segunda-feira, 2 de maio de 2011

1º MAIO 2011, QUE DIZER?








Calo o verbo, talvez a dor, talvez ponha na penumbra as rosas negras, as confusões entre depressão e motivação intrínseca e transcendente para a luta do quotidiano, que é o oposto ao sentimento depressivo. Sei-o como pessoa, sei-o como militar de algumas dezenas de combates na guerra, mas também nas minas do Lousal, Cooperativa de Pegões, Associação de Regantes do vale de Sorraia, Empresa de Concentrado de Tomates de Alvalade do Sado, acontecimentos de 7 Março 75 em Setúbal, 13 de Março 75 em Montemor, cerco pelos diabos à solta na Madeira em 1976 etc etc., mas, simplesmente quero dizer, queridas companheiras e queridos companheiros que estive hoje com alguns de vós na Alameda, vi amigos do Ciborro, de Grândola, de Borba, da A25A, soube da morte e funeral hoje de um antigo soldado, a quem dei a recruta em Beja, logo a seguir ao 25 de Abril, soube que um outro militar, conhecido, entre nós, como o moscavide, onde, vive, mas com um nome de guerra terrível, agora, depois de ter passado várias vezes pela prisão está mais calmo, também estivera preso, porque, quando, antes do 25 de Abril, colava cartazes do MDP/CDE enfiou o balde de cola pela cabeça abaixo de um guarda - a história também se faz de actos individuais, alguns lendários, como os de Palma Inácio - e que simplesmente vejo com os mesmos olhos que vocês, o povo do terreno, a realidade que nos rodeia, e quanto os custos da mudança desta situação recai, tremendamente, sobre ombros, pernas, braços e o corações já cansados.



Com estes companheiros fazemos leituras comuns, lemos os sinais, sabemos o que nos espera e quanto vai custar prosseguir Abril, e com eles partilho o coração e a alma de Abril.



Aos que têm razão e estão a fazer o que deve ser feito o meu grande abraço.




O meu braço, coração e alma estarão sempre com vocês, porque é justo o que reclamamos e injusto o que nos e, sobretudo, vos tiram, e, isto, nenhuma mulher e homem justos podem ignorar.




Companheiras e Companheiros até ABRIL, ATÉ À REPUBLICANIZAÇÃO DA REPÚBLICA, DEMOCRATIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO E DIGNIFICAÇÃO DA DIGNIDADE.




andrade da silva

4 comentários:

Marília Gonçalves disse...

aponte um caminho
Companheiro, ficamos no vago e é preciso agir
Marília Gonçalves

andrade da silva disse...

Oh Marília

Deve de andar distraída, ou está mesmo a brincar, quanto ao que ando a dizer há imenso tempo, vou responder em post: mas está por aí.
è uma pergunta retórica pois em todas as circunstâncias tenho dado a minha opinião, mas não estou a formar nenhum partido em 1977 sim, mas isso foi sabotado e foi pena ou não havia condições, estou no registo do falar com, mas olhe que juntando tudo tinha que programa, mas está aí nomeadamente no texto quase manifesto enfim é uma pergunta retórica e no meu caso com pouca oportunidade se entre os cidadãos portugueses se alguém tem dado pedras para fazer um dado caminho sou eu, mas como estou fora dos partidos e dos sindicatos, é natural que aconteça com eles, por nem ouvirem ou desdenharem, mas qual o caminho que ele aponta, as pedras para o caminho estão aí.
Mas a Marilia quer fazer um partido comigo?
Concretamente quanto ao 1º de Maio 2011, julgo que se devia ter iniciado junto às portas do continente e pingo-doce, se fosse dirigente da Inter tinha trabalhado essa hipótese e atempadamente falei dela, em post. Em alguns sítios tentou-se isso sem mobilização previa, foram heróicos, fizeram o que deviam, mas houve improvisação etc etc e por aqui me fico...
Vago, antão sou um individuo do terreno não fico na retórica, mas não dirijo ou faço parte de organizações que dirigem, logo...
Coisas....
Abraço
ailva

andrade da silva disse...

Marilia
Como sabe considero-a muito, é uma heroína que ama muito Portugal todavia os seus comentários aqui publicados são lidos por quem quiser, hoje e amanhã, pelo que não posso deixar de esclarecer a minha posição, mantendo por si a estima e a consideração que tenho por uma grande poeta, uma grande portuguesa que vive longe e como muitos portugueses da diáspora pouco recebem de Portugal, como o vivi num 10 de junho em bruxelas.

Abraço de abril
asilva

Marília Gonçalves disse...

andamos desencontrados sobre o fundo, você esta a falar de uma coisa e eu de outra, o que digo é que é preciso valorizar Portugal e o povo de Portugal aos seus próprios olhos, ou sem brio e sem confiança nas suas capacidades nunca encontrará motivos de se bater, porque nem sequer conseguirá, duvidando de si, acreditar na vitória
é preciso separar o trigo do joio, mostrar que a porcaria que anda a ser feita não é exclusivamente em Portugal, que é fruto da política mundialista, e que o governo português faz parte desse grupo financeiro que se uniu, para enriquecerem cada vez mais, sobre o sangue e a vida de quem trabalha! Mas que uma coisa é o patronato e a finança e outra totalmente distinta, o povo de Portugal
é nisto que temos andado desentendidos
abraço
Marília Gonçalves