quinta-feira, 29 de outubro de 2009

ALERTA: O SNS ABANDONA À SUA DESGRAÇADA SORTE OS QUE NÃO SÃO, NEM RICOS, NEM PODEROSOS.




Uma criança acaba de morrer de gripe "A" num dos hospitais por não terem sido feito os exames de diagnóstico adequados. No S. Francisco Xavier não lhe deram os cuidados devidos. A criança Morreu. Quem são os responsáveis?

Desgraçada criança, desgraçados pais, mas que país, mas que SNS. Já não basta de tanto mal e impunidade?! Como nos tornamos cobardes e escravos! Porque tanta hipnose?

José Pacheco, um cidadão de 80 anos entrou nas urgência do Hospital Santa Maria, após uma operação feita a um cancro, há 3 meses, no Hospital de Portimão. No Santa Maria, após vários exames foi diagnosticado que o cancro evoluíra, e estava numa fase terminal. Foi-lhe dada baixa para medicina 2.

Não havia camas disponíveis, e José Pacheco, com 80 anos, antigo funcionário publico, fica com mais 5 doentes internado num corredor à espera da morte. Perante tanta indignidade o secretariado daquele serviço informou que JPP ia ser transferido para o Curry Cabral, onde, o esperaria uma cama numa enfermaria. Perante esta informação, eu próprio, referi-lhe que era melhor para si, ir para aquele hospital.

Todavia nada mais falso. José Pacheco é transferido para o Curry Cabral mediante alta do Santa Maria, isto é, volta a entrar nas urgências daquele Hospital, e, novamente, pela 1º médica que o atendeu é restituído o diagnóstico do Hospital Santa Maria, pelo que ordenou a sua baixa que, entretanto, é anulada pela médica Chefe do serviço de urgência, dizendo que não tem nada, e que devia ficar na sala de cuidados intermédios, isto é, num pequeno armazém de doentes, onde há luz e barulho toda a noite, e, assim, sem qualquer assistência o bondoso ancião passa uma segunda noite em claro.

No dia seguinte com novo turno, volta a ser examinado, pelas 12h, um médico, o Dr. Vasco, informa a sua filha de que o caso do seu pai será decidido no fim do turno. Todavia nenhuma decisão é tomada, e fica um bilhetinho para médico do turno seguinte a informar que doente José Pacheco já estava há 30 horas nas urgências, e que era preciso assinar a papelada. Durante esta terceira noite o médico cirurgião considera que este homem,este cidadão à beira da morte, é um pára-quedista, porque tinha sido operado em Portimão.

A família reclama e a chefe das urgências diz que aquela morgue de vivos é o melhor sitio para o seu parente estar, isto é, morrer sujeito à tortura do sono, perante esta evidente eutanásia passiva com tortura, a família retira da SALA DA MORTE , o seu querido parente que é transferido, sob a sua responsabilidade, para o Hospital da Luz, mas antes o serviço de urgência do Curry Cabral, ainda se vinga e recusa-se a dizer que tratamento fez ao doente, o que também não podiam fazer, porque, segundo o próprio, não lhe fizeram mesmo nada.

Finalmente é transferido para a Luz, mas os seus carrascos ainda quiseram dissuadir a família dizendo que o hospital da Luz era muito caro, facto que é verdadeiro. Foram precisos 3 mil euros de caução, mas finalmente foi internado, após cerca de uma hora de exames, com a restituição do diagnostico inicial, e é devidamente medicamentado, sendo, às 2 horas da manhã, a família informada sobre a situação do seu pai e neto. Que diferença!

José Pacheco morre 3 dias depois sem dores, a ver televisão, e ainda escreveu o nome dos artistas de um filme que estava a ver . Vi-o às 18h, pareceu-me feliz por me ver, sai para comprar uns remédios, quando regressei já nos tinha deixado.

Morreu com dignidade e na companhia dos seus. Mas como teria morrido num corredor do hospital Santa Maria, ou na sala da morte e da tortura dos cuidados intermédios do Curry Cabral? Mas que país somos? Mas que gente Somos?

Os familiares apresentaram queixa no Hospital e na PSP, mas isto servirá para alguma coisa? Pessoalmente penso que não. Julgo que é preciso processar judicialmente todos os médicos que intervieram neste processo e noutros, por abandono do doente, violação grosseira do 1º direito do doente, o de ser tratado com dignidade, o que, até está escarrapachado nas urgências do Curry Cabral, mas como anedota de carnaval, grosseira e provocatória.

