" O GRITO PORTUGUÊS TOTAL; COMPLETO DE PEITO TODO AO ALTO LEVANTADO E BICO A REBENTAR DE ABERTO É NECESSÁRIO E URGENTE. SALVE TODOS OS GRITOS.SALVE O GRITO AMANHÃ DO PCP":
Quem fala sem fanatismo, irracionalidade ou ódio, dificilmente me ultrapassará nas criticas que
faço ao PS desde 1975.
Desde o 25 de Novembro 75, reconheço a culpabilidade do PS em
toda tragédia a que chegamos, por má governação, corrupção, beneficio aos mais
ricos, esbanjamento em consumos fortuitos, sobretudo dos 1% riquíssimos e do
10% dos gestores das suas fortunas a ganharem em média de 200 a 300 mil euros
ano, havendo muitos que ganham milhões. Todavia mesmo que não fosse completamente
verdade, por razões tácticas e na defesa de Portugal, nunca diria que o PS,
considerado globalmente, é farinha do mesmo saco que o PSD e o CDS.
Como todos sabem, o PS muito mais que o PCP e mais que o PSD
e o CDS, tem uma actuação bastante errática,
dependendo muito da personalidade e da linha de pensamento do seu secretário-geral,
oscilando de um comportamento
social-democrata com Guterres, a neoliberal
com Sócrates, o que, no caso de uma situação de quase emergência nacional ,
como a actual, e tendo o PS um novo secretário-geral que sempre se distanciou
dos neo-liberais, será um erro
identificá-lo com o PSD e o CDS, e, mais grave, pode ser uma grave inverdade,
isto é, um erro táctico que se pode converter num erro estratégico.
É certo que o PS colocou o estado ao serviço dos grandes
capitalistas; permitiu que as grandes empresas e sociedades colocassem milhares de milhões de
euros nos offshores; assinou um contrato
errado, odioso e contra 66,66% dos portugueses, com os mandantes estrangeiros ,
quanto aos juros e ao período de
amortização, consequentemente, é
responsável por toda a situação a que chegamos.
Todavia o orçamento
Geral do Estado de 2012, quanto se sabe é somente do PSD e CDS, e quanto se
sabe e o próprio governo diz, o OGE 2012, vai além do acordo da Troika,
portanto, o PS não quer com o PSD e o
CDS impor as medidas do OGE, afirmar o contrário parece ser um inverdade.
O PS neste quadro e mesmo já depois da eleição do novo
secretário-geral continua gago, hesitante e conivente ou semi-conivente com
toda esta miséria, mas não me parece que seja justo e adequado querer dizer que o PS é também actor deste
OGE, porque isto só pode querer dizer duas
coisas: que se o PS pudesse ser
autor teria tomado as mesmas medidas deste OGE; ou, então, as apoia com convicção
e solidariedade. Não creio que o PS esteja em qualquer das situações.
Porque não creio que o
PS possa ser autor de um OGE tão imoral, como este de 2012,
discordo que o PCP na reentrada da luta contra este OGE e o acordo da troika comece logo à “pedrada” com
PS, colocando-o no triunvirato com o PSD e CDS que querem impor ao povo estas
medidas draconianas. O PS pode, infelizmente, é não ter coragem para propor
medidas alternativas, é conivente mas não é um actor activo desta guerra contra
o povo, o que, pode fazer toda à diferença com a agudização das condições de
vida, e, então, aquele erro táctico pode ter projecções no Futuro próximo, tornando-o
num erro estratégico.
Mas porque falo disto? Repetindo-me, para dizer que fora de
uma solução revolucionária, creio que a alteração
da actual situação politica exige a mobilização da maioria de 66, 66% dos
portugueses, as vitimas anunciadas deste
processo de subdesenvolvimento, pelo que o encontro com o PS ou com os socialistas é
fundamental. Haverá outra alternativa, qual, ou quais?
Não esqueço a realidade dos movimentos emergentes, mas se
eles não encontrarem outra expressão política com significado, a convergência
dos partidos de esquerda, sindicatos e cidadãos será fundamental, mas face ao
encontro que tive na rua com os
distribuidores do panfleto do PCP a convocar os concidadãos para o protesto de amanhã, perante a reacção que tiveram a esta observação, cada vez mais creio
que ao nível dos partidos o encontro está adiado para os recantos mais
profundos do inferno.
Farei, vou continuado a fazer, com veemência, o que me parece
justo e melhor para Portugal e os portugueses, mas depois de ouvir as propostas terroristas de
Medina Carreira para os cortes nas
despesas, ainda é mais importante esta convergência, para se estudar, como alargar a base de financiamento
do Estado social e a sua racionalização, porque os impostos não chegam para
pagar tudo.
Contudo em três coisas Medina
tem razão: é preciso pôr o país a produzir, ou seja, a economia a funcionar; a Europa está a desindustrializar-se, e que em Portugal
vamos para a catástrofe com o colapso da Segurança Social, sem dinheiro para as
pensões e, consequentemente, teremos famílias desestruturadas, suicídios etc.( Mas com os
cortes que ele propõe, os suicídios seriam ainda maiores).
Finalmente Medina diz
que há muitos anos anda a falar destes desastres, e ninguém o ouviu. Bem! Todos
nos queixamos do mesmo, também ando a falar destas coisas desde 2008, através de
sucessivos alertas publicados neste blogue e que estão no seu arquivo, mas ninguém ouviu, e continuo a falar destas
coisas que ninguém ouve.
… coisas…
andrade da silva
PS: VOLTO A REFERIR A URGENTE NECESSIDADE DA CRIAÇÃO DE REDES DE APOIO PRÓXIMO. É GRAVE O RISCO DE PERDA DE EMPREGO OU EMAGRECIMENTO MUITO SEVERO DAS PENSÕES . QUEM TIVER HIPÓTESES DE FAZER ALGO PARA PRECAVER-SE NO FUTURO, QUE O FAÇA DESDE JÁ. O QUE VEM A SEGUIR PODE NÃO SER A REVOLUÇÃO da LIBERDADE, COMO ALGUNS SONHAM.
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