sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O EGIPTO E O CINISMO EURO-AMERICANO.






                                                      O EGIPTO E O CINISMO EURO-AMERICANO.

A atitude mole e complacente da Europa e da América com as ditaduras do meio Oriente e de África não é uma questão de estranheza, mas sim de inteligência geoestratégica e imperiosa necessidade de sobrevivência e de preservação da paz.
Quanto mais a Europa e a América alinharem com ditadores no Médio Oriente, em África e no Mundo mais se isolam, e mais oportunidades dão à instalação de regimes islamitas radicais. Irão II, Irão III ... IRÃO N.
O regime de Mubarak está podre desde há décadas, portanto, sem surpresa, o que faço é uma crítica à cegueira humana, estratégica e politica dos líderes dos países democráticos.
Nada de estranheza, mas para que conste lavro o meu protesto que para nada serve, como os alertas que vou fazendo para Portugal, Angola, Moçambique, para que conste e também, porque como militar de ABRIL considero imperativo moral dizer o que penso, mas isto também é ridículo, porque muito poucos estão interessados em tal opinião.
A maioria gosta mais da informação dos porta-vozes dos partidos. Dá menos trabalho ser os outros a pensarem por nós.

andrade da silva


3 comentários:

Anónimo disse...

Assim como muitas doutrinas do capitalismo que substitui as capacidades dos cidadãos, os negócios mundiais existem sem o consentimento ou aproveitamento da inteligência dos indivíduos
Infelizmente, as revoluções só vão substituir os tais ditadores, colocados pelos poderes consensuais, que viciam a engrenagem dos sistemas políticos, pelo mundo
O equilíbrio dos povos depende não só da sua participação activa (civismo) mas também de iniciativas dos poderes que "gerem" as soberanias.
Os Estados não dão o primeiro passo que poderá acordar a motivação dos cidadãos e intervenção nos assuntos comuns, em vez de assumir uma posição moderadora dos valores existentes, (humanos, materiais,...), Expõem com orgulho, a sua condição de instituições de comerciantes, com diversos deuses banqueiros e agitadores financeiros, com sucursais maléficas pelos vários continentes.
Enquanto decorrem revoltas, revoluções, alterações convenientes (ou não), cresce a globalização paralela, dos cidadãos ansiosos, que aguardam uma revolução, perto de si...

Abraço

andrade da silva disse...

Em 1982 comentando, no meu curso de sociologia, no ISCTE a teoria do economista egípcio Samir Amin, quanto à ultrapassagem deste sistema de exploração pelas lutas nos países periféricos, defendi que só a emergência do cidadão comum na cena politica poderia alterar o stato-quo, o que, me valeu uma quase maldição na cadeira de sociologia do desenvolvimento e guardo com muito orgulho e honra a luta que tive de travar contra o professor e muitos colegas que de acordo com a sua orientação partidária com o professor fizeram coro.

Todavia a questão é sempre a mesma o homem comum irrompe, ou os jovens oficiais do Exército português e o povo em Portugal, como foi no 25de Abril 74, mas depois quem abocanha o poder são sempre as raposas de vários matizes, manha, cores e tamanhos.
Infelizmente o Zé não tem conseguido eleger a nenhum nível, as mulheres os homens mais corajosos, sábios, tolerantes e pobros para líderes. Já é uma quase fatalidade, a da sistemática escolha errada, de tal sorte que, de um modo geral, as lideranças das organizações não representam as virtudes e o amor das bases. Terrível, trágica e vil fatalidade.

abraço
asilva

Anónimo disse...

Caro Andrade da Silva,

Detesto a politização da inteligência dos indivíduos, por isso, reafirmo aqui, o meu respeito pelas suas importantes "démarches", que só os cidadãos atentos poderão interpretar, ou aproveitar, no sentido democrático que representa a liberdade e deveres dos cidadãos, tanto nos costumes mais banais, como na liberdade de aprender e transmitir o conhecimento, em nome da cultura (aperfeiçoamento...) dos povos.
Qual será o segredo para orientar um jovem de hoje a agir conscientemente e com inteligência, em nome duma causa sólida se nas estruturas académicas, prevalece o mau espíritos (parcial) que transmite a atitude dos interesses instituídos?
Qual será a via mais óbvia e mais fácil para criar uma cumplicidade, em nome dum comportamento responsável, com aplicação nos poderes?

Abraço