Ontem referiu, na RTP1, o Prof. Nóvoa a necessidade imperativa de uma cidadania activa e critica dos cidadãos e militantes ( muito, muitíssimo, estes, têm de mudar) e José Gil hoje que é preciso vencer o medo, de modo a evitar que a revolta silenciosa rebente violentamente e , ainda, como ele diz, neste MOMENTO, NÂO TEMOS POLÍTICOS NO ACTIVO À ALTURA DO MOMENTO HISTÒRICO - TÊM MEDO.
Todavia a crítica pela proximidade a este desastre vai muito para o PS que, desde 1976, tem feito mais o jogo dos mercados que o de Portugal, pese embora, alguma sensibilidade social, mas com uma péssima e imoral governação; e a todos os patriotas e sábios que neste momento calam-se, mesmo que Pátria morra. Mas que portugueses são estes, porque não aparecem e dizem o que fazer e ajudem a fazer?
Quanto às lutas de Rua e das Fábricas SAÚDO OS HERÓICOS; EXTRAORDINÁRIOS; GENEROSOS TRABALHAORES, INTELECTUAIS E GENTE DE PORTUGAL QUE LUTAM como os que derrubaram andeiros, e fizeram de Portugal um pais soberano.
Sem a mobilização do país tem-nos valido estas lutas, porque, caso contrário, éramos esmagados vivos e fritos, mas tudo o mais está por fazer.
Neste momento ou nos que se seguem, não há, na minha opinião, ambiente para REVOLUÇÃO que não seja a REVOLUÇÂO POLÍTICA, e, digo-o, apesar de ter sido o 1º tenente a entrar armado na Revolução do 25 de Abril 74, ao chefiar a equipa que assaltou o gabinete do comandante da Escola Pratica de Artilharia às 22h 55’ do dia 24 e Abril, (isto irrita muitos, mas que fazer, é um facto, tinha 25 anos) então, tinha a percepção que aquele era o acto necessário e eficaz, hoje, não tenho essa percepção, e não é o medo que me tolhe, nem a melhor sabedoria que me ilumina, nada isso, são as circunstâncias, as condições.
A haver convulsões, serão
cruentas e do tipo de revoltas que se desembocarem em revolução será ditatorial
e poderá levar-nos ao confronto civil…etc… Logo a alternativa é politica
mobilizar 66% da população, em Espanha 64% perceberam já o que lhes espera, 57%
na Grécia, e em Portugal só 49% andam preocupados com a situação que se vive,
número moderado que permite ao governo e à troika andarem sorridentes e
descansados, porque entre 8% a 17% dos portugueses marcados para serem
vitimas destas crises andam distraídos, ou julgam que se somam aos 33% de beneficiários,
o que, deve ser um mero sonho idílico.
Embora, teoricamente a
percentagem de portugueses gregos, espanhóis para serem vitimas ronde os 66%,
número que é próximo dos 64% dos espanhóis que têm essa percepção, como a
Grécia já vive este horror há 5 anos, e 57% é que se sentem afectados, este
número empírico, segundo um estudo da National Geographic, será mais exacto que
o teórico de 66%, mas de um, ou outro modo, há entre 800 a um milhão e
setecentos mil portugueses distraídos, realidade que é muito confortável
para o governo e a troika...
Mas estudos, são estudos...
andrade da silva
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