domingo, 7 de outubro de 2018

SENHOR PRESIDENTE, COMO COMANDANTE CHEFE CONDUZA AS FORÇAS ARMADAS PARA SE CUMPRIREM!




Os problemas dos militares já se arrastam, desde o tempo do Fernando Nogueira, para não dizer antes, quando este durante a sua estadia no ministério da justiça, colocou a magistratura fora da personalidade jurídica de funcionário público e aumentou  significativamente os seus vencimentos. 

Quando o senhor Fernando Nogueira assentou arraiais no ministério da Defesa, o pessoal militar, ingenuamente, acreditou que alguma coisa seria feita, ingenuidade própria dos militares. Assim, o governo do senhor Cavaco Silva, não perdeu tempo e antes que fosse tarde, colocou os militares como Funcionários Públicos numa categoria “Especial”, cujos resultados práticos ninguém os sentiu, embora, as Forças Armadas fossen acusadas “publicamente” como privilegiadas em relação a outras carreiras da FP. 

A malta da briosa, Forças Armadas, não gostou e, assim, no tempo de Guterrez, perante um estudo comparativo da evolução das carreiras e vencimentos da Função Pública, do qual fiz parte, a rapaziada militar fez-se à vida e contestou a forma como estava a ser tratada, argumentando que as Forças Armadas também pertenciam ao arco dos chamados Órgãos de Soberania, como os magistrados.

 Perante a gravidade da situação, os militares publicamente demonstraram o seu descontentamento, através das suas idas, devidamente fardados, a almoços em restaurantes públicos, em vez do almoço nas messes, os arautos do costume, os chamados militares com o espírito puro de Abril e dentro destes alguns ainda mais puros, dizem as más línguas ligados à maçonaria, com falinhas mansas afirmavam que o senhor primeiro- ministro estava muito preocupado e que a situação seria resolvida, com inteligência, depois das eleições.Claro  Guterrez aproveitou umas autárquicas menos boas e pôs-se ao fresco. Tudo como dantes e quartel general em Abrantes.

Logo de seguida vem  Barroso e descobre que o país está de tanga, logicamente que a mensagem também chegou aos militares, e para que não houvesse dúvidas, em Setembro de 2004, quase consensualmente, exclui-se daqui o PCP, foi aprovado o fim do Serviço Militar Obrigatório. Palavras para que!!! 

Ao contrário do que se diz todos os governos desde Sócrates, TROIKA, vulgo Passos Coelho, e, agora, Geringonça, alegando a necessidade do se fazerem cortes orçamentais, têm pautado a sua actuação em relação às Forças Armadas, de igual modo e sabedoria, cortes monumentais em pessoal e por imposição dos tratados externos no aumento de missões no estrangeiro, as chamadas Forças Nacionais destacadas. 

Assim, o “roubo de Tancos”, o maior ataque que alguma vez se fez em tempo de paz às Forças Armadas, e a forma como ele tem sido tratado pelos responsáveis, incluindo aqui o ex-general CEMGA e o General CEME, levou a que muitos militares se indignassem, pois a imagem que é passada sem contraditório na opinião pública nacional e estrangeira, é deveras penalizadora para as Forças Armadas. 

Toda a gente e bem, claro, no exercício do seu direito constitucional, como os professores, juízes, médicos, enfermeiros podem contestar publicamente o que lhes vai na alma, claro, está tudo numa boa, mesmo quando se trata do bem mais sagrado, a saúde, em contrapartida os militares devido às obrigações da sua “condição militar” não podem exteriorizar o que lhes vai na alma, e o poder logo que tenha uma abébia, neste caso do “roubo de Tancos”, os militares são algemados e tratados judicialmente como se de monstros se tratassem e bico calado, senão! 

Mas voltando à história de Tancos, a recuperação do material roubado - pergunta-se será que os nossos coronéis agora brincam às guerras e encenações, sem cobertura da hierarquia, neste caso particular, do senhor ministro da Defesa? Não passa pela cabeça de alguém que o senhor ministro e afins não tenham tido conhecimento?

 Parece que os papéis ainda não apareceram, mas como os militares só trabalham com memorandos e outros documentos para despacho superior, penso que ainda podem aparecer, mas tudo é possível, não acredito em bruxas mas que elas existem é uma verdade.

 Perante a gravidade do “roubo de Tancos”, este impôs conversas, em off ou não, relacionadas com a preparação da dita operação de retorno do material roubado e, agora, não venham com "tangas" dos computadores que desaparecem ou são desformatados, por engenharias esotéricas.

 Embora não se queira que se saiba, o Exército foi um dos grandes baluartes que proporcionou a independência da nação portuguesa desde 1143, mais tarde conjuntamente com a marinha realizaram a epopeia dos Descobrimentos, dar conhecimento de novos mundos ao Mundo. Não foi o 5 de Outubro ou o 25 de Abril que salvaram a independência nacional, esta foi defendida, com sangue, suor e lágrimas, no ano de 1383/85, no 1º de Dezembro de 1640, durante as invasões francesas, onde, as elites do costume eram afrancesadas e em todas as outras invasões a que fomos sujeitos, mesmo com traições, são estas as datas e os períodos que exaltam, com o sacrifício da própria vida, o que é ser Português, de corpo inteiro.Não havia mercados e as Forças Armadas cumpriram como puderam a Missão. 

Só o senhor presidente da República, pois os nossos generais são muito reservados no activo, poderá, tem a obrigação pelo lugar que ocupa de comandante supremo das Forças Armadas, pautar a defesa da Instituição militar, acredito que com um empurrão do senhor Marcelo Rebelo de Sousa, para que os pontos fortes e fracos da Instituição sejam devidamente discutidos, analisados e  de forma escorreita se esbatam as suas venerabilidades e insuficiências formais, materiais e na gestão dos seus recursos humanos.  Até lá, o mesmo do costume.desculpem qualquer coisinha.

José Moreira (a)

Nunca derrotado e jamais vencido capitão de Abril,vivo e de pé

1 comentário:

andrade da silva disse...

Caro Camarada aquele abraço. Dentro de 48 horas lançarei um grito para um novo projecto para as Forças Armadas

andrade da silva