“48”

de Susana de Sousa Dias, chega finalmente às salas portuguesas. Depois
de ter sido exibido em festivais e mostras em mais de 20 países, e de
ter ganho vários prémios.
A estreia é a 21 de Abril em 5 salas de cinema no país. Em Lisboa estará em exibição no cinema Alvalade.
Vasculhando
os arquivos da PIDE, a temida polícia secreta da ditadura salazarista, a
realizadora recolhe 16 fotos de presos políticos, cuja história tenta
decifrar. Correndo contra o relógio para encontrar sobreviventes, ela
descobre nos relatos as explicações de parte do mistério que quer
decifrar.
Daí emergem as memórias das emoções em conflito que
dominavam os prisioneiros no momento da fotografia – não raro, uma
ocasião em que alguns procuravam enfrentar, ainda que fosse com um
olhar, os seus captores e algozes. Uma mulher recorda a sua reação
inexplicável de sorrir diante da câmera – um comportamento que a
perseguiu durante o resto da vida. Por este ângulo inusitado, o filme levanta pistas para um retrato dos 48 anos de ditadura fascista em Portugal.
Ousado e com conteúdos históricos fundamentais: «talvez todos os alunos (ensino secundário e superior) devessem ver o filme de Susana de Sousa Dias» (Enric Vives-Rubio)
Público, 29.03.2010 – por Vanessa Rato
«Não
foi o filme a vencer cá o Doc Lisboa, o grande evento português para o
documentário, mas foi o filme a ir “lá fora” e a voltar a casa com o
Grande Prémio do Festival "Cinéma du Réel " (Paris), um dos mais importantes do mundo.
Estamos
a falar de “48″, de Susana de Sousa Dias, uma aproximação de 93 minutos
ao que foram os anos da ditadura fascista portuguesa e ao que esta
implicou para os que lhe resistiram.
Estamos a falar,
também, daquele que foi “provavelmente o mais ousado e vanguardista”
objecto cinematográfico a passar pela edição de 2009 do Doc Lisboa
(palavras de Sérgio Tréfaut, director do Doc Lisboa).
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