sábado, 12 de setembro de 2009

UM BILHETE QUE NÃO É POEMA


PALAVRA

“ Uma lágrima eterna, de dor imensa, pelas vitimas
do terrorismo criminoso, sem causas e sem razão.
O terrorismo contra inocentes é sempre um crime
horrendo”.



Iluminada,
Luminosa,
A do sábio.

Bela,
Harmoniosa,
A do poeta.

Exacta,
Rigorosa,
A do matemático.

Mentirosa,
Cínica,
A do político.


Vaidosa,
Rosa,
A do narcisista.

Negra,
Letal,
A da morte e da guerra.

Mas as transcendentais, eis:

LIBERDADE
Proclamada pelo homem Livre.

AMOR
Balbuciada com languidez,
Pelo amante.

VIDA
Cantada na luta quotidiana,
Pela a alma e o coração do Povo.

Eis as três palavras,
Um triângulo,
Os pilares do Sol.

11 set 09
asilva

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite Andrade da Silva,
Geralmente associa-se aos militares uma maneira de ser guiada por natural e intensa austeridade que os inibe de revelarem, bem como de manifestarem publicamente os seus sentimentos. No entanto através dos seus escritos, que correspondem exactamente à sua real vivência, constata-se que não será tanto assim. Certamente Andrade da Silva e alguns outros camaradas seus, poucos, serão excepções à regra.
Felicito-o e estou-lhe grata por ser uma excepção cuja sensibilidade lhe dá uma visão real do que vai por este Mundo tão conturbado. "PALAVRA" com a lágrima eterna..., expressa bem um lindo e grandioso pensamento e ainda a sua veememte e permanente denúncia, revolta e luta na defesa dos oprimidos e injustiçados.
Bem Haja
Amigo Abraço
Maria José Gama

andrade da silva disse...

Cara Maria José

Se alguém tem sempre de agradecer, é o autor, seja ele quem for o que faz é sempre para o outrem, se a mensagem chega ao outro, e este ainda reconhece algum valor à obra, o autor regozija, e se as palavras são tão generosas como as suas que mais posso eu dizer que muito obrigado pela sua amizade e sensibilidade.Muito obrigado.

Quanto aos militares, no meu caso já antigo militar, porque os militares-militares são os que estão na efectividade de serviço é preciso dizer que somos um grupo profissional tão diverso como os demais: há poetas, cientistas, artistas, matemáticos, doutorados, e sempre como dizia o general Foch para além da farda há sempre uma pessoa, e quanto a esta ninguém fica classificado quanto à sua natureza humana pela sua profissão, mas obviamente que considero que em Portugal há uma muito grave patologia -gravissima - quanto á expressão livre dos sentimentos,é preciso combater esta patologia, também não será completamente por acaso que me licenciei em psicologia.
Abraço amigo.
asilva