quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O RELATÓRIO DO GOVERNO/FMI ESQUECE CANCROS DA DESPESA PORTUGUESA, PORQUÊ?





O relatório mantém entre sombras, por exemplo, os casos, como de Faria de Oliveira que ganha mais na CGD do que Christine Lagarde no FMI :


Presidente - remuneração base:                   371.000,00 €
Prémio de gestão:                                             155.184,00 €
Gastos de utilização de telefone:                        1.652,47 €
Renda de viatura:                                                26.555,23 €
Combustível:                                                           2.803,02 €
Subsídio de refeições:                                           2.714,10 €
Subsídio de deslocação diário:                                104,00 €
Despesas de representação: não quantificado (cartão de crédito onde "apenas" são consideradas despesas decorrentes da actividade devidamente documentadas com facturas e comprovativos de movimento)


Christine Lagarde receberá do FMI mais 10% do que Dominique Strauss-Kahn, mas mesmo assim menos do que o presidente da Caixa Geral de Depósitos, entre outros gestores portugueses, pelo que a senhora ainda está mal paga pelo padrão de Portugal……

É preciso que se saiba que:

"... os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro, mas os nossos gestores recebem, em média:

 
·         mais 32% do que os americanos;
·       mais 22,5% do que os franceses;
·       mais 55 % do que os finlandeses;
 ·       mais 56,5% do que os suecos"

  (Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/09)”

Os muitos erros e omissões do relatório, como referem vários analistas, e o facto de só abordar determinadas áreas da despesa do estado como  a saúde, a educação, a segurança social e a defesa,  dá bem a noção da  direcção ideológica do trabalho, conquanto alguns gestores defendam que estes são os sectores dos grandes números, sendo  neles que se obtêm as  grande poupanças no curto espaço. Todavia restar saber é como fica depois o país e que país.

O  caminho deveria ser outro, isto é, reestruturarem-se todas as áreas do estado, incluindo a social, mas nunca só esta, actualmente sujeita, não a um processo de reestruturação, mas de  cortes pura e simplesmente vorazes, como na área social e na da saúde, e mesmo na educação, em que  as turmas não podem ter mais alunos e,  interessaria sempre  saber se não devemos alterar as politicas de natalidade, de modo a inverter o declínio demográfico da população?

 Apontam alguns, como mérito do relatório do Governo/FMI, os dados comparativos, o que, também, numa 1º análise  salientei, todavia se os dados que se comparam estão errados, como muitos analistas referem,  ou estamos perante um acto de incompetência ou de má fé, atitudes, ambas, inaceitáveis, mas a 2ª, a verificar-se é de uma gravidade extrema.

Razão têm os que apontam, para a necessidade de questionar o FMI sobre os erros técnicos deste estudo, e sobre quanto Portugal pagou, para receber um trabalho com erros de elevada desqualificação, pese embora, o grande peso profissional  dos subscritores, o que, ainda torna tudo mais estranho. Terá sido mesmo o governo a dar os dado errados por incompetência ou má fé, para que se fizesse um relatório  enganoso, para iludir os portugueses? Se foi que “gande” Governo temos!

Andrade da silva


BEM VINDA MARIA  FILIPA .

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