sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

BILHETE


SER LIVRE É MORRER…….


Tudo passa.
Nada acontece.
Morto,
Num país que morre.
As mesmas estrelas de carvão,
Num firmamento escuro de breu,
Impondo, impondo, impondo sempre
O mesmo verbo,
A mesma escravidão.
As catatuas do statu-quo
Vencem este povo sem verve.
Morremos escravos.
A liberdade horroriza-nos,
Salazar é o super-ego de Portugal.
A liberdade é cicuta
Que mata no pântano,
Em que nos atolamos e apodrecemos.
Ser livre é morrer,
Sem totalitarismos,
Para que o dia da liberdade renasça.
Mas será, ainda, possível,
Neste Portugal inquisitorial,
Intolerante de ideologias únicas ou smi-únicas,
Pós-revolucionário e proto-fascista,
SER LIVRE?

4 Dezembro 09


andrade da silva

4 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde, meu prezado Andrade da Silva!
A longa marcha da Humanidade tem sido isto mesmo, um rosário de frustrações e exactamente porque se acredita muito e se duvida pouco.
Creio bem que tudo carece de um rumo certo. Já uma vez falei nisto aqui e fui mal interpretado, mas, agora, veio a propósito reincidir.
Grande abraço.
José-Augusto

Marília Gonçalves disse...

A dor não é colorida

não tem peso não tem voz

por isso não há medida

pró que trazemos em nós



Marília

Marília Gonçalves disse...

Amanhã é o dia por nascer

o dia que está por construir

é dia de vencer...

ou de cair!



Amanhã na esperança prometida

é o gesto a criar

porque é sempre amanhã na nossa vida

até vê-la findar:



Amanhã é dia da razão

a força mais constante e persistente

e o dia de hoje nunca é dia vão

quando faz o d'amanhã seguir em frente.



Marília

andrade da silva disse...

Caro José Augusto.


Acompanho-me sempre de muitas dúvidas e de uma só certeza é preciso lutar e escolher, mobilizar , companheiros.
Abraço fraterno

cara Marilia

A força da vida de alguns, embora muito poucos, mas conta e a transfiguração da poesia.
Por tudo um grande abraço.
asilva


asilva