Gente da minha gente, gente
da Liberdade.
Reflictam um pouco. O mais profundo
narcisismo e totalitarismo está em negar ouvir e considerar o que o outro diz, esta
recusa arrogante, assumida em termos do eu individual, ou pior, de um eu
que é um tudo colectivo não é humildade nenhuma, mas é um exacerbamento
infinitamente grande do mais doentio e patológico narcisismo e soberba,
como o estuda a psicopatologia.
Apesar de tudo e já quase exausto
digo uma vez mais, outra vez ainda que:
A Grande estratégia é uma
resposta politica, social e moral VAH (VIVER ABRIL HOJE>CONSTRUIR
O Futuro, para mudar profundamente Portugal e a Europa na defesa e
aprofundamento da Democracia representativa e participativa; na
defesa e aprofundamento da dignidade humana; na defesa e
aprofundamento do desenvolvimento sustentado económica, social e
ecologicamente, como ousamos pensar, embora pareça que a amnésia para
esta grande e gloriosa vitória do pensamento e da alma de Abril
seja a nota mais dominante.
Para alembrar recordo,
também o fazemos aos defuntos, mas esta grande estratégia, ainda,
será um dia vista, perante as pequenas e retóricas estratégicas, como
a que seria necessária nesta encruzilhada.
A unidade estratégica não
se faz dizendo eis aqui o caminho- vamos por aqui, sigam-no,
sobretudo, quando se tratam de velhas estratégias. Como o grande
poeta José Régio recorda há outro, milhões de portugueses , 5 milhões que
dizem: só sei que não vou por aí, porquê?
A grande estratégia não é pegar em
pequenas estratégias que nos têm conduzido a este presente- passado
e levar ainda mais gente para este presente-passado.
A
grande estratégia será um VAH que conduza Portugal e a Europa para um
Presente-Futuro.
Estas
palavras serão caladas neste presente-passado, como o foram nas
tertúlias anti-fascistas e no PREC, neste, com o resultado evidente de que a
chamada esquerda do MFA, reunir,reunia-se, com um coordenador que só sabia
fazer pontos de situação, sem nenhuma visão estratégica, sem nenhuma
estratégia e, por isto, enquanto, o geopolítico Mário Soares no 25 de Novembro
75 tinha um triângulo politico consistente formado por Kissinger/
Carlucci; Alemanha e ele, e um Exército: Vasco Lourenço/ Eanes e o Vice-CEME
que distribuiu armas ao PS, através de Edmundo Pedro, os outros, por
completa falta de estratégia, tinham como comandante das tropas um
otolo, (contracção de oh-tolo! ) sem nenhum comando alternativo
e muito menos revolucionário, e como medida de resistência ficar em casa
debaixo da cama, era um bom destino/ intestino, e, então, como sempre também
havia retórica, canções e pequenas estratégias, que têm sobrevivido
Resumindo e concluindo nada de
novo, as pequenas estratégias, o mesmo modo de fazer as coisas,
mantêm-se, insiste-se nos mesmos procedimentos e os resultados são os
mesmos. Por exemplo, porque se faz na função publica uma greve pura e simples,
sem olhar a quem é quem, porque se não recorre aos conhecimentos do
tailorismo e se junta à greve uma manifestação de indignação e raiva,
com sinais expressos disso e uma quebra na
produtividade significativa, e, assim, cai o argumento de que não se
fez greve por causa do dia de vencimento que se perde etc. etc?
Todavia, isto ultrapassa a
estratégia dos velhos sindicatos, logo, como pensam sempre do mesmo
modo, fazem as coisas do mesmo modo, com o reconhecimento público,
embora cínico, de Morais Sarmento. Mas porque não ousam inovar?
E também porque o VAH é uma
proposta de inovação para uma grande estratégia com o objectivo da
constituição de um projecto Nacional para 6 milhões de vitimas, com uma
liderança nacional com mulheres e homens humanos reais e concretos,
sublinho estas condições, que amam os outros humanos concretos e não as
suas metamorfoses ficcionadas, honestos, competentes, inteligentes e
sábios irá para o cesto do lixo, como uma utopia anti-qualquer coisa, ou uma
mera asneirada, qualquer coisa.
Tornamo-nos nisto, e faz pena,
porque tão grandes capitães- generais tivemos nas rotas dos descobrimentos, e
em 1383, em 1640, em 5 de Outubro de 1910, em 25 de Abril 1974, e fomos
grandes com aquela gente. Espantosamente todos têm em comum uma grande
característica não eram burocratas, mas ínclitas gerações, e
é uma ínclita geração que o VAH procura. É estratégico.
Que se erga um novo e grandiloquente conceito geopolítico para
estes tempos e que a musa antiga descanse, porque lhe faz falta alguma nova
força para ousar caminhos novos, também já Raimond Aron anunciava, como
sociólogo, o desemprego intelectual de hoje, a Idade Média dos ranchos de intelectuais
desempregados, disse-o, nos anos 50; já Barrington More Júnior, por
essa altura, denunciava o pensamento único de hoje. Eram sábios,
não eram estrategas e tiveram razão, mas eles somente
produziram conhecimento fundamental, não eram gente da acção. Todavia, o que faz falta, é fazer a osmose entre conhecimento fundamental, sábio e
humanista e a acção libertadora
abraços
andrade da silva
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