domingo, 2 de maio de 2010


A MÃE

A mãe toca a pele macia do filho e sente a leveza dos rios.


Tão perto, o dia nasce outra vez e o filho percorre os cabelos


e diz: " Os solstícios equilibram a luz e os tempos e os equinócios


lembram-me as folhas paradas em setembro, à espera dos


grandes remoinhos." Então, a mãe inventa uma rosa silvestre


e acende um lume que há-de durar mais do que as rosas.


O filho canta os primeiros sons de quando o mundo era branco


e diz: "Mãe, fui ver o tempo. O sol não derrete a neve. A


brancura continua a estender-se pelos campos. De beleza


poderei cegar. Fecharei os olhos. Deixa-me adormecer


no teu colo até ao fim dos tempos." E o ruído do mundo cessou.



02.05.2010
Firmino Mendes

2 comentários:

Marília Gonçalves disse...

Ora dorme

agora dorme

ora dorme dorme bem

quem trabalha quer descanso

dorme nos braços da mãe.



Ora dorme

agora dorme

ora dorme vai dormindo

que não penso em descansar

enquanto me estás sorrindo.

VOZ DE EMBALAR


Ora dorme

agora dorme

ora dorme com sossego

trabalhei o dia todo

e preciso de conchego.



Ora dorme

agora dorme

ora dorme ainda bem

adormeceste meu filho

já posso dormir também!



Marília Gonçalves

Marília Gonçalves disse...

QUE belo Poema!
abraço
Marília Gonçalves