sábado, 5 de janeiro de 2013

GRITOS E PASSOS VÃOS





não é poema, é grito, sobressalto….”


Grito, oiço o escuro:
a covardia, dos covardes;


Avanço, sinto o vazio:
a traição, dos traidores;


Perscruto, vejo os desertos,
nem réptil, ave ou pessoa:
ausência total;


Abro as mãos, caem
lágrimas de sangue:
o  suicídio dos virtuosos, dos sós;


Sinto a vida gelada:
a morte, a nossa morte;


Penso os nadas:
os altos feitos dos merdosos de hoje;


Sonho verde, azuis, mares:
o dia Inteiro – Abril! Madeira!


Acordo, por todo o lado,
as conversas do faz de conta:
Coelho e Laura gozam-nos,
com os nossos cemitérios.


Abraço a Cruz,
Morremos!
Já só somos súbditos
do Destino:
Cruel
Trágico
Merdoso
Fatal
Letal.


Morremos!

Não nos espezinhem,
será intolerável:
os mortos levantar-se-ão,
gritarão por justiça e lutarão,
e, já não serão, nunca mais,
 só os comunistas,
mas todas as marias e zés.


Será o dia do juízo final,
para Carrascos, mercenários, eunucos e cangados.
Voltará a paz e o povo.
PORTUGAL!

Estarei lá,
se vida, ainda, houver.

Janeiro 2013

1 comentário:

Marília Gonçalves disse...

Há gente que não morre Capitão!
tu vais vogar eternamente entre Abril e a Madeira e Abril é Portugal e é o Mundo,porque antes ninguém conhecia no Mundo inteiro o peso autêntico de tudo o que forma um Cravo Vermelho!
Abraço Companheiro
Marília