quinta-feira, 6 de setembro de 2012

CIDADANIA CRITICA E ACTIVA E VENCER O MEDO, OU MORTE DA DEMOCRACIA


 Ontem referiu, na RTP1, o Prof. Nóvoa a necessidade imperativa de uma cidadania activa e critica dos cidadãos e militantes ( muito, muitíssimo, estes, têm de mudar) e José Gil hoje que é preciso vencer o medo, de modo a evitar que a revolta silenciosa rebente violentamente e , ainda, como ele diz,  neste MOMENTO, NÂO TEMOS POLÍTICOS NO ACTIVO À ALTURA DO MOMENTO HISTÒRICO - TÊM MEDO.

Todavia a crítica  pela proximidade a este desastre vai muito para o PS que, desde 1976, tem feito mais o jogo dos mercados que o de Portugal, pese embora,  alguma sensibilidade social, mas com uma péssima e imoral governação; e a todos os patriotas e sábios que neste momento calam-se, mesmo que Pátria morra. Mas que portugueses são estes, porque não aparecem e dizem o que fazer e ajudem a fazer?

Quanto às lutas de Rua e das Fábricas SAÚDO OS HERÓICOS; EXTRAORDINÁRIOS; GENEROSOS TRABALHAORES, INTELECTUAIS E GENTE DE PORTUGAL QUE LUTAM como os que derrubaram andeiros, e fizeram de Portugal um pais soberano. 

Sem a mobilização do país tem-nos valido estas lutas, porque, caso contrário, éramos esmagados vivos e fritos, mas tudo o mais está por fazer.

Neste momento ou nos que se seguem, não há, na minha opinião, ambiente para REVOLUÇÃO que não seja a REVOLUÇÂO POLÍTICA, e, digo-o, apesar de ter sido  o 1º tenente a entrar armado na Revolução do 25 de Abril 74, ao chefiar a equipa que assaltou o gabinete do comandante da Escola Pratica de Artilharia às 22h 55’ do dia 24 e Abril, (isto irrita muitos, mas que fazer, é um facto, tinha 25 anos) então, tinha a percepção que aquele era o acto necessário e eficaz, hoje, não tenho essa percepção, e não é o medo que me tolhe, nem a melhor sabedoria que me ilumina, nada isso, são as circunstâncias, as condições.


 A haver convulsões, serão cruentas e do tipo de revoltas que se desembocarem em revolução será ditatorial e poderá levar-nos ao confronto civil…etc… Logo a alternativa é politica mobilizar 66% da população, em Espanha 64% perceberam já o que lhes espera, 57% na Grécia, e em Portugal só 49% andam preocupados com a situação que se vive, número moderado que permite ao governo e à troika andarem sorridentes e descansados, porque entre 8% a 17%  dos portugueses marcados para serem vitimas destas crises andam distraídos, ou julgam que se somam aos 33% de beneficiários, o que, deve ser um  mero sonho idílico.  

Embora, teoricamente a percentagem de portugueses gregos, espanhóis para serem vitimas ronde os 66%, número que é próximo dos 64% dos espanhóis que têm essa percepção, como a Grécia já vive este horror há 5 anos, e 57% é que se sentem afectados, este número empírico, segundo um estudo da National Geographic, será mais exacto que o teórico de 66%, mas de um, ou outro modo,  há entre 800 a um milhão e setecentos mil portugueses distraídos, realidade  que é muito confortável para o governo e a troika... 

Mas estudos, são estudos...

andrade da silva





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