segunda-feira, 8 de novembro de 2010

6.96 %


TRAGÉDIA À PORTA DOS PORTUGUESES.
Passos Coelho diz, e muito bem, que todos os que desbarataram os bens públicos portugueses, através da corrupção, o nepotismo e da gestão danosa deviam ser criminalizados.


Total e completo acordo, se isto não for uma mera frase de campanha, e para não o ser, é preciso pôr os tribunais a funcionarem com legislação de emergência, de modo a que, os que destroem o País sejam condenados a prisão efectiva, e que os seus bens, todos os bens dos últimos quinze anos, sejam perdidos em beneficio do estado, incluindo-se neste lote, os doados a familiares ou instituições, desde que estas não se dediquem à filantropia, e que, este julgamento abranja ainda todos os eleitos para o poder central, regional e local, e no caso destes com particular incidência nas negociatas da passagem dos terrenos de aptidão agrícola a urbana, onde, se diz que nada, nem ninguém é inocente, e, por, isso mesmo os impolutos e probos calam-se.


Para além da gravidade dos juros da divida pública, dos 6.96 %, está a completa injustiça e imoralidade das medidas de combate à crise que não obrigam os que mais ganharam e ganham com esta situação a contribuírem na devida proporção para a sua superação, e, assim, para paradoxo de toda esta situação vem o 2º maior país capitalista do Mundo, a China, salvar este pequeno pais, quando um dos mais iminentes economistas chinês, lá por Pequim, fala abertamente do declínio inevitável da Europa. Para este autor, os europeus, segundo as suas análises, não gostam de trabalhar e consomem muito mais do que produzem, pelo que a a China deve intervir. Eperemos que não no sentido da má qualidade da produção, ds baixos salários e da violação sistemática dos direitos humanos.


Seja como for, com alguma insistência, alguns economistas de nomeada internacional, entre outros, o já chamado profeta das desgraças, Nouriel Roubini, no seu livro " Economia de Crise" lembra aos portugueses a crise Argentina de 2001, o que, há algum tempo, venho a referir neste blogue.

Ainda uma nota à pouca poupança dos portugueses, o que leva os nossos bancos a se financiarem excessivamente no estrangeiro, facto que acontece pelo nosso hábito de vivermos generalizadamente acima das nossas posses, e termos, através do crédito, dado a maior expressão efectiva às teorias pré-psicológicas da interactividade humana, que com base na relatividade e da chamada psicologia do optimismo garantiam que tudo seria possível, mediante a compra de uns livrecos como "o Segredo" etc e da assistência a conferências do Guru deste movimento que enriqueceu, para o que, também,em tempo oportuno alertei. Neste contexto e em consequência de todos estes factores chegamos aqui, e também não poupamos, porque os juros baixos e a retirada de benefícios fiscais leva a que a poupança não seja atractiva.


Mas perante esta tragédia construída pelo PS e PSD, porque estão tão felizes e arrogantes todos os reaccionários, proto- fascistas, anti-democratas e semi-democratas? Será porque pensam, por um lado que têm no PSD, na repressão policial violenta um forte aliado para esmagarem o povo desperto, ou, por outro, julgam que o povo de Abril já está MORTO, ou destroçado psicológica e moralmente?


Também, como a Igreja Católica, julgo que são precisas novas politicas e lideranças que falem verdade, sejam honestas, mas progressistas e não inimigos ferozes dos plebeus, do povo-povo, este povo, generoso que trabalha e não vive para aí a gastar o que tem e não tem para imitar os ricos.


Porque pertenço ao grupo dos que vivem apertando o cinto há muitos anos, não estou solidário nem com os ricos, nem com os labregos que se deixaram enganar pela ilusão do crédito barato.


andrade da silva
Nota:
Por lapso na leitura do Jornal I tinha atribuido uma afirmação ao concidadão Cavaco da Silva, que comentei, todavia, como a referida afirmação foi proferida por Carvalho da Silva, retirei a frase e o respectivo comentário.

1 comentário:

Anónimo disse...

“Triste é o cavalo que não espanta as moscas com o rabo.” (Quando um homem deixa de reagir, está morto).