quarta-feira, 3 de agosto de 2016

05 - POEMÁRIO * No mito de Sagres



(Do baú do esquecimento)

No mito de Sagres






Do sonho menino,

a raiz

que me quis

um destino.



Fui além de mim,

fui até ao fim

p’ra saber quem era.

Nesta letargia

que me regenera,

o sonho porfia.



Que o sonho desponte

em novo horizonte

e chame por mim.!

Irei caravela

nas mãos da procela

sempre até ao fim!



E depois do fim,

que rasguem as vendas

do ignaro festim.

E vivam as lendas

do sonho carmim

rasgando outras sendas

mais além de mim.







José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 20 de Junho de 1973.
Revisto em 3 de Agosto de 2016.

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