terça-feira, 31 de janeiro de 2017

DIÁLOGO ESSENCIAL COM JOAQUIM CASTRO, NO FACEBOOK: DIFERENTES MAS IGUAIS?


TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS!

Nota; No texto a que se refere o comentário  de Joaquim Castro defendia uma paráfrase do "Todos diferentes . Todos iguais " nos seguintes  termos: diferentes cada um de nós e todos, quanto à natureza  biopsicológica inter e intra etnias, e todos iguais, perante as leis justas, quanto a deveres e direitos  sem nenhuma discriminação positiva ou negativa, mas com todos sujeitos,  com tempo e conteúdos  adequados, a  processos de socialização e aprendizagem dos costumes e leis dos países de acolhimento de emigrantes ou refugiados,como acontece com os naturais - um cidadão é uma construção longa"


 Todos diferentes todos iguais tem a sua origem na discriminação, ler An American Dilemma: The Negro Problem In Modern Democracy" de Myrdal, 1944. Não há soluções fáceis, e esse lema dá que pensar.
São diferentes tradições culturais, todos diferentes todos iguais tem origem na cultural wasp, na declaração de independência norte americana, o dilema de que falava o norueguês prémio nobel da literatura, estava já presente na obra de Tocqueville. A declaração wasp da independência, também  republicana assenta no dever de todos os indivíduos em se desenvolverem, enquanto tal, perante Deus
As palavras democracia, igualdade, que aparecem na obra do francês, não eram queridas pelos republicanos norte americanos, era sinonima de anarquia. no entanto, o individualismo já presente na obra do primeiro papa, convivia com os valores universais que estão presentes também na bíblia
Os  separados, mas iguais, implica o reconhecimento do outro como igual, mas implica também uma separação, curiosamente, é mais próximo do modelo multicultural do que da assimilação, é próximo  também  da cultura de separação praticada nos EUA e na África do Sul. É próximo da tontice da discriminação positiva ainda em voga na Europa. Os discursos acerca das relações étnicas, isto é, rácicas, tem a sua origem na cultura wasp, até porque estes se tornaram no grande império, o qual, inclui a produção cientifica.
Se desejar, poderá ver a cultura wasp como uma cultura que dá direitos, liberal, da qual os republicanos fazem parte, sendo que estes se ficam pela ligação abstracta com os valores protestantes, da ligação individual a Deus, e no reconhecimento do outro, o primeiro direito é esse, o do reconhecimento. os restantes direitos ditos sociais, económicos, pertencem se quiser aos democratas , palavra esse não querida pelos republicanos norte americanos, essa é a contradição, o dilema.
O principio do reconhecimento não altera relações de poder assimétricas, antes as solidifica, não é universal, antes divide, mas os valores da república francesa, em parte têm os mesmos dilemas, Tocqueville, sendo um democrata, ao  contrário do que se pensa em França, onde é considerado, um conservador, era a favor da colonização da Argélia, mas era contras a escravidão, e a favor da partilha do poder, democrata
 Os valores da República são abstractos, o laicismo é como que uma forma sem conteúdo. a contradição chega, quando uma parte do conteúdo não aceita essa forma, a forma universal, é uma contradição, meramente formal, e ainda sem conteúdos de outros direitos liberais de ordem socioeconómica ou legais. O todos diferentes e todos iguais, contem em si essa contradição, assim como os separados, mas iguais já a continha.
 Exacto  tenho medo a essas palavras grandiosas de governo universal. Napoleão, pensava mais ou menos assim, enquanto que as suas tropas queimavam ponto.
Como vejo que é psicólogo poderá ler as criticas de Rudmin ao modelo de Berry, ou a Rudmin, F. W., Wang, B., & Castro, J. F. P. (2016). Acculturation research critiques and alternative research designs. In S. J. Schwartz & J. B. Unger, (Ed.), Handbook of acculturation and health. Oxford: Oxford University Press.
 Não sei o que são coisas universais e nem sei o que são as particulares, exemplo, não sei o que é ser português, nem tenho a verdade comigo, nem sou portador da tolerância universal.
de:
Joaquim Castro


 Caro Joaquim muito obrigado pela brilhante informação.
A Governança Mundial que defendo é a que há muitas décadas atrás, centenas de sábios, reunidos em Tóquio, pensavam e assentam na sabedoria, na defesa da dignidade humana, no estado de direito, no desenvolvimento, ( publicado nos caderno do jornal Século ).
Napoleão era um mero belicista. um imperador que nasceu nos campos de Batalha por ganhar batalhas.
A Governança mundial da natureza que defendo  seria exercida através de um processo de sobredeterminação com sede na ONU. Compreendo a utopia  desta posição, mas se não pensarmos no utópico nunca nada acontecerá.
 Todavia como verá num post que vou editar o meu pensamento como cidadão e psicólogo é muito mais cruel e pessimista - vence o Darwismo.

Vou fazer um post com estes seus comentários editá-lo e enviar aos meus contactos, aprendemos sempre . Bem~haja .abraço 
andrade da silva




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