
Barqueiro do Barco Negro
Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.
Naqueles longes de bruma
tenho os meus irmãos esperando
o estilhaçar do silêncio
que pesa sobre a montanha.
Naqueles longes de bruma
os homens perdem o riso.
Parou o tempo. E o Sol
desmaia logo ao nascer.
Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.
O hálito de fogo e cinza
do monstro que traz a morte
seca os prados, seca os rios,
faz mirrar os pensamentos.
Não há estrela que perdure
na noite densa do medo.
Neva o luar sobre as casas
enregelando a vontade.
Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.
Morrem os rios nas fontes,
morre a semente no chão,
morre o grito na garganta,
morre o protesto no sangue.
Os lobos rondam uivantes
de lanternas apontadas.
Barqueiro, quero voltar
com olhos de fogo-posto.
Barqueiro do barco negro,
ai, barqueiro do barco negro...
Carlos Domingos
Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.
Naqueles longes de bruma
tenho os meus irmãos esperando
o estilhaçar do silêncio
que pesa sobre a montanha.
Naqueles longes de bruma
os homens perdem o riso.
Parou o tempo. E o Sol
desmaia logo ao nascer.
Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.
O hálito de fogo e cinza
do monstro que traz a morte
seca os prados, seca os rios,
faz mirrar os pensamentos.
Não há estrela que perdure
na noite densa do medo.
Neva o luar sobre as casas
enregelando a vontade.
Barqueiro do barco negro,
quero voltar à minha terra.
Morrem os rios nas fontes,
morre a semente no chão,
morre o grito na garganta,
morre o protesto no sangue.
Os lobos rondam uivantes
de lanternas apontadas.
Barqueiro, quero voltar
com olhos de fogo-posto.
Barqueiro do barco negro,
ai, barqueiro do barco negro...
Carlos Domingos
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