quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CONTRA-CONTRAREVOLUÇÃO ALERTA N+19 ( PRÉ-FINAIS)







A PRIVATIZAÇÃO DO ESTADO E ESTADO MAIS AMIGO PARA OS PORTUGUESES, MAS COMO?

Ponto Prévio

“ Depois da brutalidade das medidas propostas pelo governo, no dia em que o País protesta contra a austeridade toda a cólera parecia dever dirigir-se ao governo, mas é importante não deixar de questionar o que pretende o PSD, e sublinhar que o ministro do FMI Ernani Lopes está de acordo com estas medidas: agravamento dos impostos e redução dos salários e das prestações sociais, o que com o seu grande amigo do bota abaixo Medina Carreira vinha a propor sem qualquer criatividade. A receita adoptada é já antiga, sempre tem sido assim”.

A QUESTÃO

Mas nisto da Escolha e da privatização do Estado, ainda não entendi, como o direito de escolha universal da escola ou do Hospital pode ficar mais barato ao Estado, se uma diária de internamento, por exemplo, no Hospital da Luz, era a preços de 2008 de 250 €/dia, para além dos custos médicos e clínicos.

Não será que se está a falar de um SNS residual para a maioria que ganha em média 600€ e de um serviço de qualidade participado pelo estado para os de mais posses?

Obviamente que pessoalmente sendo um homem de Abril, preocupa-me a qualidade e o financiamento dos serviços públicos, e não sou um cego defensor da gratuitidade, mas antes tem de se arrumar a casa e conhecer muito bem a natureza da despesa, pelo que me parece mau sinal o PSD querer começar a cortar pela saúde e a escola, o que, aliás, o PS vem fazendo de um modo INCONSTITUCIONAL.

Mas com tudo isto nasce no meu espírito a dúvida se o PSD de Passos Coelho não estará na sua fase Edipiana, com uma necessidade obsessiva de matar o duplo pai social-democrata – Sá Carneiro/ Cavaco da Silva – para ficar com a mãe liberal?

De qualquer modo, o que se está a passar em Portugal, a propósito destes temas e da discussão do Orçamento Geral do Estado, é um completo escândalo. Então, para além do PS e PSD não existem muitos outros portugueses representados pelo PCP, BE, CDS e milhares e milhares de independentes e trabalhadores com as suas representações sindicais e empresários com as suas associações, conquanto estes possam confiar melhor neste governo ou num do PSD e, ou outras combinações liberais, que os trabalhadores?

Numa altura de tão grave crise não competiria ao governo negociar um programa de acção plurianual, procurando a máxima convergência entre todos? Não seria esta atitude própria de uma melhor democracia?

andrade da silva

4 comentários:

Marília Gonçalves disse...

Povo do esforço e do desespero, meu irmão:

ai esse longo, interminável sono minha gente! tu que trabalhas e te esforças e escutas os banqueiros e os financeiros que te esvaziam o porta-moedas e a pobre dispensa
ACORDA? QUE POR TI TANTOS MORRERAM? FORAM PRESOS? DESTERRADOS? EXILADOS? HUMILHADOS?SEPARADOS DOS SEUS?
é tempo de te ergueres dessa condição de réptil
de pé e em frente com os teus iguais
VAMOS ERGUER PORTUGAL!!!

Marília Gonçalves

andrade da silva disse...

Marilia

Do nosso quintal gritamos, gritamos e voltamos a gritar com alertas pré-finais, isto é, depois já não há necessidade de mais nenhum alerta, depois terá lugar o trágico, mas nem os poucos que nos lêem fazem um esforço para passar a palavra que aqui se vai inscrevendo, e que depois acontecem, enfim, mas o que mais importa são o fantasticamente falso e a ilusão.
andrade das silva

Marília Gonçalves disse...

em nome se quantos nomes merecemos pimenta na língua do raio do acento,
Progresso do mal falar do mal escrever do não pensar e do pensar mal. falar mal para não dizer mais que má-lingua, que progresso é outra coisa e outra coisa inovar, que regra estipula tais desmandos quando a raiz da palavra o celebrado étimo se mantém, ou criem outra raiz que não quadrada, redondinha como o espanto de cada oh da vergonha se dizer português muito simplesmente
doutos senhores sem mais finalidade que se serem olhados doutos nesse país que herda de Salazar, hipocrisia, maneirismos e falsa utilidade
pobre herança tão farta de pedantismo, num triste Portugal cheio de vazio a procurar os filhos que de pródigos o vão empobrecendo, que até as pobres letras, essas que fazem palavras, que não as que fazem banqueiros, que por umas e outras nos vão despojando do pouco e do povo que temos e somos
aqui d’el-rex publica
aqui oh povo moribundo, vê se acordas!!!
ASSINA O
Incompreendido?

Marília Gonçalves

Marília Gonçalves disse...

Ai Portugal por tua Voz...


Atrás dos dias, vai o vento levar desgrenhados pensamentos, além de sombras e da angústia, no eco fiquei eu, a ver se percebia por onde caminhar sem atropelos, na auto-estrada nova, com o trânsito dos acontecimentos a perturbar a imaginação, que não pedia mais, que o desanuviamento a permitir passagem, mas não, isso mesmo parecia ser já pedido à porta do exagero, que exagerados somos todos quando nos referimos à dor própria, pelo menos é como tal que os outros nos percebem, e nós quando os ouvimos a eles, imponderáveis ante a mágoa alheia, nós aparentemente tão aptos a tudo entender e que nos horripilamos dos outros serem tão pouco, quando nós sim senhor, somos tanto, somos tudo, além das previsões da natureza, nós que nos assombramos pela estupidez mesquinha que nos rodeia e aflige, nós tão inteligentes, a vermos fugir-nos vida a cada hora, e que sabemos sempre tanto cada vez mais tudo, senão é ver como está tudo mudando, progredindo graças ao eu que sou, maravilha conseguida, sim senhor que já lá dizia a minha mãe, nunca a terra viu ninguém com tais capacidades, é por isso que me espanto, porque não sabem reconhecer-me o mérito, ai Jesus que se apaga a luz, apaga-se sim senhor, no dia em que deus me chame a ele, que aí é que vão ser elas, lá fica o mundo a perder este todo que eu sou, mas sempre é bem feito, enquanto por aqui ando fazem por me ignorar, não aproveitam, como dizia a minha avózinha, dá deus nozes a quem não tem dentes, ou então andam-me para aí todos com dentadura postiça que é como se dentes não tivessem, a não ser na aparência, e depois hão-de ver como elas lhes mordem, sim senhor, sempre é grande desperdício andar aqui uma pessoa tão de boas intenções e nada, ignoram-lhe o valor, que até parece tratar-se de coisa de somenos, ora vejam lá bem, só as gerações do futuro hão-de lastimar este desperdiçar do meu valor, esses sim que vão perceber bem quem eu era, do que tinha sido capaz, assim por aqui me quedo, nesta certeza que tenho de me não enganar nunca, como seria possível? às portas da luz me achando como me acho, às vezes dou comigo neste mar de aflição, tanto queria fazer aproveitar os outros da minha dádiva, mas eles não querem, coitados, tenham paciência...



Marília Gonçalves