sexta-feira, 15 de outubro de 2010


Fluidez de sentimentos

Tu, és um rio, eu sou um rio.
um dia seremos um mar correndo na mesma corrente.
sentiremos nas margens o grito da liberdade.
e na nossa manhã.
o mar azul terá todas as cores do arco-íris
as cores de todas as gentes que amam a vida e a liberdade.

Ester cid Pita

7 comentários:

Marília Gonçalves disse...

o poema lembra-me a força do Fiozinho da Fonte de Augusto Gil

Unidade! Unidade! Unidade!

Marília

andrade da silva disse...

Ester

lindo.

cá esperamos mais.

bjnho
joão

Anónimo disse...

Se todos os Homens tivessem a sensibilidade e força desta mulher.Este país estava muito melhor.Parabéns .Belo poema.

manuel fonseca

Marília Gonçalves disse...

Tu e Eu Meu Amor

Tu e eu meu amor
meu amor eu e tu
que o amor meu amor
é o nu contra o nu.

Nua a mão que segura
outra mão que lhe é dada
nua a suave ternura
na face apaixonada
nua a estrela mais pura
nos olhos da amada
nua a ânsia insegura
de uma boca beijada.

Tu e eu meu amor
meu amor eu e tu
que o amor meu amor
é o nu contra o nu.

Nu o riso e o prazer
como é nua a sentida
lágrima de não ver
na face dolorida
nu o corpo do ser
na hora prometida
meu amor que ao nascer
nus viemos à vida.

Tu e eu meu amor
meu amor eu e tu
que o amor meu amor
é o nu contra o nu.

Nua nua a verdade
tão forte no criar
adulta humanidade
nu o querer e o lutar
dia a dia pelo que há-de
os homens libertar
amor que a eternidade
é ser livre e amar.

Tu e eu meu amor
meu amor eu e tu
que o amor meu amor
é o nu contra o nu.

Manuel da Fonseca, in "Poemas para Adriano"

Marília Gonçalves disse...

Fiozinho da Fonte de Augusto Gil

Nasce uma fonte
Rumorejante
Na encosta dum monte

Ao brotar da dura fraga
É uma lágrima d água…

Mas esse humilde fiozinho,
Que um destino bom impele
Encontra pelo caminho
Um outro que é como ele…

Reúnem-se, fundem-se os dois
Prosseguem de companhia,
E fica dupla, depois,
A força que os leva e guia…

Junta-se aos dois um terceiro
Outros confluindo vão,
E o regato é já ribeiro
E o ribeiro é rio então…

E nada agora, o domina
Ao fiozinho da fonte
Entre colina e colina
Ou entre um monte e outro monte

Caminha sem descansar,
Circula através do mundo…
Até à beira do mar
Omnipotente e profundo !

(Augusto Gil)

Anónimo disse...

obrigado Esterinha por este maravilhoso poema. faz-nos ter esperança no amanhã.Lindo!

Maria do Céu

Unknown disse...

Muito bonito.
Contudo, para o fiozinho não perder a força, é preciso juntar-lhe os versos que faltam e que começam assim: " E mal que do seio da terra brotou..."
Cumprimentos.