A ideia da realização desta manifestação partiu de um grupo de jovens descontentes que queriam, de um modo independente, manifestarem a sua desilusão, frustração e desassossego, e porque não dizer, mesmo revolta, pelo modo como os jovens, nomeadamente os licenciados, estão a ser excluídos do mercado de trabalho, e logo que encontraram na canção da Deolinda " PARVA QUE SOU" a bandeira do movimento, marcaram o dia 12 de Março, para a concentração na Avenida da Liberdade. Depois o que se passou.
A partir do crescimento deste movimento, muitos dos que andavam distraídos acordaram, desde logo, Marcelo Rebelo de Sousa, apadrinhando o movimento na TVI, depois Ângelo Correia, fazendo algum paralelismo com a Rua Árabe, a RTP, e também muito cedo o movimento de uma milhão na Avenida da Liberdade para a demissão total da classe política, com elementos nacionalistas da frente portuguesa, que difundiu um e-mail a dizer que já tinham uma data, 12 de Março. Este movimento já deu origem a outro de um milhão de pessoas na Avenida da Liberdade com o objectivo de regenerar a classe política.
Por coincidência ou não, o Bloco de Esquerda apresentou uma moção de censura onde os jovens ocupam um lugar central, e, ontem, no acto de posse o sr. Presidente da República até parecia que queria ser o Líder desta Manifestação.
Desde sempre apoiei este movimento por ser de uma natureza diferente do de um milhão de pessoas na avenida da liberdade. Os seus organizadores afirmaram que seria um movimento da Juventude a protestar de um modo independente contra o actual estado de coisas, o que, aqui já referi que poderia dar origem a novos modos, mais adequados, de fazer e ser político, aos tempos de liberdade, honestidade, inteligência, dignidade e tolerância da civilização de hoje. Seria muito importante que não se deixassem aprisionar pelas antigas e ferrugentas grilhetas que nos conduzirão irremediavelmente para o caos.
Como tenho defendido o mais importante para o país é um forte movimento de cidadania que defenda a Democracia, a Dignidade ao longo de toda a vida e o Desenvolvimento capaz de mobilizar os portugueses, e sobretudo os 50% que se abstêm que se virem nestes novos movimentos qualquer namoro aos partidos, os abandonarão inexoravelmente.
Também é importante que os partidos e as instituições do Estado entendam que há muita mais vida social e politica para além dos partidos. Se todos deixarem que a cidadania respire, talvez Portugal melhore, mas se cada um quiser abocanhar o que resta da cidadania independente não haverá amanhã, continuaremos sempre no hoje. Pessoalmente conheço o que os partidos podem fazer para liquidarem as iniciativas da cidadania, já enfrentei essa experiência em 1977, e também éramos jovens, perdemos, creio que para grande mal e tragédia do país.
JOVENS ESTE É O VOSSO TEMPO PENSEM NOVO, FAÇAM DE UM MODO DIFERENTE, SE FIZEREM DO MESMO MODO, O RESULTADO SERÁ O MESMO : DESASTRE.
andrade da silva
10 comentários:
Manifestação contra o “mau” Governo Português 12 Março 2011
Artigo de viagens dentro da categoria Notícias
Dicas de Viagem por João Leitão - 55 Comentários
Protesto 12 de Março às 15 horas – Avenida da Liberdade – Lisboa e Praça da Batalha – Porto
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O «Protesto da Geração À Rasca» surgiu de forma espontânea, no Facebook, fruto da insatisfação de um grupo de jovens que sentiram ser preciso fazer algo de modo a alertar para a deterioração das condições de trabalho e da educação em Portugal.
Este é um protesto apartidário, laico e pacífico, que pretende reforçar a democracia participativa no país, e em consonância com o espírito do Artigo 23º da Carta Universal dos Direitos Humanos:
1.Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.
2.Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
3.Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção social.
Unidade! Unidade e um projecto politico! avançar, sim! mas não a caminho do abismo! a saber para onde se vai e o que se quer!
