quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A GREVE GERAL, O PROTESTO E O PROCESSO DE SUBDESENVOLVIMENTO DO PAÍS.


     "ABRAÇO FRATERNO A TODAS E TODOS OS QUE LUTAM" 

Esta greve geral e as manifestações de protesto contra o processo inaceitável de subdesenvolvimento do país só não reúne  66,66% dos portugueses, sob uma só bandeira  - Portugal  e a liberdade -  por razões de  tácticas partidárias que impedem o conhecimento real pelos portugueses do que está em curso em Portugal, Grécia e  nos outros países que se seguem.

Como muitos sabem,  da minha  parte venho a dizer desde  1990, os estilos de  vida dos  portugueses teriam de sofrer um adequado ajustamento. 

Os portugueses ricos, de um modo imoral, mas muitos outros viviam bem acima do que o país,  a sua produção, a sua riqueza  e também os salários permitiriam. 


Foi o crédito, como droga,  que viciou as pessoas no excesso de consumo, o que, nenhum partido ou sindicato quis contrariar, e, sobretudo, os partidos que para ganharem eleições deram migalhas às pessoas e desviaram grandes recursos do país para os amigos e afilhados colocados por todo o lado, para ganharem o poder, e o exercerem, em favor dos mais ricos e dos interesses da balança comercial da Alemanha e da China, através das importações daqueles países. 

Com estes governos e estilos de vida, Portugal está na antecâmara da morte, isto é, da BANCARROTA, isto é, da pobreza e da DESGRAÇA TOTAL. Mentem os que pintam  a manta de outro modo, mas sem nenhuma alternativa.

Sendo este o cenário, podíamos regressar ao Portugal de 1900, que sem  as colónias, atingiria  milhares e milhares, milhões, de pessoas que vivem nas cidades,  e que ou morreriam, ou emigravam, ou regressavam às terras do interior, sem os bens de conforto a que se habituaram, o que, tornaria a vida quase impossível, para toda a gente nascida depois do 25 de Abril 74.

É manifestamente um suicídio querermos continuar os mesmos estilos de  vida, como se nada tivesse acontecido, mas aconteceu, e, por isto, o ajustamento é imperativo.

 Temos de viver de outro modo, temos de viver de acordo com o nossos salários que são baixos e não estão desajustados ao nosso país, o que, não está ajustado são os salários e prémios dos gestores, de alguns trabalhadores de sectores específicos, e, sobretudo, a verdadeira loucura do crédito. E também para vencermos temos de cuidar  da organização do Estado, da produção industrial e agrícola e de todo o tecido empresarial e da tomada de consciência  pela União europeia de que o problema do euro e da Europa é de todos, pelo que deve ser  resolvido por todos, e, ainda, de que no que diz respeito a países como Portugal, o período de ajustamento tem de ser mais longo e com juros mais baixos.

Todavia, o que está em curso não é um processo de ajustamento, facto  que deve ser claramente esclarecido ao povo - falando com ele e não só falando para ele - mas sim  um processo de:

1-  MORTE, através de um ataque cego ao apoio na saúde que levará a uma diminuição da esperança e  qualidade de vida: viveremos menos tempo, pior e com maior sofrimento nas doenças mais dolorosas - cancro etc. 

2- Empobrecimento forçado de 1/3 a 2/3 da população, de modo a reduzir grandes faixas da população à semi-escravatura, semi-analfabetismo, semi-emprego etc., porque todas as medidas  anunciadas só servem para apertar o garrote aos portugueses e a Portugal

Perante este quadro,  se os Portugueses ainda não se mobilizaram para que Portugal se levante deste buraco é porque por razões das tácticas partidárias e por vários líderes viverem em completa alienação, quanto  aos problemas do povo e do Mundo.

 Nesta terrível encruzilhada, os socialistas e todos os demais democratas e humanistas, têm de  conseguir propor uma alternativa de futuro que  respeite os  factores e as  condicionantes  sociais, politicas e económicas actuais e as alterações provocadas pelas novas hegemonias emergentes, que nunca antes estiveram presentes. 

Todavia se o PS  e os socialistas são coniventes e cúmplices deste processo de destruição da civilização europeia e democrática, circunstância trágica, que tornaria   absolutamente necessário  substitui-lo por outra força emergente que possa transmitir à grande maioria do povo,  que a mudança social necessária para o ajustamento social será feita  sem a perda do  imperativo DNA, do que deve ser  nossa sociedade: DEMOCRACIA; DIGNIDADE, DESENVOLVIMENTO, HOJE , E SEMPRE OS TRÊS D.


Perante esta TRAGÉDIA NACIONAL E EUROPEIA, só resta aos Portugueses lutarem.


 Neste dia 24 de Novembro 2011, umas milhares de heroínas  e heróicos homens, estarão em luta -um abraço fraterno-,  mas se nada mudar em Portugal e na Europa terão de ser muitos milhões a seguirem tal caminho,  para se impedir o regresso à IDADE MÉDIA PÓS-MODERNA:

andrade da silva

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