professores. FALSO! É também dizer que esta avaliação - da qual a ministra parece já ter desistido - é boa. FALSO! Mas sei que estou a pregar no deserto, porque uma falsidade mil vezes repetida se torna uma verdade.
Resta-me agora assitir, de poltrona, ao desfazer dessa verdade, por erosão!
luisladeira
Caro Luis
A ideia de avaliar é positiva, mas como foi tecnicamente mal executada é um nulo, isto é, não há avaliação válida, é uma não avaliação, o que é exactamente o que acontece na função pública e nas Forças Armadas, e sobre a falta de validade destas avaliações desde 1993 que me pronuncio com base em conhecimentos cientificos.
Quanto à avaliação dos professores a auto-avaliação,como o próprio nome indica, não pode ser nunca a avaliação,fará parte de um processo de avaliação a 360%, e quanto à da sra. Ministra disse-lhe olhos nos olhos que estava errada a avaliação, porque não é produto de uma análise das tarefas da função, e depois estabelece cotas na avaliação por causa dos lugares disponiveis no topo da carreira, o que é outro erro. Não podem só havewr x% de excelentes, porque só há 5% de vagas,claro que isto é, uma tontice, o modelo de avaliação terá de dizer em rigor quem é excelente que com outros critários fica a aguardar lugar o que deverá acontecer pela saída mais cedo dos professores de topo que poderão de deixar a titularidade a partir de certa idade,como, aliás acontece com os militares, provavelmente há muitos professores titulares que pela sua idade e perda de algumas capacidades não deveriam estar a exercer funções,em conclusão uma boa ideia - avaliar - a sua materialização foi um desastre uma asneira, assim por ignorãncia e teimosia se assassinou um bom propósito.
abraço
asilva
abraço
asilva
A MURALHA
Ante aquela alvorada de utopia
que buscámos na vida em sobressalto
ergue-se agora um muro de basalto
duro demais para a nossa rebeldia.
Cansados da peleja, dia a dia
em planícies, montanhas ou mar alto,
sucumbimos, vergados, sobre o asfalto
da tão comprida estrada que nos guia.
Esta muralha esmaga a confiança,
aprisiona o sonho, a nossa vida
e o nosso suspirar pelo futuro.
É preciso de novo hastear a esperança
que nos foi sempre apoio na corrida.
Venham daí! Vamos saltar o muro.
28-6-2009
Carlos Domingos
Adiante
Na desditosa noite abriu um Cravo
Uma vermelha flor de luso sangue
Abriu na madrugada sobre o travo
Do amargor de Portugal exangue.
A noite cerrada ali expirava
Numa clara pétala de Esperança
O mais ridente dia começava
Com puro olhar aberto de criança.
Desabavam enfim portas internas
Vedadas há muito para o mundo
E era o renascer de mãos fraternas
Meio século derrubado num segundo.
As grades do olhar do pensamento
Esgarçaram os ares e uma paloma
Abria as asas sobre o céu cinzento
O futuro estava à nossa frente
O crime era o acto a condenar
O riso era possível de repente!
A Paz o Caminho a conquistar!
O povo acreditou e era Abril
Incendiado Maio de canções
A ovelha saía do redil
Os olhos a arder como carvões.
A noite das promessas foi cumprida
Liberdade sem mácula sem sombra
O campesino o pescador viam mudar a vida
Num ímpeto alegre que os assombra.
A guerra fratricida terminava
As mães podiam respirar enfim
Uma nova era começava
Portugal dos Direitos: um Jardim!
Até que um dia...pergunto-me porquê
Alguém manchou a Esperança conseguida.
E esse mês de Abril ainda criança
Viu aos poucos definhar sua subida.
O povo foi perdendo a confiança
Vendo cair de Abril cada conquista
Cerrava-se o caminho para a Esperança
E Portugal perdia-se de vista.
Esquecido da infância dessa História
Que começara na manhã de Abril
O povo desfiava na memória
O sonho promissor e primaveril.
Faltou uma pergunta e a resposta:
Quem nos perdeu de Abril
Dos seus cravos rubros de Vitória
De todo o seu alento juvenil?
No dia em que a resposta for sabida
Portugal Inteiro desce à rua
A vir exigir a própria vida
E a gritar enfim que a Pátria é sua!
Marília Gonçalves
Porque um anão acordado Mata um gigante a dormir
2008-01-20 12:15 posted by: Marilia Gonçalves
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Curvo Semedo (1766-1838) nasceu em Montemor-o-Novo e faleceu em Lisboa. Foi sócio da Nova Arcádia, tendo rivalizado com Bocage. Traduziu as Fábulas de La Fontaine. A sua obra poética foi reunida no volume Composições Poéticas.