Todos estes médicos têm nome, chamam-se entre outros: Dra. Catarina Salvado; Dra. Maria do Carmo, Dra. Cristina Lima, Dr. Vasco. Apesar da predominância das médicas nenhuma delas lembrou-se que era filha ou mãe, para pouco lhe valeu ser atendido sobretudo por mulheres .Ou estas médicas já não são mulheres?

Mas o país, os portugueses, os governantes podem consentir que isto continue acontecer?

QUE PORTUGAL É ESTE? É PORTUGAL-IRAQUE, PORTUGAL- AFEGANISTÃO, ou, simplesmente, PORTUGAL- HIPÓCRITA E COBARDE.

ATÉ SEMPRE QUERIDO AMIGO PACHECO. A DOR ACOMPANHA-NOS, MAS TAMBÉM A CONSOLAÇÂO QUE CONSEGUIMOS SALVAR-TE A UMA MORTE INDIGNA NOS HOSPITAIS DE PORTUGAL - UMA VERGONHA NACIONAL E UM GRANDE CRIME CONTRA OS CIDADÃOS!
Andrade da Silva


5 comentários:

Marília Gonçalves disse...

Escravos?
Nove portugueses escravizados em quintas espanholas
Outubro 29, 2009

Rede de sequestradores foi identificada pela PJ, mas estão todos em Espanha e ainda ninguém foi detido. Nove portugueses foram vítimas:

http://jdei.wordpress.com/2009/10/29/nove-portugueses-escravizados-em-quintas-espanholas/

Marília Gonçalves disse...

Escravos?
Nove portugueses escravizados em quintas espanholas
Outubro 29, 2009

Rede de sequestradores foi identificada pela PJ, mas estão todos em Espanha e ainda ninguém foi detido. Nove portugueses foram vítimas:

http://jdei.wordpress.com/2009/10/29/nove-portugueses-escravizados-em-quintas-espanholas/

Marília Gonçalves disse...

ACUSO

Cavalo de vento
Meu dia perdido
O meu pensamento
Anda a soluçar
Por dentro do tempo
De cada gemido
Com olhos esquecidos
Do riso a cantar

Quem foi que levou
A ânfora antiga
Onde minha sede
Fui desalterar
Sementeira de astros
Que o olhar abriga
Por fora dos versos
Que hei-de procurar

Quem foi que em murmúrio
Na fonte gelava
Essa folha branca
Aonde pensar
Quem foi que a perdeu
Levando o futuro
Por onde o meu barco
não quer navegar

Quem foi que manchou
a página clara
Com água das sedes
Que eu hei-de contar
Quando o sol doirava
As velhas paredes
Da mansão perdida
De risos sem par

Quem foi que levou
Os astros azuis
Do meu tempo lindo
Meu tempo a vogar
Por mares de estrelas
Vermelhas abrindo
Quando minhas mãos
Querem soluçar

Não mais sei quem foi
só sei que foi quando
a noite vestiu o dia que era
E todos os sonhos
Partiram em bando
Fugindo de mim e da primavera

Mas há na memória
Da minha retina
A voz que se nega
A silenciar
Com dedo infantil
Erguendo a menina
Diante do réu
Em tempo e lugar!!!

Marilia Gonçalves

Marília Gonçalves disse...

Afinal a medicina praticada nos hospitais da Pátria madrasta continua e persiste no seu caminho desumano
a mesma que impediu meu pai de ter o direito de morrer em Portugal porque as prisões da PIDE HAVIAM ACABADO COM A SUA SAÚDE FRÁGIL? A MESMA MEDICINA QUE ME IMPEDE DE REGRESSAR AO MEU PAÍS? PORQUE QUERO MORRER DIGNAMENTE QUANDO A HORA CHEGAR
Marília Gonçalves

andrade da silva disse...

Chamou-me a atenção uma querida amiga médica que no SNS nem tudo é tenebroso, o que é verdade.

Este meu querido amigo foi bem tratado no Hospital de Portimão, foi bem diagnosticado no Hospital Santa Maria.

Mas que posso dizer se no hospital Amadora, por causa de uma apendicite por pouco ia matando o meu filho, e porque tudo foi mal feito já fez 3 operações e na terceira no Hospital da Força àrea uma vez mais foi mal tratado e sacrificado.

Que posso dizer se não que tudo isto é uma questão de sorte e não o podia ser.

E no caso que narro intervieram cerca de seis médicos, então, como estatiticamente pode ser tenebrosa a estatistica da insensibilidade médica, quem tem algo a ver com a investigação sociologica não pode ficar indefrente a esta cifra negra.

a silva