É dentro deste quadro de conquista do poder pela direita e extrema- direita e pela ambiguidade e cumplicidade do PS que faz todo o sentido, a proposta para a luciferina aliança, entre PS, PSD e CDS que o cardeal Richelieu da Politica portuguesa, Paulo Portas, propôs.
Esta aliança é tão importante para Portugal, na perspectiva do capitalismo dos banqueiros, como para toda a Europa do Sul, o que, podia fazer de Portas, um líder europeu destas águas. Todavia, assim não será, porque Portas, para bem do Mundo, nasceu num país pequeno, onde, não se dá qualquer apreço à inteligência, e Portas tem as suas sinapses saturadas de factor G ( da inteligência geral).
Para bem de Portugal a direita, e, sobretudo a extrema-direita de Paulo Portas, têm grande dificuldade, em abocanharem o poder, porque o 25 de Abril 74 (feito pelos militares e o povo que esteve no terreno e não por outros, que deram o seu contributo antes, durante e depois, mas quem o fez foram aqueles e não outros) libertou Portugal da escravização fascista, e trouxe aos olhos de todos o grande valor da democracia, e, ainda, é também isto que os democratas devem aos militares e ao povo-herói de Abril - este é o que esteve na rua, os outros aderiram, aqueles o fizeram .
Quem faz os sapatos são os sapateiros, quem os concebe são os desenhadores, quem os usa são os cidadãos .Sem o conceito não haveria o sapato, mas a dor e o risco do parto quem o suporta é o sapateiro, e também sem cidadãos não haveria necessidade de sapatos, tudo é um todo, mas se quem dá à luz às crianças são as mães,e, por isso, ocupam um lugar central na continuidade da espécie humana, também os beneméritos da Nação de Abril são os que realmente o fizeram, muito embora a politica menor e a piolheira nacional, a outros tenha consagrado, coisas...
Por tudo isto, a extrema-direita e a direita perderiam, não fosse o comportamento neo-liberal de completa aliança, cumplicidade e culpa de muitos partidos socialistas e, entre nós, do PS com a defesa do interesse de 1% da população que constitui uma oligarquia toda- poderosa de banqueiros, grandes empresários, aos quais se juntam mais 9% de outros poderosos assalariados, entre os quais: administradores, gestores executivos (CEO), estrelas cinema, futebol e televisão e grandes funcionários do sector público e privado, para em seu proveito executarem uma politica de escravização, ou mesmo extermínio de 1/3 a 2/3 da humanidade.
Para manter a rota do capitalismo de desastre e os níveis de consumo dos poderosos e seus eunucos, ao nível do desenvolvimento Mundial actual, seriam precisos dois ou três planetas terra, como todos mais ou menos sabem, apesar de um número excepcional de gentes viverem no limiar das subsistências, como é o caso do operariado chinês que ganha 100€/ mês e dos marroquinos com 200€/ mês etc.etc.
As actuais estratégias dos Partidos socialistas e das esquerdas fora destes partidos se se mantiverem e não encontrarem uma convergência, não houver um forte compromisso dos partidos socialistas com a justiça social, a liberdade, e a defesa dos interesses das camadas populares, contra os injustos e imorais proventos dos banqueiros, a médio ou curto prazo, o fascismo social impôr-se-à, em Portugal e na Europa.
Outra das vantagens do 25 de Abril foi interromper a governança fascista, claramente fascista, e vacinar o país contra regimes fasciszoides que na Europa de hoje seriam tolerados. Sem o 25 de Abril seria mais provavelmente o tipo de governo que teríamos, como Manuela Ferreira Leite desejou, e, hoje, Passos Coelho proclama, quando quer um Presidente da Republica musculado.