A LEBRE E A TARTARUGA
(FÁBULA)
Apostemos, disse à lebre
A tartaruga matreira,
Que eu chego primeiro ao alvo
Do que tu, que és tão ligeira!»
Dado o sinal da partida,
Estando as duas a par,
A tartaruga começa
Lentamente a caminhar.
A lebre tendo vergonha
De correr diante dela,
Tratando uma tal vitória
De peta ou de bagatela,
Deita-se, e dorme o seu pouco;
Ergue-se, e põe-se a observar
De que parte corre o vento,
E depois entra a pastar;
Eis deita uma vista de olhos
Sobre a caminhante sorna,
Inda a vê longe da meta,
E a pastar de novo torna.
Olha; e depois que a vê perto,
Começa a sua carreira;
Mas então apressa os passos
A tartaruga matreira.
À meta chega primeiro,
Apanha o prémio apressada,
Pregando à lebre vencida
Uma grande surriada.
Não basta só haver posses
Para obter o que intentamos;
É preciso pôr-lhe os meios,
Quando não, atrás ficamos.
O contendor não desprezes
Por fraco, se te investir;
Porque um anão acordado
Mata um gigante a dormir.
Curvo Semedo
A Lebre a Tartaruga
Lebre_Tartaruga
Belo Poema
Saltemos o muro
Abraço
asilva
É preciso enterrar el-rei Sebastião
é preciso dizer a toda a gente
que o Desejado já não pode vir.
É preciso quebrar na ideia e na canção
a guitarra fantástica e doente
que alguém trouxe de Alcácer Quibir.
Eu digo que está morto.
Deixai em paz el-rei Sebastião
deixai-o no desastre e na loucura.
Sem precisarmos de sair o porto
temos aqui à mão
a terra da aventura.
Vós que trazeis por dentro
de cada gesto
uma cansada humilhação
deixai falar na vossa voz a voz do vento
cantai em tom de grito e de protesto
matai dentro de vós el-rei Sebastião.
Quem vai tocar a rebate
os sinos de Portugal?
Poeta: é tempo de um punhal
por dentro da canção.
Que é preciso bater em quem nos bate
é preciso enterrar el-rei Sebastião.
Manuel Alegre
Sou professora e considero que uma avaliação deve ser feita. Agora, não pode ser feita NUNCA nos moldes que este governo pretende, nem também deixar estar tudo como estava (que todos ou quase todos tinhamos o Satisfaz após a leitura de um Relatório Crítico elaborado por nós). Há que pensar seriamente como avaliar os professores, que critérios utilizar, quem vai avaliar, quando avaliar e por aí além. Para isso é preciso o diálogo, saber dos professores a sua opinião. A mim, até agora, ninguém me perguntou nada!
Isabel
Isabel
Tudo o que dizes está certo. Todavia trabalhei durante quase 20 anos a estudar e a propor que se fizesse no Exército um adequado e o mais objectivo possível método de avaliação,pouco eu e os técnicos desta área conseguimos.
Quanto mais objectivo fôr o método menos capacidade de manobra dá à hierarquia e mais ressalta o mérito, e, isto não interessa nem à hierraquia,nem a quem não tem mérito. Há assim uma convergência negativa que só prejudica quem tem realmente mérito excelente, talvez os tais 5 ou menos,ou mais por cento, porque os excelentes não podems er pré-determinados, só porque há dinheiro ou x lugares superiores disponiveis, isto é um disparate epistemomogico e metodologico.
Numa palavra a avaliação não é para ser gizada por ignorantes, porque tem o seu corpus teórico,faz parte de uma ciência, baseia-se na análise da função, no perfil de competências e na definição dos instrumentos mais adequados para medir as competências ( uma trabalheira) e excelente é quem for estimado como excelente independetemente de cotas. A promoção na carreira é outra coisa e para progredir podem e devem associar-se outros critérios e as saídas por cima, os anos de serviço etc.
Mas têm de haver saídas por cima, porque se não não há progressão vertical,mas também pode haver progressão horizontal.
Todavia antes de tudo tem de haver vontade de fazer bem,saber e algum dinheiro. Mas vivemos num país da piolheira intelectual e da arrogência autocrática que torna lei e decorosa a ignorãncia e o alarido.
bjhnho
joão
Isto realmente deve dar muito trabalho (avaliar), mas não podemos ficar assim como estamos.Há mesmo que pensar urgentemente numa solução. Neste momento a única avaliação que eu tenho é a minha consciência, ou seja, se considero que o que fiz no ano lectivo foi Bom, se podia ter feito melhor, o que fazer melhor, como fazer para o próximo ano. Mas isto sou eu que faço este exame a mim mesma. E quantos o fazem? Muito poucos infelizmente!
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