Conheci, pessoalmente, José Casanova, por causa da apresentação da obra poética de Filipe Chinita, tendo estado presente em alguns eventos culturais por ele dirigidos. Sempre o vi,e reconheci com um espírito aberto e atento a outras opiniões que ouvia com interesse, qualidade maior e superlativa dos que se empenham em melhorar o mundo.
Hoje, na antiga Escola de Administração Militar,como estivéssemos em meio militar,foi-me dito que tinha morrido o Casanova,julguei ser o Casanova Ferreira, e, logo, pensei no episódio de 7 de Março 75 em que queria "bondosamente,pois " baixar, à metralhadora, a tensão popular na avenida Luisa Todi de Setúbal, cheia de gente. Facto a que Zeca Afonso dedica uma canção, pelo que senti o que deveria sentir,porém, este sentimento torna-se,agora, numa lágrima.
Julgo pelo pouco,mas talvez suficiente, que conheço de José Casanova, como a muitos outros militantes do PCP, que o distinguia a grande capacidade da conjugação humilde, revolucionária, humana e, em relação a Portugal patriótica, de considerar os diferentes, por saber que é conjugando esforços que se mudam as coisas. Só com cidadãos com estas práticas se poderá alterar a substância podre e corrupta do actual ESTADO/REPÚBLICA Portuguesa e da Europa.
A todos os familiares, camaradas e amigos próximos de Casanova,como creio ser, o caso do Filipe Chinita o meu grande abraço que peço que transmitam à sua família.Às gente do Couço, com quem tanto estive, também o meu abraço,por perderem fisicamente um dos seus.
andrade da silva
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