quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

FESTAS DE NATAL E ANO NOVO NA MADEIRA.




 Defendo, como sempre defendi, as festas de Natal e da passagem do ano na Madeira, mesmo que isso custe a cada madeirense comer menos uns quilos de "cemilhas" (batata comum).

É uma festa popular, de todo o povo, que nos dias de Natal e ano novo sai à rua para desfrutar do investimento ( digo investimento com toda a propriedade) feito nestas festas,  que contribuem para o desenvolvimento pessoal, familiar e comunitário das gentes da nossa querida Madeira, e até se podem custear. Estas festas não devem, nem podem ser diminuídas até ao limite das nossas possibilidades.

A Madeira é o  grande pilar histórico da independência de Portugal, se não tivesse sido descoberta, a aventura dos descobrimentos não teria acontecido, e o império que salvou Portugal também não, e sem o império teríamos sido absorvidos, nos séculos idos, por Espanha.

Todos devemos muito à Madeira e ao Império. Para além do que possa e deva ser criticado, este facto histórico é crucial, para o orgulho dos Madeirenses, como portugueses.

O resto são conjunturas.

andrade da silva

9 comentários:

Anónimo disse...

isto é ironia, certo?

andrade da silva disse...

Ironia? Como?

Não é mesmo nada irónico, só um madeirense sabe sentir assim, já fiz parte dos grupos dos que pra quem só as festas eram balsamicas, perdi o meu pai aos 15 anos de idade, era um capitão do exército e o regime, o maldito regime de então, que não tinha nemhum respeito pelos militares, tratou-nos muita mal, mas nunca perdemos o interesse pelo Natal e o ano novo, são festas madeirenses enraizadas nos nossos corações e almas, aliás todas as festas.

Quanto à parte histórica provadamente Portugal não teria sobrevivido sem o seu império, sem este, teria sido absorvido por Espanha num qualquer os séculos passados.
Quanto nos deu ou poderia ter dado o Brasil, a India e África, e a Madeira deu a base, o impulso inicial e vital para a aventura maritima, sem ironia.
asilva

Anónimo disse...

Troca Madeira por Lisboa, sff. E como capital, devia ser privilegiada, não só por estar a maioria, mas também por onde residir os imigrantes (que imagem passam eles para fora? Porque eles não vão à Madeira...). Mas este ano, mal temos espírito natalício à custa das medidas de austeridade. Já vocês, descobrem um buraco, reelegem novamente o canalha e ainda se queixam, mas não fazem nada... E como lisboeta, e sobretudo, como portuguesa (e com conhecimentos médios da História de Portugal), eu posso dizer que a Madeira é absolutamente dispensável enquanto pertença de Portugal... tem governo próprio, vossas próprias leis, vossas próprias fraudes... portanto deviam resolver os vossos problemas sozinhos, mas não, lá vai Portugal inteiro arcar com tamanhas mediocridades da Madeira, que a meu ver, só tem bons olhos nas revoluções liberais... Mais do que isso, não vejo nada semelhança com nós, sempre tão orgulhosos e "independentes" de nós, com as vossas tradições, a vossa maneira de falar e isso (também poderia ser coisa de regionalismo, mas eu não vejo assembleias constituintes para cada região/cidade de Portugal Continental....) e ETC.

Anónimo disse...

E os meus pêsames pelo seu pai, mas não misturemos as coisas...
Cumprimentos, um anónimo que gostou do teu blog mas esperava mais imparcialidade (nada que não se possa alcançar, claro, ou posso eu estar errada quanto ao conteúdo do blog...)

andrade da silva disse...

Cara leitora

Vamos por partes.

Sou português, nascido na Madeira,vivo em Lisboa, adoro Portugal,Lisboa e a Madeira.

Considero-me tão português como o meu pai do minho. Fiz a guerra colonial por ordem do Governo português, parti em 71,em 72, dizia que aquela guerrra estava perdida e Angola não era Portugal, como adjacente percebia muito bem o que era ser ou não ser português.

Falei das festas que já se faziam no fascismo, desde que me conheço, conheço aquelas festas.

