quarta-feira, 11 de julho de 2012

Poema-instante fugidio

Mes chers amis, quand je mourrai,
Plantez un saule au cimetière.
J’aime son feuillage éploré ;
La pâleur m’en est douce et chère,
Et son ombre sera légère
À la terre où je dormirai.

(Alfred de Musset)



Transportamos em nós cada paisagem
Cada instante fugidio
Cada aroma     cada aragem
Cada cor que em nós fulgiu

Seguimos caminhos d’oiro
De pó que se esboroou
Como cascatas em coro
Do tempo que em nós passou.

Tal águas de nostalgia
De interior mar apertado
Ente a montanha do dia
 E a noite do outro lado

Vamos vencendo a vereda
Da ramagem que é a vida
Entre casulos de seda
Duma flor em nós perdida

Marília  Gonçalves


Sem comentários: