sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

05 - POEMÁRIO * A memória de nós



NAS ÁGUAS DO NOSSO ODIANA


A memória de nós



Tens razão, a saudade que mata

devagar

é o pranto a doer que desata

este nó que sufoca a garganta

e a chorar

canta.



Canta a cor do sol posto,

um incêndio inventando o rubor

do teu rosto

nos momentos de entrega e de amor.



Que momentos de ti para mim!

Que momentos de mim para ti!

Que princípio e que fim

nós quisemos e fomos aqui!





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 1 de Janeiro de 2016.

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