Outra história é a governação de D. Alberto João, ele governa em semi-ditadura contra as minorias madeirenses, porque toda a Republica o aceita, consente e fomenta. O presidente da AR Dr. Jaime Gama depois de o chamar de Bokassa, chamou-o de democrata exemplar, O Presidente da República não foi à Assembleia regional, porque D. Alberto disse que era uma casa de tontos, há por todo o lado gestão danosa e a República não age, Jardim é o que é, como Isaltino Morais e outros tantos, porque a DEMOCRCIA ESTÀ DOENTISSIMA, D. Alberto é um par inter pares.De facto se não compreendeu esta realidade elementar não sou eu que sou parcial.

Amiga se me lê, bem sabe como onsidero que tudo isto ESTÁ PODRE e lamento a tristeza e o desconsolo de Lisboa. Felizmente pela Amadora a coisa é diferente.

Já agora dei o meu contributo para que o 25 de Abril acontecesse em Lisboa, talvez tivesse sido melhorter ido para a Madeira, mas o general Fabião não me deixou, porque era um garantia de paz social no Alentejo, e, isso, sei que fui, sem reticências ou qualquer vaidade, nada ganhei, só perdi, até com anos de prisão nesta adoentada democracia, mas evitei um rio de sangue em 7 março 75 em Setúbal,etc. etc.

Minha amiga como compreenderá não digo o que os outros querem ouvir psra oa agradar, se o tivesse feito, outro teria sido o meu fado, não o fiz, não o farei, mas espero continuar consigo a discutir todos os assuntos do chiqueiro em que estamos para que Portugal e a Madeira renasçam. Bom natal.
asilva

Anónimo disse...

Estou um pouco à nora quando se fala de tropas e batalhas e isso, mas não desconheço de todo o tema da guerra colonial, em que concordo consigo, não tivemos nenhuma razão, muito menos por Angola ser subjacente a Portugal (e não digo isto porque nasci em pleno séc.XXI mas porque entendo por nacionalidade umas certas coisas que nos diferenciam bastante das colónias...)
Mas "envergonha-me" tratares por D. Alberto Jardim, ou eu perdi muitas aulas de História em que esse sr descende da linhagem real, ou não apercebi da sua ironia... Mais à frente, semi-ditadura? As mesmas queixas, eu ouço dos madeirenses, mas tratam as coisas por nome... ou seja, nem 8 nem 80, sendo uma ditadura, de facto.
Quanto à referência à Amadora, não entendi, espero uma resposta mais esclarecedora...
Mas concordo totalmente consigo no que diz respeito à podridão da democracia, mas ela não é só culpa dos políticos, mas do povo também...o seu (Madeira) e o meu (Portugal Continental) e não me venha dizer que "eles" é que têm o poder, porque como a História prova, a revolução em nome do Povo sobrepõe-se sempre aos interesses particulares de uns (o que acontece é que depois da revolução, uns são mais espertos que outros, e assim começa novamente o ciclo vicioso... tudo isto só mudará com uma mudança de valores e educação ... comparar aos países nórdicos, onde fugir aos impostos é visto como uma desonra)... Eles tem o dinheiro, as armas, de facto. Mas donde é que eles tiram isso? Do povo, e só quando o povo perceber isso, e perceber que os mesmos (e quase que podia usar uma analogia com Deus --,) que dão na hora, também tiram em prol dos seus benefícios, é que alguma coisa mudará...

andrade da silva disse...

Cara Leitora
Bom Natal.
D.Alberto João é pura ironia, triste e trágica.mas de facto ele é rei.
quem diz que a madeira é uma ditadura não sabe do que está a falar, nas ditaduras dão tiros atrás da nuca nos opositores, na madeira enquanto pertencer á república portuguesa não será uma ditadura, muita da gente que conhece de verbos muito fortes, são isso mesmo, verbo, nas horas de aperto fogem para debaixo das camas, TÊM MEDO, já vi muita dessa gente recuar,nomeadamente no 25 Novembro 75,logo.ponto.

Sabe há uns que falam,falam mas o que fizeram, pessoalmente estive de armas na mão no 25 de Abril, assaltei o gabinete o meu comandante supostamente armado, já nesta podre democracia estive duss vezes preso, uma porque me tive e defender de um gang os diabos à solta na madeira, de que fala essa gente, o que já fizeram, que riscos correram? enfim... Já viveram em alguma ditadura, de facto quando Mário Soares disse que havia um défice de democracia na Madeira devia ter dito que faltava um quase nada para aquilo ser uma dtadura,ou seja, a independência, mais uma razão para os democratas defenderem a portugalidade da Madeira.