Marília Gonçalves
quando li a noticia desta manifestaçao, aplaudi imediatamente, quando soube que partidos politicos se iam juntar a manifestaçao, perdi o interesse.
estamos fartos de politicos sao todos os mesmos querem todos o mesmo, foi um erro aceitarem o apoio de partidos. ja viram o que aprontaram logo e uma manifestaçao do bloco de esquerda.
no período que durou apesar de tudo 48 anos, também se vivia nessa ausência politica, e negar evidências é que é política perigosa, como o é o misturar de alhos com bugalhos, nem todos os que têm responsabilidades políticas são corruptos e há muita gente fora da politica cuja honestidade deixa muito a desejar! Pôr todos no mesmo saco é não só injusto mas grave e perigosa posição politica. Quem desejaria ver dirigir o seu país? calceteiros marítimos, não resultava, lamento mas economia diz e dirá sempre respeito aos técnicos desta! e isso é politica! não é a politica que faz corruptos o que há é muitos corruptos que vêm desaguar na política para se governarem a eles e não ao País! mas ninguém que seja honesto, ao entrar na politica se torna corrupto; ou já tem essa tendência ou não, se a não tem por regra de sua ética, não a virá a ter. Isso tem a ver com a formação de cada um. Há seres bem formados e outros não!
Além de que se há gente que tenta e pretende enriquecer, será muito mais vulnerável diante de tentações desse tipo. Felizmente há muito quem ao longo da vida, pelo seu comportamento honesto exemplar, tenha provado, que o dinheiro não é o seu objectivo e descrer dessas pessoas é também erro grave, porque profundamente injusto e mesmo algo doentio, não acreditar em nada nem em ninguém é sintoma aflitivo, que mais necessita da intervenção do Capitão Andrade Silva, pela sua grande capacidade como psicólogo e ultrapassa os limites de debate num simples blogue
e pobre de Portugal se através dos tempos não tivesse tido políticos que nunca demissionaram e que se bateram a custo de suas vidas e da sua Liberdade pessoal, pela Liberdade do Povo de Portugal e pelo seu Direito a ser e a existir plenamente.
Para todos os que ao longo de suas vidas se batem, honestamente e sem descanso, privados tantas e tantas vezes do mais elementar tempo de descanso e lazer, a todos os Comunistas, o meu muito obrigada, eu que egoistamente nem tenho em mim tanta generosidade, como vocês o têm, mantendo-me de fora, apesar do grande apreço em que vos tenho
Marília Gonçalves
e a todos os que usam a mesma desconfiança, dirigindo-se a honestos e desonestos num mesmo e único tom, gostaria apenas de perguntar: que fizeram por Portugal ou pelo Mundo, que os torne credíveis quando falam? que garante dão à gente honesta da vossa honestidade? porque se a dúvida é o caminho pode surgir também contra vós, ou crêem-se acima de qualquer suspeita?
têm pelo menos que aplicar a vocês mesmos a medida com que medem os outros em geral.
Porque isso que pretendem fazer ao desacreditar todo e qualquer politico, é politica também, logo a partir do momento que fazem politica e como segundo o vosso ponto de vista os políticos são todos desonestos vocês não ficam de fora, logo...
a bom entendedor...
Marília Gonçalves
Caro Alexandre
Também penso que tem de haver um grande espaço de intervenção da cidadania, movimentos de cidadãos até para criar junto dos partidos e seus militantes uma atitude de maior actualização da acção partidária ao sentir do povo em geral que á muito menos condicionado que o dos militantes que de um modo geral moldam-se aos pensamentos dos dirigentes e mesmo quando comunicam de baixo para cima, salvo raras excepções fazem com auto-censura para não chocarem muito, isto acontece em quase todas as organizações com hierarquia .A pratica democrática livre e incondicional é uma raridade que exige muita coragem.
apareça sempre
abraço
asilva
fazer o quê?
aqui, ninguém pensou fazer o que quer que fosse, foi uma conversasinha, nada mais!!!
viva a conversa!!!
vira o disco e toca o mesmo: VIVA A CONVERSA
VIVA EU
Zé dos cardos
Caro Zé Dos Cardos
Da minha parte acho de facto espantoso que dois rapazes e uma rapariga se reúnam e digam a Deolinda cantou a canção ‘Parva que sou’ e nós vamos pôr milhares de pessoas na rua, numa manifestação apartidária, passiva e laica, e sem grandes preparativos e meios o consigam.
Por mais espantoso que isto seja, assim aconteceu, o que revela a situação de quase explosão a que chegamos, e que a capacidade de mobilização da rua não é só deste ou daquele partido ou sindicato, o que, comporta virtudes e riscos que deveriam ser analisados pelos arrogantes que nunca acreditaram que isto fosse possível.
Todavia sendo esta a realidade, neste quadro dou o meu contributo para que algo aconteça, enviando sugestões para o grupo organizador, que aqui vou publicar.
abraço
asilva
a questão é mais profunda
é sabermos quem somos e ao que andamos
Marília
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