terça-feira, 16 de dezembro de 2014

05 - POEMÁRIO * Ocaso




No sossego da tarde, entardeço.
Uma brisa suave me afaga.

No desgosto da Vida do avesso,
cada ocaso parece uma chaga.


Na fogueira que o céu incendeia,
uma chaga doendo enquanto arde.
Passam horas e o tempo escasseia!
E esta chaga a doer... e é tão tarde!


Já no céu esmorece o clarão.
A fogueira é agora uma vela
que já mal tremeluz nas lonjuras!...


Sinto o sono no meu coração.
No silêncio em torpor, que me vela,
fecho os olhos e fico às escuras.




29 de Outubro de 2010.
Viana*Évora*Portugal