Para quem tem andado a
fazer ouvido de mercador, e a julgar pessimistas, desabridos e tontos, os que
previram, desde há muito, esta hecatombe
e outras agressões, cá está a
resposta real e categórica.
Ainda há dúvidas? Mas o capitulo seguinte é o da força, para
executar estas medidas. Continuarão as
dúvidas e um dado desprezo , mas as coisas vão acontecendo, como uns
dizem, e não, como outros referem, e, isto, faz toda a diferença.
O que o governo acaba
de anunciar é um ataque, uma guerra atómica, de destruição massiva, contra
todos os funcionários públicos, mas para já, e
numa primeira fase, sobretudo,
contra todos os técnicos superiores que são os: médicos, professores,
enfermeiros, juízes, agentes policiais
graduados, todos os graduados das forças armadas, operário qualificados do
sector empresarial do estado e pensionistas etc , e tudo é mais grave para quem viver em
exclusividade de serviço.
No resto, na parte
anunciada, o OGE, não é, nem justo, nem equitativo.
Nem há qualquer
transparência, porque nada ficou claro sobre a razão de existência do novo buraco. Quando Sócrates falava era
mais um PEC, agora, quando Passos Coelho fala surge a evocação de novo buraco.
Enquanto isto, o
discurso do Sr. Presidente da República é enigmático, e de facto nada quer
dizer, porque sempre se poderá mencionar que os resultados destas politicas precisam
de 3 ou 4 anos, logo dá muito campo de manobra, para este governo esmagar os
portugueses, provavelmente, o número trágico de 6.666.666 portugueses, ou
seja, 2/3 da população, pois só temos
meios e terra para um 1/3 dos existentes, mantendo os actuais níveis de
qualidade de vida e consumo.
Para os que, para além
dos 40% que têm um rendimento anual entre 0 e 10000€ que se julgavam
protegidos, aí está a resposta que afecta directamente 13% da população, 1 milhão e trezentos mil portugueses.
Todavia, nesta situação
de pré-emergência Nacional, em que
estamos a ser confrontados, com um
verdadeiro ataque com armas de destruição massiva a direitos, seria bom saber
que plano eficaz, sublinho EFCIENTE E EFICAZ, têm os que fizeram por alterar a
situação putrefacta anterior, para outra que não parece nem mais verdadeira e
muito menos equitativa.
E todos estes
sacrifícios se tornam mais cruéis, porque,
segundo professores de economia, como Paulo Trigo Pereira, o orçamento é
atabalhoado, incompetente ( frente a frente com Dr. Beleza na Sic Not (?), dia
13 out).
Um OGE sem surpresas,
mas inaceitável, sem sequer ser à luz de qualquer manifesto comunista. É
inaceitável porque é injusto, atabalhoado e não respeita nem a letra, nem o espírito
da Constituição, nomeadamente o artª 9, alínea d, ao provocar uma desigualdade
real entre trabalhadores do Estado e os outros, etc. etc.
Resta-nos lutar pela
decência, pela dignidade, numa luta global de 6.666.666 portugueses congregados
num MOVIMENTO DE CIDADINIA GLOBAL PELA DEMOCRACIA, COM DEMOCRACIA; A DIGNIDADE HUMANA do nascimento até à morte; O
DESENVOLVIMENTO sustentado económica, social, cultural e ecologicamente. Um
amplo movimento que inclua os partidos, os sindicatos ( estes, os partidos e os
sindicatos depois de fazerem internamente o 25 de Abril, o que, está muito
longe de acontecer, e, talvez não seja mesmo possível,
porque se os cidadãos, em geral, estão anestesiados, os militantes
por seu lado só reconhecem as verdades e as agendas dos seus partidos
que são parciais e não acrescentam uma só ideia oriunda da sociedade civil),
cidadãos livres que têm de ter um papel predominante através de órgãos de
iniciativa cidadã, como alguns que vão surgindo mas que têm de ter um carácter
global, na defesa dos direitos dos recém-nascidos até ao dia da partida
do mais idoso. Deste movimento também devem fazer parte as ONG, sem que uns
queiram ser hegemónicos, quando nesta fase o que está em causa é tornar DECENTE
E JUSTA a Governação do país.
Neste contexto e nesta
fase, a Inter-sindical tem um papel importante a jogar, se for cada vez mais
unitária e independente, e se ligar DIRECTAMENTE aos trabalhadores, aos
pensionistas e desempregados, para quem NÃO HÁ MERCADO DE TRABALHO e a todos
ouvir, até porque estão desesperados.
Todavia toda esta luta deveria ter uma nova
liderança emergente da sociedade civil, e só pode ter êxito, se conseguir ser
acompanhada por toda a Europa de modo a alterar a sua política centrada na
defesa dos interesses da Alemanha e da França.
Infelizmente as teimosias
particulares vão manter-se acampadas nos seus territórios, porque quando se
fala de luta global e unitária há sempre alguns que entendem que é um convite à
desistência da luta estóica e heróica, que tem uma grande beleza plástica, mas
não desvia o percurso da procissão catastrófica do governação, como se está a ver, contudo o
que proponho é ao invés um movimento ainda se possível mais heróico, estóico forte
sob bandeiras globais que se liguem concretamente aos problemas e sentimentos
do povo, e que nunca possam surgir como um processo de instrumentalização para
que este ou aquele partido possa obter dividendos, neste momento o que
mais interessa é a governação decente e
honesta.
Neste âmbito é crucial a personalidade que vai
substituir Carvalho da Silva, que se tiver um mais vincado perfil de militante, poderá aumentar a
mobilização destes, mas afastará muitos dos 6.666.666 portugueses que precisam
de ser mobilizados, para tornar Portugal
respirável.
Será preciso braçada
forte para ultrapassar estes mares revoltos, injustos e escandalosos.
andrade da silva
PS: Código da cor: verde de raiva.
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