sábado, 28 de agosto de 2010

DESTAS COISAS!?... REFLEXÃO


TEMPOS

" Às minhas irmãs e irmãos, errantes, sem eira nem beira e só com pele, para serem feridos, e, particularmente, à minha irmã Fátima e cunhado que experienciam os tempos longos e dolorosos, acompanhando a minha mãe, há quatro meses, em estado coma profundo. Uma experiência no limite do suportável e imaginável"


ALFA: VIDA

Tempo de:

Amor
Primavera
Abril
Sol
Lua
Mar
Sal
Natureza
Esterlícia
Orgasmo,

Um ápice:
Um Ómega que mal
Fora Alfa.


ÓMEGA: LUTO

Este outro tempo de:

Dor
Escombros
Escravidão
Inferno
Abandono
Solidão
Ódio
Desamor
Soterramento
Morte,

Não tem fim.
Inicia-se,
E cola-se à pele,
Como DNA, dos desgraçados,
E com eles vive e parte
Para além da eternidade.

Sem fim!....
Sem consolo!....

28 Agosto 2010

andrade da silva

PS: Marília poste os seus belos poemas, nós os esperamos.

4 comentários:

Marília Gonçalves disse...

Meus olhos cantaram açucenas
e orquídeas de luto
foram surgindo no tempo enevoado
a morte é a estação. Amargo fruto.
Sombrearam-se círios, loucas naves
perseguem a rota desenhada
despegadas do céu as densas aves
em procura contínua, aberta ao nada.
Sombrearam-se círios, loucas naves
perseguem a rota desenhada
despegadas do céu as densas aves
em procura contínua, aberta ao nada...

Marilia Gonçalves

Marília Gonçalves disse...

Desliza no lago brando

o perfume do Outono

a meia noite soando

vem lembrar o abandono

dos que acordados sonhando

entre círculos de sono

vão versos tristes criando.


A água sem um desenho

não lembra aragem nem brisa

tonalidade de estanho

que só o luar anima.


Marilia Gonçalves

só planície disse...

tempos tristes. estaremos a entrar nova nova idade média?

andrade da silva disse...

Rosalina

Não sei se será o regresso à Idade Média, mas que serão tempos de reequilibrio no mercado de trabalho: horário trabalho, direitos e salários, tendo, como referência a China, nãoparecem haver muitas dúvidas, no que desde há dois anos chamo de chinização da Europa e das Américas, e que hoje já mais abertamente se fala na comunicação social.
bjnho
asilva