segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

PORTUGAL E OS PORTUGUESES EM 1ºLUGAR, OU A TRAGÉDIA E A CATÁSTROFE. E O IMPERATIVO NACIONAL DE UM GOVERNO DE EMERGÊNCIA NACIONAL (PARTE II).





“ Sem Governo de Emergência Nacional o regresso ao Futuro será 1900, como as fotos revelam, o que, a acreditar em Marcelo Rebelo de Sousa, se houver uma boa conversa e uns bons sedativos, os portugueses aceitarão. Todavia, como o desastre anunciado da Grécia por estes dias ou nos seguintes, e, num futuro mais ou menos próximo, de Portugal, o governo de Emergência Nacional é uma absoluta urgência, como o foi o Governo de Acalmação de Bernardino Machado, em 1914, por nomeação de Manuel de Arriaga.”


Então, que fazer? 

Acordar Portugal. Acordar o Partido Socialista, ou organizar uma grande força social-democrata, que o substitua, e se junte às lutas da rua e outras, e crie o contexto político e social para a emergência de um GOVERNO DE EMERGÊNCIA NACIONAL – com uma composição baseada em cidadãos competentes, probos, democratas, credíveis, justos que saibam defender o interesse de Portugal na Europa e no Mundo, e governam Portugal com sapiência e justiça.

Se não se preparar este GOVERNO DE EMERGÊNCIA NACIONAL - que não será forçosa, ou mesmo prioritariamente, feito na base dos partidos –com as  tarefas urgentes e indispensáveis que a seguir se enumeram, não há salvação:

- Promover uma auditoria independente internacional a todas as contas do Estado do poder central, regional e local, para que o país fique sem nenhuma dúvida a conhecer o retrato real da nossa saúde global: económica, financeira, social, infra-estrutural, capital estratégico humano, desenvolvimento nacional, regional e local etc.

-Feita a análise correcta da nossa situação, repartir de um modo equitativo, através de verdadeiras negociações, os sacrifícios da recuperação, sem esquecer os mais responsáveis pelo estado a que chegámos, quer a nível interno e externo, e estes são todos, os que conhecendo a gestão danosa que ia acontecendo, na procura de sobrelucros a consentiram, se não mesmo, a alimentaram;

- Promover, como indispensável, um novo contrato social em que a Constituição, os direitos dos trabalhadores e dos portugueses sejam respeitados, o que, não acontece nem no OGE 2012,nem no acordo de concertação social;

- Promover a mobilização nacional para as tarefas de desenvolvimento, emprego e recuperação do país denunciando e combatendo com todo o vigor os que queiram sabotar Portugal;

- Colocar a justiça no caminho certo combatendo a corrupção, a economia paralela;

- Envidar esforços muito firmes isoladamente e, ou em conjugação com os outros governos dos países do Sul da Europa, em dificuldade, para que haja uma inversão na politica europeia alemã que permita o desenvolvimento, o emprego e a formação profissional correlacionada com a nova reindustrialização da Europa, bem como na senda internacional levar o mundo euro-americano, a ser exigente com a China e outros países emergentes no cumprimento das leis internacionais do trabalho (combate ao trabalho quase-escravo,  em condições infra- humanas,  em que o sujeito humano é uma mera peça da gigantesca e, por vezes, antiquada maquinaria) e na qualificação os seus produtos;

- Estudar e dar a conhecer aos todas a modalidades de acção: continuar ou sair do euro, custos e consequências e preparar Portugal e os portugueses para todas as emergências.

A Missão actual do SR. Presidente da República, Assembleia da República, dos partidos, dos sindicatos e dos portugueses em geral deveria ser promover este Governo.

Se o Sr. Presidente da República, com o apoio dos demais, não conseguir efectivar este Desígnio Nacional, numa situação de implosão social, poderá caber às FORÇAS ARMADAS PROMOVÊ-LO, facto maior, insisto, porque, as Forças Armadas - não podendo deixar de reivindicar os seus direitos, que nunca foram devidamente respeitados, mas viu esse desrespeito agravar-se desde 1989 – não podem também, neste momento, contribuir para incendiar o país, se não houver uma alternativa de mais democracia, com democracia, que a actual

Como nota final será bom todos reflectiremos no seguinte - se a situação económica se agravar, e chegarmos à Bancarrota, quem ficará em maior número em Portugal são os idosos, os com menos capacidade para emigrarem, mas  quem não ficará  são os ricos e poderosos, porque as suas fortunas já cá não estão,  e a sua alma e coração também  não, logo.

Se a Portugal e aos Portugueses não for dada a prioridade absoluta e inequívoca por todos os órgãos de soberania e seus titulares, as instituições e seus titulares, as organizações e todos os cidadãos, A CATÁSTROFE PODE SER O NOSSO MALDITO PORTO DE CHEGADA, e, neste caso, repito,  em última instância  parece caber -  num país pobre  e com uma democracia e cidadania tão frágeis, como o caso Português  - às Forças Armadas Moralizadas e Democráticas defender Portugal, os Portugueses e a Democracia.

Eis o que me perece a questão fundamental: TRABALHAR COM e PARA O PAÍS NA CRIAÇÃO DE UM GOVERNO DE PORTUGAL COM A MISSÃO E AS TAREFAS ACIMA DEFINIDAS….

O resto são nuvens, espuma, mais ou pior o mesmo – crueldade, tragédia, catástrofe. Mas obviamente que Portugal continuará sempre, mas, em caso de catástrofe política, social e económica, o Portugal pós-catástrofe para 6666666 dos portugueses, ou seja 2/3, será padrasto e nem Pátria, nem Mátria.

andrade da silva.


Portugal 1914

Publicado na página do FaceBook da Associação de Oficiais das Forças Armadas ( AOFA), em 3 Fevereiro 2012


3 comentários:

Anónimo disse...

Manifestação próximo sábado, 11 de Fev
"O próximo sábado, dia 11 de Fevereiro, será dia de voltar a encher as ruas: a contestação ao ACTA [Anti-Counterfeiting Trade Agreement] e a manifestação convocada pela CGTP contra a exploração, as desigualdades e o empobrecimento, dão razões fortes para sair à rua..."

http://www.15deoutubro.net/

Anónimo disse...

chegou a altura...

andrade da silva disse...

Obrigado.
Todavia será muito, muito, muito importante que o movimento sindical mobilizasse cada vez mais trabalhadores,que tenham estruturas não burocratizadas, democráticas e interdependentes de todos os partidos.

Os sindicatos partidarizados,ou sem democracia interna são um mau prognóstico e prestam um péssimo serviço ao trabalhadores. A sua independência tem de ser muito evidente e inquestionável.
ailva