terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A GUERRA - VOZ DO CAPITÃO de ABRIL ANDRADE da SILVA


50 ANOS DEPOIS  DA GUERRA COLONIAL, AS NOVAS MISSÕES MILITARES NO ESTRANGEIRO

Estive, como psicólogo, duas vezes na Bósnia, e diga o que disserem, os Sérvios, de quem gosto muito, é um povo honrado, culto, optimista, desportivo ( e as mulheres são quase tão lindas, como as portuguesas), dirigidos por líderes loucos, assassinos, senhores da guerra, estavam a MASSACRAR os muçulmanos,  que para mim são povo, gente, meus irmãos. Vi as suas casas desventradas a tiro, tiros de casa a casa, vizinho a vizinho. Fizemos, na minha opinião, bem em ir até  lá, e os nossos silvas são na sua maioria grandes pessoas, gente generosa que ajuda, e muito, os sérvios com fome.
O mesmo em relação ao Afeganistão, os talibãs são verdadeiros criminosos contra o seu povo, é pena o que vem depois, e que a ONU não possa acudir com o mesmo peso e medida, onde há crimes contra as pessoas.
Mas também é evidente que mais que o motivo altruísta pesam os  factores geo-estratégicos, para os quais a pessoas são pedras de um xadrez de morte, e  que uma acção pela defesa dos direitos humanos pode fazer-se mais facilmente na Tunísia, Sudão, Bósnia e muito menos na China, é óbvio, mas quando um ditador cai, onde quer que seja,  há uma vitória geral para toda a humanidade.
Todavia os militares para além do que possam ganhar nestas missões, e ganham, têm de ter uma motivação altruísta, para cumprirem cabalmente  a sua função.
Também o facto de vivermos nesta doce civilização ocidental, por comparação com a miséria africana, asiática etc.  tem os seus custos, e não estamos rodeados só de amigos. O terrorismo internacional e um certo radicalismo muçulmano ( não são ficções, nem pensamento belicista, falo do direito à legitima defesa) não  nos pouparão, como não poupam o seu povo, em que nem todos os homens- bombas são voluntários para a suprema loucura, muitos jamais poderão retirar do seu corpo o cinto de explosivos. Estão condenados previamente à morte.
O terrorismo existe e a sua negra alma é o terror e o assassínio de inocentes. Não é mesma coisa que  combater militares, quando estes se tornam forças de ocupação. Num país ocupado por uma força estrangeira  que quer impor o jugo de um país a  outro, todos os cidadãos  subjugados têm o direito e o dever de a combater.
Mas quando uma força sob a bandeira da ONU intervém num país para defender os direitos humanos, os militares serão vítimas de ataques dos párias desses países, e, neste caso, o  supremo sacrifício das suas vidas é um acto do máximo altruísmo, de igual substância aos que a humanidade celebra e a história refere.

andrade da silva

2 comentários:

Marília Gonçalves disse...

olá Companheiro, amigos, leitores

é verdade que em relação à Bósnia se falou e escreveu mia sobre religiões, mas sempre frisando que a religião não explica tudo, e também penso que não, embora me sinta incapaz de explicar uma tal loucura, é importante que se esteja atento a este tipo de extremismos, que podem contaminar tudo! Todas as religiões em dado momento, cometeram excessos, mas o que pode transformar um cidadão comum num ser sanguinário,sem o mínimo sentimento solidário ou que o identifique como igual de outro ser.
Vejo por aqui, muçulmanos não árabes, odiarem (até que ponto ignoro, pois só em face das situações, essas trevas se revelam à claridade) muçulmanos árabes, quando afinal partilham a mesma religião e cumprem exactamente os mesmo preceito.
Por isso me convenço que tem que haver outras razoes
classe social? nacionalismo e seus excessos, diferentes pois do patriotismo!? invejas (já que come refere, Companheiro,os ataques surgiram entre vizinhos que sempre se tinham dado bem, recolhi o testemunho directo duma senhora exilada em Paris, e que toda a vida arrastará consigo, indeléveis marcas de tal horror
mas seria muito interessante um estudo sobre tal assunto e sobre a fronteira entre o humano e o acto que o nega
no link que vou deixar podem ler o testemunho do meu encontro com essa senhora da Bósnia.
abraço amigo sempre
Marília

NAS CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA

em baixo da página
http://nossaspoesiaslibertarias.blogspot.com/

Marília Gonçalves disse...

A todos

quis deixar os assuntos em separado, para defensores da Paz é natural que se defendam posições de não agressão, ideia e principio que defendemos aqui no interior do blogue e cada dia que passa onde quer que nos encontremos
Mas... uma coisa é atacar e invadir, outra é Resistir a opressores tanto externos como internos e cada povo tem o dever cívico de defender-se , de defender sue pais e o povo a que pertence
como tem o dever de defender a Constituição, suas leis, para que tais extremos sejam evitados a tempo
Quando não são cumpridos tais principio de Resistência, por medo, desconhecimento ou por outra razão, corremos o risco de estar a expor-nos ao que queríamos evitar e na sua pior face.
pois em nome da Paz, aqui deixo convite aos Poetas, para que integrem o Movomento "Poetas del Mundo" onde estao hoje inscritos mais de 7000 poetas espalhados pelo Mundo e que defendem a Paz onde quer que se encontrem e onde quer que esta seja molestada, o Presidente de "Poetas del Mundo" é Embaixador Universal da Paz, pela UNESCO para isso podem enviar uma biografia, poemas ou texto em prosa,breve e uma foto, para:
info@apostrophes.cl
abraço

Marília Gonçalves

http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_europa.asp?ID=676