terça-feira, 4 de janeiro de 2011

TOTAL, ABSOLUTA E COMPLETA INDIGNAÇÃO PELA FALTA DE LIBERDADE DE PENSAMENTO E RELIGIOSA.



Todos os que revelam intolerância, crispação, incapacidade de ouvirem as opiniões contrárias não são democratas, com o ideal da liberdade internalizado na sua alma e coração, são sim déspotas, modelados pela conveniência de aparentarem serem cordeiros, quando são lobos. São indignos protagonistas numa democracia, são serventuários do totalitarismo.


Todos os que, por uma, ou outra razão, calam órgãos de comunicação, blogues ou outras formas de expressão, para eliminarem vozes incómodas são pura e simplesmente ditadores que, se alguma vez detiverem um poder absoluto, serão tão cruéis, como foram Hitler, Salazar, Pinochet. Na substancia nada os diferencia. São ditadores execráveis. Quem os conheça, que não os encubra.


Conheço alguns e disso tenho dado notícia. Porque foi a morte do blogue avenidadaliberdade, em 13 de Junho 2008? E porque trágica ou malévola coincidência se escolheu o dia da Capital de Portugal e de Santo António, para o dia da sua morte? Coisas insondáveis.


Mas este meu grito torna-se muito mais estridente hoje, quando, a Al-qaeda, ou outra gente, ou o Exército inglês, ontem, perseguem comunidades, porque são de um dado credo religioso, quando ninguém pode ser impedido ou violentado por professar uma dada religião ou ideologia. Todos têm iguais direitos e deveres, e são iguais perante as leis civis e constitucionais. Por tudo isto, o silêncio da comunidade internacional e da Portuguesa, perante o assassinato de cristãos é ensurdecedor, como também é perante as ditaduras africanas e os crimes do presidente da Costa do Marfim, e face à eventualidade, com elevada probabilidade, de uma guerra civil, por estes dias, entre o Sudão do Norte e do Sul.


No caso do Sudão, após o referendo deste mês, que separará o do norte, fortemente armado, do Sul rico, mas desarmado, essa possibilidade está sobre a mesa da diplomacia americana há já bastante tempo, facto que se sabe de um modo claro, sem ser através da divulgação das mensagens da Wikeleaks.


(Mensagens da Wikeleaks que se transportam um bem no sentido de desmascarar a menoridade da diplomacia ocidental, contêm o aspecto perverso de poder transmitir a ideia de que o Satã são os EUA, e que as outras diplomacias são saudáveis, o que, não será verdade, além de cometerem um acto CRIMINOSO ao divulgarem posições de defesa e empresas estratégicas, dando ao crime e terrorismo internacionais objectivos que se atingidos significam centenas de mortes e põem em causa a segurança de todos nós, por quem, a Al-qaeda, não nutre nenhum amor, simplesmente.


Todavia esta análise nada tem a ver com algumas bastante ilógicas de professores catedráticos que só sabem chamar energúmenos aos outros, quando eles sem um grama de inteligência, acusam a wikeleaks pela perda de credibilidade da diplomacia americana, esquecendo que a perde sim, pelo baixo nível destes diplomatas, que, por exemplo, segundo o Presidente da República Portuguesa, dizem os disparates que o seus patrões querem ouvir. Então, o que será mais destrutivo para a diplomacia?)


Como conclusão possível penso que o Mundo e Portugal estão perigosos, sobretudo por causa do desinteresse geral, a cobardia universal e a traição dos que deviam projectar alguma luminosidade e só lançam sobre as pessoas, o tempo e o espaço, estrume, lodo, corrupção, mentira, ganância.


O Mundo e Portugal estão muito perigosos.


andrade da silva

5 comentários:

Marília Gonçalves disse...

Companheiro de Lutas

deixo aqui um poema que fiz há mais de vinte anos a um poeta algarvio que aqui vivia em França e que sempre que se referia a mim me chamava a "pomba branca" aquilo que ele era incontestavelmente! foi um ser de uma total generosidade e tolerância, essa mesma que faz falta para que no Mundo a FRATERNIDADE possa ser!

Marília



ao poeta Carlos Ventura





Por essa universal mensagem

a todos os bebés do infinito

pela tua coragem

por quanto tu tens dito...

Por esse coração, enorme, terno,

onde cabe o mais ínfimo ser

porque escreves a pressa num caderno

os versos que tens para dizer...

porque és são. A melhor academia

não podia fazer nada maior

que os pedaços de sol

de luz do dia

que distribuis por todos com amor.

Marília Gonçalves

andrade da silva disse...

Marilia
belo poema. Julgo que merece o titulo de pomba branca.

Marilia

somos o que somos, muito gritamos e somos muito... muito teimosos, porque gritamos, gritamos mas as preocupções, de muita gente, parecem ser outras: começaram os saldos, o antónio saiu da casa do segredos, o benfica ganhou, o porto perdeu com o Nacional, uma dupla vitória o meu filho ficou satisfeito e o Nacional é uma equipa da Madeira.
cá estamos... torcendo

abraço

Marília Gonçalves disse...

quando as barrigas derem horas, cada minuto será longo, infinitamente longo!
e na haverá futebóis nem meias cantigas... a febre constante será a da sobrevivência!
Resta-nos a triste, a pobre consolação de nos não termos calado:
de os ter avisado sempre
possivelmente já cá não estarei, mas quando partir, partirei infeliz, porque deixo um Mundo sujo, e gente desgraçada porque teve preguiça de pensar
Será infinitamente mais triste!
mas cada um com sua consciência!

sempre convosco, mas, minha gente, não na vossa desistência!

Marília Gonçalves

Marília Gonçalves disse...

Meu País é PORTUGAL


Meu país é marinheiro

virado pró mar azul

nosso canteiro sequeiro

na longa seca do sul.



Meu país é marinheiro

virado para o mar largo

mal esqueceu do cativeiro

amargo fundo letargo.



Meu país é marinheiro

virado para o mar alto

vai num bote cavaleiro

cavalgando sobressalto.



Meu país é marinheiro

a vogar no mar da fome

é ninho de aventureiro

que o vende rói e consome.



Levado na maré

vai vogando tristemente

baixa-mar sem preia-mar

com vazante e sem enchente.



Meu país é marinheiro

virado para o futuro

teu povo, teu faroleiro

acende uma luz no escuro.



Meu país é marinheiro

não volta mais ao passado

daqui para o mundo inteiro

lança fraterno o seu brado!


Marília Gonçalves

Marília Gonçalves disse...

Je suis humble artisan d’une tâche inféconde

mais devant les dangers qui menacent le monde

je rougirais

d’être de ceux qui n’ont rien dit.

Eugène Bizot