A governção de joão jardim é uma tragédia para Portugal como foram as de Mario soares, Cavaco da silva, Barroso, Sócrates e, agora numa fase ascendente de tragédia Passos coelho, só falta o regresso do Salazar ou de outra parecido made im China, ou Alemanha.

Quanto aos países nórdicos desde há muitos anos, desde a minha adolescência que concordo que são países de referência.Mas como se pode educar o povo se os lideres estão corrompidos?

Se me têm lido concluirá que conseidero que o 25 de Abril foi traído e que os que sonharam ou queriam um Portugal sem ladrões, justo e desenvolvido foram cilindrados, se me tem lido também sabe que defendo que o Futuro se faz com o Futuro, e não com gente que avança de costas para o Futuro com os olhos no passado. Se me tem lido sabe que digo que não temos lideres para este momento e VAMOS TODOS ACABAR NO INFERNO de DANTE, numa grande tragédia de miséria desespero e revolta, olhe que não digo as coisas pelo meio,pelas meias tintas.

A referência à Amadora foi para dizer que temos iluminções de Natal, enquanto Liboa desgraçadamente ficou às escuras,uma decisão de mer..

abraço e bom natal
asilva

Anónimo disse...

Sim, Lisboa este ano "escureceu", de facto. Tirando algumas decorações natalícias privadas, ou semi-privadas (com "participação" da CML)...
Se formos pela experiência, ou seja, os que passaram por determinadas coisas e só esses podem falar, então nós não poderíamos debater mais de metade do "conhecimento", que é dado como "adquirido"... Realmente eu nunca vivi numa ditadura, mas se bem que pela informação que ando a aprender procurar pela internet, sim, porque mesmo esta tenta camuflar diversas info, ou destacam sites ou que fazem de referência que não falam sobre coisas que realmente acho interessante... Ou tenho de ir para blogues denominados de "conspirantes" ou tenho de ir para a imprensa estrangeira... Portanto, posso afirmar categoricamente que existe actualmente uma semi-ditadura, em termos informativos... e por isso, e por não ir à Madeira também, eu não posso duvidar ou crer em algo que simplesmente passam-me a mensagem/opinião... O certo é que imaginem uma revolução, agora todo o povo madeirense manifestava, Alberto Jardim não ia mandar atirar?! Quando visse que já não tinha nada a perder, e podia tentar reprimir o povo através da violência?!
De resto, concordo consigo em relação à política governada pela elite... Sabes que me deu mais graça? Cavaco dizer que sabia que ia ser reeleito, com uma convicção tremenda e o povo não ter achado aquele esperto cheio da mania, todo convencido, do tipo que pode o que quiser?!?! Se calhar só eu que pensei isso para os meus botões... Ah, Portugal tem tradição de eleger sempre 2x a mesma pessoa, e desde o 25 de Abril de manter ora PS ora PSD... Eu não sei muito de política, mas sei que existem dezenas de outros partidos, e nunca elegeram = medo de mudança, do novo, e depois lembro-me que somos um país de velhos, ou seja mais de metade da população já está habituada ao laranja e ao vermelho...

Feliz Natal

andrade da silva disse...

Cara leitora

uma ditadura explica-se muito facilmente, em ditadura esta conversa nunca teria existido,eu estaria preso, teria sido torturado, quiçá morto.
A leitora também por ter discordado de um senhor do poder também. Um qualquer trabalhador teria sido preso por muitos.muitos anos por ter pedido mais vencimento, tu não poderias ter beijado languidamente o teu namorado em público, as e os homossexuais seriam perseguidos,tu só tinhas um direito e um dever total respeitar o ditador.O resto são trocos: terror, medo, vioLência, corrupção, um povo brutalizado são os ingredientes da diatadura,tudo isto existe em Portugal, só há uma coisa que atrapalha, houve o 25 de Abril e a europs ainda não está para aí voltada para as ditaduras, mas...
boas festas
asiva