segunda-feira, 8 de março de 2010

MULHER MUNDO






UMA ORQUIDEA PARA A MULHER MÃE, COMPANHEIRA, TRABALHADORA

PARA A MULHER DE QUEM SOU CARNE DA SUA CARNE,

ALMA DA SUA ALMA,

CORAGEM QUE NÃO SE RENDE, DA SUA CORAGEM QUE NÃO SE RENDERÁ.

MINHA MÃE.

UM GRITO DE LIBERDADE E SOLIDARIEDADE

COM TODAS AS MULHERES OPRIMIDAS ONDE QUER QUE ESTEJAM,

DESDE O IRÂO AO MEU PAÍS, À MINHA ALDEIA.

SOIS GRANDES E TODOS JUNTOS CONSTRUÍREMOS O FUTURO,

O FUTURO DOS DIAS INTEIROS, COMO CANTAVA SOFIA.

QUE O VOSSO E NOSSO FUTURO SEJA JÁ AMANHÂ.

MERECEM.

MERECEMOS.


8 Março de 10

Andrade da silva

6 comentários:

Marília Gonçalves disse...

DIA da MULHER 8 de Março 2010


A minha luta pela mulher, pelos seus direitos sociais, cívicos, salariais,
é uma luta humana e justa
Isto que como para toda a feminista, para a
Mulher, são direitos que os homens acham naturais para eles desde sempre.
A Liberdade de dispor de si próprio, do seu corpo, da sua virilidade, com quem muito bem entende, a Liberdade o homem sempre a conheceu
enquanto reduzia a mulher a um ser dócil e silenciado, sem direito
a manifestar a sua opinião tanto no que tocava os bens materiais, mesmo se por ela herdados de seus pais, como nas decisões em casa e no essencial da educação dos filhos.
Na comodidade de não gerar conflitos no seio da família a mulher tudo ia aceitando, vítima da cobardia dum marido que muitas vezes sem coragem,
para enfrentar as rixas com os amigos, mais corpulentos que ele, quando atacado verbalmente ou fisicamente, vinha descarregar sobre a mulher, as suas frustrações, muitas vezes
com pancada e todas as formas de violência, considerando mesmo natural que violentasse a mulher sexualmente se esta por razão que lhe era própria não estava disposta a uma noite de suposto amor, entre insultos, murros e pancadaria.
Como afrodisíaco não é verdadeiramente o mais eficaz!
Por isso o meu grito é pela Mulher, abnegada e submissa há milénios!
Mas não contra o homem educado, companheiro e terno.
Tive um pai, que foi um ser humano extremoso e terno, tanto com a companheira
como com os filhos.
Ao pé de quem gostávamos de estar, ouvindo-o partilhar connosco sua vasta cultura que ia até à voz tradicional do povo campesino através de seus contos de que havia feito recolha!
Mas essa não era a realidade de todos os lares!
tive a sorte de ter um pai que nos amou profundamente
e que nós amámos com a mesma intensidade!
Aém do meu pai, tenho um filho Homem, também humano e bom, educado,
a quem adoro e quero extremosamente!
tenho ainda o homem que me preenche os dias e as noites
e que amo profundamente.
Por outras razões, se as não houvesse, estas seriam suficientes para amar o Homem!
Não é contra o Homem o meu combate, mas contra uma mentalidade ultrapassada, que vitima a Mulher, até como presa de guerra e de conquistas de territórios, violando-a!
Noutros países sendo o homem, dono dela como se se tratasse dum animal, controlando o seu pensar e a sua aparência exterior!
é por conseguinte pelas Mulheres Minhas irmãs Universais que ergo e erguerei minha voz
para que sejam respeitadas como o Homem sempre o foi e para que tenham o mesmo Direito à Liberdade, à opção!

Marília Gonçalves

http://nossaspoesiaslibertarias.blogspot.com/

Marília Gonçalves disse...

Poema da Mulher


Era noite enluarada
Desciam brancos os montes
Quando nessa madrugada
Desenhando os horizontes
Um pedra ali postada
Pelo tempo da memória
Ia pela voz das fontes
Dar início à nossa história.

II

Dormia esse sono impuro
Que tanto pensar agita
Quando iluminando o escuro
Uma luz branca me fita.
Era sudário de sonhos
Como lençol de luar
Temeroso nevoeiro
Nas rendas do alto mar.


