quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


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A Influência da Igreja Católica

Devo dizer que esta, como todas as demais análises, que procuro fazer, têm como foco a epistemologia da  sociologia. Digo que não pretendo fazer análises ideológicas e muito menos politica-partidárias, para isso, existem muitos partidos e militantes, com as suas verdades, totais, e virtuosas para os militantes e o contrário para os outros.
Nesta conformidade, considero de excepcional importância para a felicidade e desenvolvimento da pessoa humana as religiões, e nomeadamente a Católica. Todavia este reconhecimento não impede a observação sociológica da sua atitude política parcial  e maioritariamente de cariz conservador e politicamente, conforme as ideologias dos partidos e direita.

 Quanto a um paralelismo entre Portugal e outros países, nomeadamente Espanha, devo dizer  que conheci, há uns anos,  Burgos, onde, me desloquei várias vezes, cidade que  parece   equivalente à nossa Braga,  verifiquei “in loco” a grande influência religiosa e nos costumes da Igreja Católica, que não existia em Portugal,  desde  há décadas, mas tudo neste momento está a mudar rapidamente entre nós. Com a crise ou pseudo-crise actual, a Igreja passou a ter um papel massivo na assistência a milhares de famílias e idosos.

 Novamente os centros paroquiais se enchem de gente,  sobretudo idosos, mas também gente  jovem, e neste campo a Igreja tem um papel que fica a anos Luz dos partidos e instituições de esquerda. Também   as ONG e outras  instituições cívicas  têm como dirigentes maioritariamente, católicos  e em termos partidários o mais à esquerda que lá existem são pessoas do PS. Não será por acaso que o presidente das misericórdias e das ONG, estão numa mesma candidatura, e disso o candidato fez pública referência.

Não defendo a caridadezinha, mas defendo, desde há muito tempo, mas com expressão pública desde há 2 anos, em tempos de crise e daqui para a frente sempre, a solidariedade activa, através da criação de fundos sindicais ou de cidadãos, para fazer frente a tanta desgraça a que o subdesenvolvimento português e o neo-liberalismo  condenam muitos portugueses, e aqui, em Portugal, como na Madeira,  no Líbano,  no Brasil  quem  der mais pão, mais voto terá.
 Pregar solidariedade e futuros venturosos na terra, através de longos e demorados processos de transformação politica e social  seculares ou, milenários, a quem tem as barrigas vazias, terá sempre menos  consequências psicológicas, sociais e politicas, do que os gestos e as palavras dos que ao menos deixam as  barrigas meias vazias, meias cheias, como aconteceu no Brasil, através, é certo, de politicas activas.
Mas enquanto o poder em Portugal for contra os pobres, esquecê-los e  aumentar o número de  miseráveis, é preciso ter para com   esta gente actos concretos, e quem os fizer, como faz a Igreja Católica e as ONG representadas pelo seu presidente numa candidatura presidencial, ganha uma vantagem significativa na conquista de votos, através da conquista dos corações e das almas pelos actos de solidariedade acompanhados de amor, respeito e vontade de mudar as coisas.
Mas será que isto não é social e humanamente visível, observável?
Talvez não.
Andrade da silva

PS: Quanto à responsabilidade histórica das próximas eleições, a mesma passa pelos eleitores, mas  também e muito mais pelos processos da proposição das candidaturas que têm de ser analisados  face aos próximos  e anteriores resultados eleitorais.
 Nestas eleições os resultados de Fernando Nobre têm de ser estudados em conjugação com os de Manuel Alegre nas eleições anteriores, e ainda na perspectiva das próximas, em que Fernando Nobre estará, com um probabilidade superior a 90% (de Bruxo).
Depois do post de ontem foram publicados os resultados do estudo “ O Farol” que comentarei,  que revelam que muitos portugueses acham, como dizia, que não se tem ganho o futuro e se está a destruir rapidamente o presente.




3 comentários:

Marília Gonçalves disse...

Tem toda a razão! a Igraja hoje està a desempenhar um papel primordial e com caràcter social!
se em dois mil anos a Caridade não conseguiu ser a resposta ao sofrimento dos pobres e mais enfraquecidos socialmente, a Solidariedade, que não é a partilha de restos, mas uma identificação, somos um todo, e casa um de nós, faz parte desse todo, é urgente e indispensável!
Abraço
Marilia

Helena disse...

As épocas de crise são sempre favoráveis a 'surtos' sociorreligiosos e messiânicos...


Quanto à influência da igreja católica em Espanha, comparada com Portugal, lembro que só há uns anos, poucos, a educação religiosa confessional deixou de ser obrigatória na escola pública do país vizinho, já nós tínhamos resolvido essa questão há décadas. E as manifestações contra o fim dessa obrigatoriedade foram muitas e de centenas a de milhares de pessoas...

Marília Gonçalves disse...

A Escola deve sempre ser laica
abraço e volte sempre
é bom sentir a companhia
Marilia