Diz-se geralmente que, em Portugal, o público tem ideia de que o Governo deve fazer tudo, pensar em tudo, iniciar tudo: tira-se daqui a conclusão que somos um povo sem poderes iniciadores, bons para ser tutelados, indignos de uma larga liberdade, e inaptos para a independência. A nossa pobreza relativa é atribuída a este hábito político e social de depender para tudo do Governo, e de volver constantemente as mãos e os olhos para ele como para uma Providência sempre presente.Eça de Queirós, in 'Cartas de Inglaterr
1 comentário:
Hoje como ontem continuamos a esperar que algo ou alguém olhe por nós.
Actualmente espera-se que a N.ª S.ª de Fátima não nos abandone, só que hoje até os nossos governantes estão confiantes no milagre, nada fazem e o quanto fazem é contra o povo, que como então, continua acreditando neles.
Também temos por cá os fura-fura a quem tudo é permitido, estão sempre à coca da sua oportunidade. Como os exemplos vêm de cima, os quais estão acima da lei, muitos portugueses canalizam as suas energias para obter lucros fáceis quando as deveriam utilizar para mudar o sistema.
A mudança não será fácil, mas forçosamente terá que acontecer, até porque acorda dos mais desprotegidos dificilmente aguenta ser muito mais esticada.
Abraços
Luzia
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