Gélida alvura na noite
Envolve prende o meu ser
Ou êxtase ou sorvedoiro
Rasga o silêncio do ver.

Névoas montes nevoeiro
Treva em flor água sombria
véus de mouras lírios brandos
Noivas de apenas um dia
Estavam cantando o seu pranto
Ali rente à penedia.

Que vozes de tal requebro
Esclareciam meu sentir
Que essa alvura tomou forma
Nas mães da história a sair.
Foram sentando pelos montes
Como flores de amendoeira
Tinham o timbre nocturno
Perfume de laranjeira.

De suas frontes pendiam
Atavios de tal esplendor
Que quem tais astros urdia
Era mago ou era a dor.

Vinham do fundo dos tempos
Atravessado a idade
No rosto sulco de vento
Da perdida mocidade
E no matutino olhar
Um fio d’água de saudade

Além me sentei também
Herdeira de seu dizer
Presente eu mais uma mãe
Pra melhor as perceber.

Ali naquela pedra toda musgo
Uma esguia mulher a trança alta
Trazia no sorriso a anoitecer
A fala que de súbito a exalta:

É dia de colheitas, noite embora
Ao longe de milénios semeámos
Ninguém se enternece pelos escombros
Dos sonhos que velámos.

É dia de falar de mão estendida
Essa mão que nunca ninguém viu
E que trazia nela a flor da vida

É dia de largar no vendaval
A história de milénios que calámos
Nossa dádiva bela e natural
Dos filhos que na terra semeámos

O sol acompanhava nossas vidas
Num hino universal à chuva
E das sementes conseguidas
Fizemos pão fizemos uva.

Mas nossa sementeira era de vida
Arámos o chão com nossas mãos
Mas de cada broto em nova vida
Nem sempre vimos irmãos

Como filhas da horda guerrilheiras
Tudo demos de nós sem o medir
E fomos Catarinas e ceifeiras
E parimos Mandelas e Ghandis.

Enquanto nosso sangue se espargia
No ódio à traição do nosso ventre
Cada criança que nascia
Nascia no direito a ser diferente.

Mas tudo foi pretexto para guerra
Um pedaço de rio que o chão nos dá
Por um metro de terra
O sangue que era amor se esvairá
Sempre por mais avareza e ambição
O humano olhar perde a essência
E derramando o sangue dum irmão
O que ontem foi menino é inclemência.

A mãe não distingue seu menino
Nesse ser déspota e cruel
Outrora ria como passarinho
A voz clara e doce como mel.

A voz infante que dizia Mãe
Hoje não sabe face a uma mulher
Aquele vulto é também para alguém
A pura fonte que lhe deu o ser.

Mata lacera violenta sem razão
Ante o olhar de horror de criancinhas
Em cada olhar que morre perde-se um irmão
E nasce mais fereza e mais chacina

As mães correm o monte em alvoroço
Mulheres da cor do sol que tempo deu
Esgatanhando os ares lembram o moço
Que viram partir vivo e que morreu.

Mas é chegado o dia da colheita:
Colher o pensamento e a Unidade
Eia mulher! Em Pé!
Por cada afronta feita
Que cada mãe saiba ser
Solidária! Mulher!

Marília Gonçalves

Anónimo disse...

As tuas mãos tacteiam-me a tremer...
Meu corpo de âmbar, harmonioso e moço,
É como um jasmineiro em alvoroço,
Ébrio de Sol, de aroma, de prazer!

FLORBELA ESPANCA

na poesia das mais disse...

Que conduz Florbela para a morte?

Fernanda de Castro, em escrito citado por Carlos Sombrio, sintetiza a resposta: "Porque nunca soube pôr de acordo o seu corpo, o seu espírito e a sua alma"

AI? DEUS
que simples é julgar Florbela, essa sensibilidade de cristal!... não soube
pôr de acordo o seu corpo, o seu espírito e a sua alma...
não soube? ou não pôde?

andrade da silva disse...

Cara Amiga

Tantas vezes não conseguimos tanta coisa, é das naturezas mais sensiveis e universais não poderem tanta coisa.

Florbela foi grande e um grande amor não se pode vencer.

O amor é poderoso e invencível.

Compreendo o seu comentário.

abraço
asilva

Anónimo disse...

Quem põe ponto final numa paixão com o ódio, ou ainda ama, ou não consegue deixar de sofrer.
Ovídio