Basta recordar aos que acham que há um exagero nestas considerações que conceituados economistas, prémios nobeis, prevêem a manutenção de um nível elevado e perigoso de desemprego por muitos e bons anos, cortes nas prestações sociais, privatização de serviços como a saúde, ou degradação grave dos públicos, baixa dos salários, deflação e a continuação de dificuldades nas finanças públicas. Se isto não for suficiente para fazer tocar todas as campainhas que bem-aventurada é a manha e a estupidez.
Resta acrescentar que neste inferno até a taxa de miseráveis diminuirá, por falta de cuidados médicos, alimentação e habitação a taxa de mortalidade aumentará entre os miseráveis e o risco deixa de ser por muito tempo estar na situação de miserável, mas sim cadáver. Infelizmente nem esta evidência foi referida, quando se falou do abaixamento de 0.6% no risco de pobreza, mas qual passou a ser a esperança de vida dos miseráveis em igual período, e entre os idosos e os demais quem morre mais cedo e com que doenças e com que abandono etc?
Esta grande convergência à esquerda que exige aproximações de todos, pode parecer muito pouco para alguns, mas é muito, muitíssimo, para a defesa dos interesses de 1/3 a 2/3 dos Portugueses e dos cidadãos da Europa, sobretudo do Sul, e do Mundo.
Enfim.... quanta dor e sofrimento se pode evitar, se em vez dos interesses de primos e das capelas todos quiserem, sob a abobada celeste, realizar a sociedade livre, justa, solidária e fraterna das mulheres e dos homens que amam a vida e o belo, e que, de certeza, serão a maioria dos nossos concidadãos e cidadãos do mundo, mas para muitos destes primeiro é preciso libertá-los das ditaduras, da doença, da fome, da ignorância e da corrupção.
andrade da silva
PS: CONTRA-CONTRAREVOLUÇÃO É UMA LUTA, UM COMBATE ATÉ AO FIM DOS TEMPOS E DAS NOSSAS VIDAS, DEMOCRÁTICO, LIVRE, APAIXONADO, ALTRUISTA QUE SE TRAVA, NO DIA À DIA, PELA PELAVRA E PELA ACÇÃO NOBRE, FRATERNA E COM AMOR POR TODOS OS CANTOS E LUGARES: INTERIORES A NÓS MESMOS E EXTERIORES, CONTRA A CONTRAREVOLUÇÃO NEO-LIBERAL QUE PRETENDE EM PORTUGAL DESTRUIR OS IDEAIS E CONQUISTAS DE ABRIL E NA EUROPA E NO MUNDO IMPÔR UM REGIME DE EXIGUIDADE, POBREZA, VIDA SEM DIREITOS E MORTE, SOB O SUPERIOR COMANDO DOS BANQUEIROS E AS POLITICAS DA DIREITA E EXTREMA-DIREITA, PREERENCIALMENTE COM A CUMPLICIDADE CULPOSA DOS PARTIDOS SOCIALISTAS E SOCIAIS-DEMOCRATAS.
7 comentários:
os escravos têm que conquistar a Liberdade, senão, esta não cria raízes
Marília Gonçalves
Sim, Marilia Enquanto houver escravos não há liberdade, não há democracia, não há República, por mais que uns intelectualoides menores digam que quando o conceito foi defendido pelo filósofo Sócrates havia escravos, mas como do conceito em termos meramente linguisticos, á sua concretização vai um boa distância e o conceito hoje transporta uma grande herança histórica, essa gente tem a mania que é esperta e doutora e mete-se em tais diatribes, resta saber porquê?
O povo hoje somos todos, todos os cidadãos são livres e iguais perante a lei, os deveres e os direitos da República, é, assim nas republicas que só podem ser democráticas.
asilva
O Poeta disse: "Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada" também por cá há algumas vozes, como a do João, clamando contra o inevitável.
Seremos tão crédulos que nos limitemos assistir ao roubo das migalhas que restaram dos direitos adquiridos em Abril?
Com frases ameaçadoras dizem que a actual constituição afasta os investidores.
