quarta-feira, 20 de outubro de 2010

NAS CONSEQUÊNCIAS DO COLONIALISMO


a um irmão Morto

O barco partiu, alguém foi levar
Alguém que deixou, alguém a chorar
partiu o barco, lágrimas caíram
os que ficaram saudades sentirão.
Sumiu-se ao longe, alguém levava
ficou no cais quem por ele chorava
pensado voltar, voltaram ao cais
Mas aquele que foi, não voltou mais.
Partem todos, mas todos não vêem,
Por lá perde a vida, que lhes deu alguém
É tarde e não volta, quem não pode vir
À sua terra donde o vimos partir
FICOU NA GUERRA FICOU NA GUERRA
Ficou na guerra, lá perdeu a vida
As lágrimas agora não são no cais
Mas são mais que as da partida
Não voltou mais
Lá ficou sem vida.

3 comentários:

Inês Ramos disse...

Gosto muito do poema.
Porque está muito bem pensado e escrito.
E porque não gosto da morte de um Irmão na guerra Colonial, ou dos muitos irmãos, pais, filhos que para lá foram forçados a ir e perderam a vida ou ficaram para sempre com marcas.
Que foram vítimas à força dum regime Assassino.
Foram vítimas eles e os, e as, que cá ficaram sem eles, à sua espera.
Também não gosto da morte dos irmãos e irmãs e pais e mães e avós dos países africanos vítimas desse regime Assassino.
Nem das marcas que essa guerra e colonização deixou nos africanos e africanas, até hoje.
E não gosto que que continuem A morrer Irmãos (irmãos de todos nós, pessoas) neste mundo de hoje em Guerras, hoje, muitas, à escala mundial, feita pelos que hoje dominam o mundo numa ditadura disfarçada de democracia.

Marília Gonçalves disse...

Amiga Inês Ramos
e tem toda a razão de o dizer!
E é bom lembrar aos amnésicos (quantos por conveniência) que foi esse dia único: o 25 de Abril de 1974
que pôs termo a tanto horror! e que sem o 25 de Abril a sangria dum lado e doutro teria continuado!
Essa assim como a libertação dos presos políticos E TODAS AS CONQUISTAS DE DIREITOS CÍVICOS, SOCIAIS E lABORAIS SÃO FRUTO LÍMPIDO DE ABRIL

por tudo isso
VIVA O 25 DE ABRIL DE 1974
Marília

andrade da silva disse...

Amigas vou responder a estes grandiosos comentários em post.

abraço-vos
asilva