sexta-feira, 18 de junho de 2010

ETERNIDADE



JOSÉ SARAMAGO


VIVERÁ PARA TODO O SEMPRE ENTRE NÓS, PELA SUA OBRA LITERÁRIA DE QUE DESTACO O MEMORIAL DO CONVENTO, O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS, JANGADA DE PEDRA E CAIM, MAS PARA MIM, SOBRETUDO POR TER VENCIDO A DITADURA DA IGNORÂNCIA E DA VILANIA, E SE TER MANTIDO IGUAL A SI MESMO, SEMPRE.


ATÉ SEMPRE.


asilva

10 comentários:

Marilia Gonçalves disse...

Não me Peçam Razões...

Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.

Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.

Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

Marilia Gonçalves disse...

Química

Sublimemos, amor. Assim as flores
No jardim não morreram se o perfume
No cristal da essência se defende.
Passemos nós as provas, os ardores:
Não caldeiam instintos sem o lume
Nem o secreto aroma que rescende.

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

Marília Gonçalves disse...

AMIGOS

por motivos de saúde não escrevi ainda o que sinto sobre a perda terrível de um Companheiro de Luta de quantos se batem por justiça e por um Mundo Melhor
Mas para Homenagear SARAMAGO, militante, escritor, homem que não desistiu e que apenas a doença venceu (todos somos humanos) será sempre dia! Assim que a saúde mo permita, prestarei a Saramago com o meu sentir e pensar a homenagem respeitosa e admirativa que me merece
Como acima referimos nosso amigo, Portugal ficou mais pobre, e com Portugal também o Mundo, porque Saramago internacionalista era um escritor Universal
com a minha mais profunda e respeitosa memória
Marília Gonçalves

Marília Gonçalves disse...

bondade rima com esquerda
e como dizia o Ary dos Santos: nós repartimos o pão, não temos o pão guardado
foi um homem bom que perdemos com Saramago, que repartiu o pão do seu pensar por quem o quis ler
ficamos indubitavelmente muito mais pobres
Até sempre Amigo, até ao folhear de cada página de teus livros onde sempre te encontraremos de pé e igual a ti mesmo
permaneces assim para sempre vivo e entre nós!

Marília Gonçalves

Marília Gonçalves disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marília Gonçalves disse...

Papoila Rubra, Amigos

Não posso calar-me diante da atrocidade, da ausência do Presidente da República de Portugal, à cerimónia de despedida a José Saramago que não só foi o imenso escritor que todos conhecemos, como trouxe a Portugal o Prémio Nobel, o único que provavelmente nos vai ficar,
já que o do PR Egas Moniz, tem tido muitas vozes contra e para que por desumano tal prémio seja retirado.
o Sr Presidente da República de Portugal esquece suas funções ao serviço de Portugal e de seu Povo
e esta ausência é um grito de desrespeito não só pelo valoroso escritor, como pela Língua Portuguesa e Pelo Povo de Portugal!
Tomamos acta de seu horripilante gesto e pela parte que me toca, pelo desrespeito que denota, V.E. NÃO FAZ FALTA NENHUMA? nesse adeus sentido que os patriotas fazem ao seu Escritor
Sem mais e como diz a amiga azinheira sou eu, as acções ficam com quem as pratica quer sejam mesquinhas, quer grandiosa!aqui encontramo-nos face às birras dum presidente! com uma tremenda falta de chá em pequeno, quem sabe, a água do Poço de Boliqueime não se prestaria a tal infusão

Marília Gonçalves

Marília Gonçalves disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
andrade da silva disse...

falarei, falaremos de Saramago, sempre. Voltarei à sua obra para falar do Ano da Morte de Ricardo Reis que fala das Revoluções dos anos 30 na Madeira e de Caim.

Marilia

Cuide da sa saúde.

Melhoras
abraço
asilva

José-Augusto de Carvalho disse...

Prezado Companheiro Andrade da Silva, é sempre um dever curvarmo-nos sobre os homens que se ergueram e se erguem em defesa dos homens outros que não têm voz.
Grande abraço.
José-Augusto de Carvalho

andrade da silva disse...

caro Carvalho

Enquanto tiver voz direi no meu verbo bem haja a todos os que nunca se esqueceram do seu irmão desamado, faminto, sofredor, só a estes independetemente das suas habilidades reconheço o seu valor profundo de Homem que é inultrapassável, se a isto ainda aliar as sua habilidades na defesa do outro ainda mais grato lhe fico e o amo.

A obra de José Saramago espelha este desassossego,por isso é ainda, para mim, maior.

Quanta , criada de pensão, que tem o namorado marinheiro no navio afonso albuquerque que no Tejo está a ser bombardeado para que se cale o protesto dos marinheiros?
abraço
asilva