terça-feira, 2 de abril de 2013

O PRIMEIRO QUARTEL DO 25 ABRIL 74, É ESQUECIDO, PORQUÊ? pelo Capitão de Abril Andrade da Silva




O PRIMEIRO QUARTEL DO 25 ABRIL 74, É ESQUECIDO, PORQUÊ?


Sim, de facto a Escola Prática de Artilharia, sedeada em Vendas Novas, foi a 1ª a entrar em acção, às 22h 55', EXACTAMENTE, de 24 de Abril 74.
  À 1ª senha:" E depois do Adeus, canta Paulo de Carvalho, são 22h e 55'...”, como impulsionados por um poderosa mola da vontade e da motivação transcendente, a equipa de que era o chefe - depois de ter feito uma mudança dramática, para substituir um camarada faltoso na hora da chamada - avançou pela noite dentro e assaltou o gabinete do Comandante, para o deter. Preparava-se a cerimónia de recepção, para o dia seguinte, 25 de Abril 74, ao então ministro do Exército, general Andrade e Silva, que ia visitar a Escola Prática de Artilharia, para nos prometer melhores vencimentos, o que, prova que não era por questões corporativas que lutávamos. Era, já, por Portugal, os portugueses e a liberdade que íamos fazer o 25 de Abril.

Sim,  foram  os tenentes Henrique Pedro, Sales Grade e eu, os  1º a tomarem uma unidade por e para Abril, mas os príncipes, os cardeais gordos e  os vaidosos de sempre, nunca disseram nada sobre isto, nunca honraram estes jovens, e, pelo contrário, sempre os calaram. Porquê?
 Só que, se a Escola Prática de Artilharia tivesse falhado, porque foi a 1º a agir, seria muito difícil à senha da Grândola Vila Morena ter tido o sucesso que teve. Coisas… que as várias desonestidades, gostam de calar, percebe-se…

Ou lá diz a Bíblia, os primeiros, serão os últimos, e contra maldições bíblicas as almas humildes podem nada. MALDIÇÃO!
Quantas verdades, foram e são  escondidas, escamoteadas por todos os cardeais e príncipes, para que eles pudessem e possam  brilhar aos olhos do povo, plebeu, tantas vezes enganado pela  propaganda e a publicidade politicas, que de facto  mistificam e transformam desde ratos mikey, adversários e carrascos em  heróis genuínos?
 Mas como a história revela nada disto é diferente do que já acontecia nas masmorras da inquisição, ou da PIDE, como muitos sabem e também calam.
Em todas as situações é preciso compreender as fragilidades humanas, compreendo-as, mas todos devem ser humildes.
 Estive preso com um meu camarada que na prisão teve um comportamento INDECOROSO, IMORAL de TOTAL FALTA DE CAMARADAGEM, mas logo que saiu da prisão, foi para o meio do povo falar de REVOLUÇÃO, e parece que tem feito carreira, quando devia cobrir a cara da lama da vergonha e no mínimo pedir desculpa pelo mal que fez na prisão aos seus companheiros.  Deveria reduzir-se à sua condição de homem fraco e com comportamentos imorais. Mas não, criou um blogue e há gente que sabendo isto ainda o lê.
 Compreendo e desculpo a fragilidade humana, que é a substância de quase todos, em cujo grupo me incluo. Todavia há quem das fraquezas, faça forças, são seres morais, e têm algo a dizer aos outros, enquanto, os demais devem calar-se para todo o sempre, afim de que o reino da podridão não seja mais tenebroso e Universal do que já é.

andrade da silva

PS:
É tão dramática a verdade deste tenebroso esquecimento que não encontrei no Google nenhuma imagem sobre a intervenção da Escola  Prática de Artilharia no 25 de Abril 74.



6 comentários:

Marília Gonçalves disse...

http://www.25abril.org/index.php?content=1&c1=&c2=&glossario=Escola%20Pr%E1tica%20de%20Artilharia


ESCOLA PRÁTICA DE ARTILHARIA

Vendas Novas, 3 Maio 74

RELATÓRIO DAS ACÇOES DESENVOLVIDAS PELA ESCOLA PRÁTICA DE ARTILHARIA INTEGRADAS NO MOVIMENTO DAS F. A.
1. ANTECEDENTES

Marília Gonçalves disse...

http://www.revista-artilharia.net/index.php?option=com_content&task=view&id=555&Itemid=33

Participação da E.P.A. no 25 de Abril De 1974 PDF Imprimir e-mail
Escrito por Coronel (R) de Artilharia FRANCISCO DOS SANTOS SILVA
30-Ago-2011

Marília Gonçalves disse...

24 de Abril de 1974 – Capitães Santos Silva, Mira Monteiro e Oliveira Patrício e os tenentes Marques Nave, José Cabaça Ruaz, Sales Grade, Sousa Brandão, Andrade e Silva e António Pedro procedem à detenção do coronel Mário Belo de Carvalho e tenente-coronel João Pereira do Nascimento, respectivamente comandante e 2.º comandante da Escola Prática de Artilharia (EPA), em Vendas Novas, ocupam as centrais rádio e telefónica e assumem o controlo do quartel, às 23h00.



http://abril-de-novo.blogspot.fr/2010/04/24-de-abril-de-1974.html

Marília Gonçalves disse...

23h00 - Na Escola Prática de Artilharia (EPA), em Vendas Novas, os capitães Mira Monteiro e Oliveira Patrício e os tenentes Marques Nave, Cabaças Ruaz, Sales Grade, Andrade da Silva e António Pedro procedem à detenção dos comandante e 2º comandante da unidade, respectivamente coronel Mário Belo de Carvalho e tenente-coronel João Manuel Pereira do Nascimento, ocupam as centrais rádio e telefónica e assumem o controlo do quartel.


http://www.instituto-camoes.pt/revista/cronologia.htm

Marília Gonçalves disse...

Às 23 horas, na Escola Prática de Artilharia (EPA), em Vendas Novas, os
capitães Mira Monteiro e Oliveira Patrício e os tenentes Marques Nave, Cabaças
Ruaz, Sales Grade, Andrade da Silva e António Pedro procedem à detenção dos
comandante e 2º comandante da unidade, respectivamente coronel Mário Belo de Carvalho e tenente-coronel João Manuel Pereira do Nascimento, ocupam as
centrais rádio e telefônica e assumem o controlo do quartel.

andrade da silva disse...

obrigado Marília pela lembrança e registo histórico.
asilva