Que investidores? Aqueles que se apresentam para sugar os povos enquanto deles têm bónus fiscais? Que depois partem em debandada em busca de novos povos?
Ou as alterações que propõem não são mais que as aspirações que há muito ocultam por medos eleitoralistas e porque finalmente "não dissemos nada, já não podemos dizer nada".
Um abraço.
Luzia
Amiga Santos
Há tanta gente CALADA, CULPADA, há tantos grilhões na lingua, nos braços e nas pernas. Há tanta piolheira intelectual, mental e ideológica que, enfim, acabamos por ter o que merecemos, mas quem ama luta.
Abril para mim também é um filho tem um pouco da minha coragem, lutei em Abril, cairei lutando, agora, ladrando do meu qiuntal, por onde os ventos não passam, enfim a piolheira nacional e a cobardia, os vendilhões do templo, os principes de Abril vendidos e as gentes dos tempos de trevas estão a ganhar, até quando e porquê?
abraço
asilva
Amigo Andrade da Silva,
Numa coisa concordamos: a estratégia tem de ser outra e depressa! O PCP nunca deixou o seu compromisso de defender o povo e os trabalhadores, combater o neo-liberalismo e o capitalismo, etc - mas devido a inúmeros factores, entre os quais o silenciamento por parte dos media e as palas cerebrais de muitos que se julgam bem por não serem eles os atacados impedem que o actual procedimento surte efeitos. Tem de haver uma mudança e urgentíssima.
Uma coisa com que me debato muito é esta: a esquerda fala para os da esquerda (para os que já lá estão dentro) e não fala para os de fora... ou seja: o que diz é verdade e todos o sabemos, mas se há quem ainda não tenha percebido isso, então o discurso, mantendo a mesma orientação ideológica, tem de ser alterado de qualquer forma, a fim de conseguir remover essas palas cerebrais. Lenin, por exemplo, teve um enorme sucesso nesse campo, tudo o que ele dizia era "clarinho como cristal" (não digo como água por estar demasiado poluída...); com base no testemunho deixado por Lenin, entre outros testemunhos, devemos adaptá-los à realidade actual e lutar por acordar os adormecidos e anestesiados e unir forças contra o neo-liberalismo e o capitalismo.
Só existe, neste momento, duas opções: ou o verdadeiro socialismo, ou o caos. E todos têm de perceber que neste caso e no momento presente não existe uma terceira opção possível - e a decisão certa é o verdadeiro socialismo.
Um enorme e fraterno abraço amigo!
Fernando Barbosa Ribeiro
Sempre tive mente aberta e me revoltei contra as injustiças, nunca me vendi nem tive nenhuma filiação partidária, provavelmente aquando do 25 de Abril tive a minha simpatia por partido da esquerda, pois sempre defendera a liberdade de expressão e o livre acesso oportunidade para todos.
Porem cedo descobri que neste país os novos senhores querem ocupar o lugar dos velhos, dão-se umas migalhas ao Zé-povinho para os manter entretidos, mas acesso a oportunidades só para os do partido. Por muito que me custe a dizer, pois lamento, não me vejo reflectida nas práticas de nenhum dos partidos portugueses.
O que consta das normas não é a prática corrente na gestão das empresas, repartições e autarquias do meu país.
Gostaria de me empenhar de alma e coração na luta por melhores dias neste meu país moribundo, mas não acredito nas políticas dos partidos existentes.
Luzia
Caro Fernando E GIa
Julgo que os vossos depoimentos são cruciais, ou seja, a esquerda tem de falar para fora da esquerda,apesar de todos os bloqueios, tem de dizer que alternativas tem e em que são melhores mais justas que as da direita, mas para além disto e muito mais importante tem de fazer a nivel dos partidos e onde ocupa o poder de modo diferente em relação à direita, o que, a Luzia refere e muitos outros portugueses, entre os quais e de um modo sem reservas eu também, como tenho vindo a dizer.
abraços
joão
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