quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A BOMBA ATÓMICA DOS DITADORES


Todos os ditadores que se prezam têm, como principais qualidades, o medo e a cobardia, e, assim, sabem que para fugirem à justa sanha do povo e manterem o seu poder, no que são seguidos por todos os governos corruptos, é dividirem para reinarem, numa proporção matematicamente estudada e demonstrada no filme dos gang's de New York que consiste em controlar 50% dos pobres, para que estes matem, ou aniquilem os outros 50%.


Esta pode ser a táctica que o ditador do Egipto está a usar,para manter o seu poder, lançando, se necessário, o país numa guerra civil, mas só o conseguirá se comunidade internacional, nomeadamente os EUA, forem complacentes e o Exército apoiar a facção de Mubarak.
Todavia se do seu lado não estiverem os tais 50%, o mais provável é que o Exército queira salvar o país do grande desastre da guerra civil, e não garanta a força necessária para Mubarak levar a sua por diante.
É plausível que o exército egípcio interprete o alerta do Presidente dos EUA e do Secretário Geral da ONU, no sentio de que se não garantirem a paz, poderão ser substituídos nessa Missão por forças militares da ONU ou da NATO, o que, para o Exército Nacional é desonroso.


Os exércitos apesar dos seus custos financeiros e defeitos, tanto maiores estes, quanto mas se afastam dos povos e das constituições, continuam a ser, para o bem e para o mal, em todos os países do Mundo, a reserva última das Nações, pelo que será muito importante que o exército egípcio, como o glorioso MFA em Portugal, se alie ao Povo, para correr com o ditador, e que evite outra ditadura, agora, Islâmica.


Quanto à ditadura ismâlica se vier a instalar-se, também a comunidade internacional terá grande responsabilidade, porque não socorreu aquele povo na miséria, quando as irmandades muçulmanas podem ter feito, e continuará a contribuir para esse desfecho, quanto mais apoiar ou for menos enérgica na condenação de Mubarak.


É natural a preocupação com a transição, de que partilho, mas a verdade é que esta devia ter-se iniciado há muito, quer no Egipto, quer em Angola, Moçambique etc. que um dia também verão os esfomeados na rua a pedirem que os seus presidentes saem, e, uma vez mais, mais de uma centena de milhar de portugueses estarão em apuros. Aqueles sistemas políticos são insustentáveis a médio ou longo prazo.


andrade da silva

2 comentários:

Marília Gonçalves disse...

...felizmente os Povos acabam sempre por perceber onde estão metidos e libertam-se e quase sempre pela violência, o que é pena, é que façam o desespero levar as pessoas a tais extremos, enquanto afinal, seria prova de inteligência, evitar confrontos sangrentos e resolver os problemas com as armas da Democracia
Mas a espera é longa, para quem se bate pela dignidade de todos, e pra esses essa espera tem cores de tragédia,porque empenham seu tempo, seu esforço e suas vidas numa luta momentaneamente estéril ou que o é na aparência imediata, mas tal como o Inverno dissimula a Primavera que se prepara nas raízes, enquanto nosso olhar apenas descobre uma paisagem desolada,assim a Luta fervilha, numa calma aparente, para eclodir em força, no momento exacto em que o Povo sabe não ter mais nada a perder, porque já lhe tinham roubado tudo!
é da HISTÓRIA! foi e será sempre assim! e a resposta será tanto mais violenta, quanto mais tempo se for acumulando em força, o desespero dos Povos e a indiferença de quem manda!
Esse desespero é que engendra os possíveis excessos, por tornar-se tão lesto, que se ultrapassa a si mesmo!
pois vamos prosseguir nossos Alertas,a ver se acumulação de fartura de uns e de faltas dos outros se não estende no tempo até ao desespero final e suas consequências!
em Portugal, onde os resultados eleitorais, não são nada significativos em 2011, como se viu nas Presidenciais, onde o candidato eleito, o foi por fraca, muito fraca percentagem e o restante povo que é hoje a maioria quer tenha votado quer não, continua expectante. Como a Política ultra liberal vai prosseguir, em abusos e excessos, quem hoje votou e vai ter um presidente, com amplos poderes, visto poder criar um novo governo, se esse lhe parecer ser o caminho que melhor defende seus meios de governar, o Povo,vai depressa chegar à conclusão, que não foram seus interesses que defendeu e vai disso tirar as inevitáveis aprendizagens!
a politica mundialista vai prosseguir, com ou sem novo governo, o sofrimento popular vai crescer e os Resistentes não vão ficar adormecidos, nem serão despertados por nenhum beijo, nem de amor nem mortal, porque de consciências despertas, prosseguirão suas batalhas!
A Luta Continua até à Vitória Final!
Marília Gonçalves

andrade da silva disse...

Msrilia

Os resultados eleitorais confirmam na totalidade o que antes de os conhecer, ou mesmo considerar sondagens, disse que ia acontecer, ou seja, uma fraca votação em Manuel Alegre e a máxima votação possível na candiadura do PCP seria a dos militantes e um dado número de simpatizantes, na ordem dos 7%, ponto.

E tudo isto no quadro eleitoral quantitativo, os efeitos qualitativos não são mensuráveis, em consequência de erros sistemáticos de alguns, cuja estratégia tem mais a ver com factores de informação politica e internas dos partidos do que com as eleições presidenciais, e por erros de candidatos com estratégias pessoais muito aplaudidas pelo SR. José Carlos Vasconcelos da revista Visão, mas só pelo facto que se desloca para o Futuro de Costas, e por isso não poderá nunca entender a razão profunda do insucesso nas eleições presidenciais de Manuel Alegre, mas como disso falei já em 2008, adiante…
abraço
asilva