Por um país de pedra e vento duro
Por um país de luz perfeita e clara
Pelo negro da terra e pelo branco do muro
Pelos rostos de silêncio e de paciência
Que a miséria longamente desenhou
Rente aos ossos com toda a exatidão
Dum longo relatório irrecusável
E pelos rostos iguais ao sol e ao vento
E pela limpidez das tão amadas
Palavras sempre ditas com paixão
Pela cor e pelo peso das palavras
Pelo concreto silêncio limpo das palavras
Donde se erguem as coisas nomeadas
Pela nudez das palavras deslumbradas
— Pedra rio vento casa
Pranto dia canto alento
Espaço raiz e água
Ó minha pátria e meu centro
Eu minha vida daria
E vivo neste tormento
3 comentários:
Belo
À MINHA PÁTRIA CHAMO-A DE MÁTRIA.
Todavia para mim chamo com Natália Correia à mimha Pátria, Mátria, o que ainda se reforçou mais com a explicação do profeta madeirense é a mulher que gera, tudo é carne da sua carne, sangue do seu sangue, portanto, a Pátria dos plebeus e de Abril só se pode chamar Mátria em honra à mulher mãe e à mulher-busto que representa a República.
abraço
asilva
pátria e eu não tenho pátria: tenho mátria/ E quero frátria...... de Caetano Veloso
Concordo que a ninha Pátria, seja também Mátria e frátria do mesmo modo e ao mesmo tempo, recordando o Pai, a mãe de todos nós Portugueses e de irmãos fraternos, entre todos nós portugueses, sem esquecer a humamidade.
abraço
asiva
Enviar um comentário