"Emigrar e morrer longe de todos,só,é uma tragédia sem dimensão"
Paulo, nome de menino,
Paulo, nome de menino,
filho de sua mãe,
nascido, em Arganil.
Um dia,a Lisboa,aportou.
Novo futuro procurou.
Casou.
Tornou-se pai.
Mas esta Lisboa,
Este Portugal,
dão-lhe vida madrasta.
A crise, ainda, mais o espolia.
E a França, de sempre, atrai-o.
Novamente de partida,
busca o que Portugal lhe nega:
um vida com melhor sorriso:
É pai,
É marido.
É jovem.
A mulher jovem é;
A filha,ainda criança,
choram a sua partida
E, dois meses depois,o regresso.
Paulo vivo partiu,
agora,jaz morto.
Regressou a Arganil
em pesadelo de pinho.
O mundo desabou,
já, mundo não há.
Pobre Paulo!
Pobre família!
Gritei por ti, entre Portugal.
Mas o deserto desértico
não sente:
Pedras e cardos.
Cai-me uma lágrima
fria,solitária.
Paulo!
Choro-te,
Choro-me.
Tanta gente,
choro-vos,todos:
todos sois vitimas.
Deserto, cardos,pedras
Eia:
A subhumanidade.
Paulo!...Paulo!....Paulo!....
Vejo-te na tua humildade,bondade, timidez....
DÓI-ME!
O mundo?...a Vida?...
Paulo até sempre!....
31 Julho 2015
joao
PS: os desertos, os cardos, as pedras feitas corações matam-me o Sol e o Sal da vida. A humanidade nunca deve ter existido,ou implodiu em nenhures.
Que é, que é, foi ou será,o homem,a humanidade,o humanismo,ou,entre nós, Portugal de Abril?
O que existe será, exactamente igual ao que não exista,ou seja:O NADA ABSOLUTO????? MY GOD!
Sei que há sempre mar ,e uma criança,uma mulher que sorriem ..e vento...nu...vida.. .but...
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