
" a todas as luas, dianas e vénus que povoam as visões loucas da líbido e da testerona, dos fogosos vulcões do desejo.
MY GOD! Quanta Beleza espalhastes pelo Universo! Tanta estrela cintilante e tamanha falta de braços para colhê-las e de proximidade para beijá-las. MEU DEUS!...
Cai o Pano... Corre uma lágrima."
Palavra feminina,
Corpo de mulher,
Beleza infinda.
Ela, ali, à minha frente,
Eu, numa mísera caixa
Do super pingo doce.
Não resisto, olho,
Com um olhar tonto,
Continuo a olhá-la.
A beleza, no seu esplendor,
Não anda, voa, desliza,
Sobre um tapete de nuvens.
A ninfa passa,
Sigo-a, com um olhar tonto.
Lembro-me do andar de outros tempos,
Pelas terras do Negage,
De vaidade e silva, chamado.
Como tudo passa!
Deslumbra-me a vaidade da Deusa,
Amo a beleza.
Mas, hoje, sei
Que a vaidade passa,
Um dia será pó, feia,
Uns dirão trapo.
Mas até lá Deus existe,
Para as ninfas e os S. Miguéis,
Os demais, feios e coxos,
Contam com S. Mártir.
Como Deus é grande,
Generoso, equitativo e glorioso!
Sim! Irmão da dessorte,
Se fores casto ganharás o reino dos Céus,
Se fores feio, pobre e pecador,
Ai estúpido, tudo perderás.
A visão de Vénus e do jardim dos prazeres
Daquela longe ilha dos amores,
Como estrela candente, desaparece.
O universo fica mais pobre.
A realidade é sempre mais forte,
10 € 15 cêntimos marca a caixa registadora,
10€ e 15 cêntimos, é o que é.
É o aqui e agora.
Pago e parto.
É noite, há nuvens, não há estrelas.
Deus escondeu-se, existirá?...
23 de Agosto de 09, Fórum Madeira
asilva
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