quinta-feira, 10 de julho de 2008

ESTADO DA NAÇÃO




A Saúde e a Justiça...


Diz um inquérito à opinião pública, referido no Expresso on-line, de 8 Julho que a justiça e a saúde estão mal, OK, mas qual a novidade? Isso já sabíamos. Mas!?...

Mas a economia está bem? Mas a administração Pública está bem? Mas a agricultura está bem? Mas a educação está bem? Mas a investigação, a ciência e as universidades estão bem? Mas a segurança dos cidadãos está bem? Mas a cultura está bem? Mas os transportes públicos estão bem? Mas o endividamento externo está bem? Mas o combate à corrupção e à evasão fiscal estão bem? Mas o código do trabalho é bom? Mas as políticas activas do crescimento económico são boas? Mas a taxa de desemprego está bem? Mas a politica salarial e as politicas de avaliação do pessoal estão bem? Mas as políticas de informação e de participação dos cidadãos na vida nacional e europeia estão bem? Mas a situação na agricultura e pescas está bem, claro que os diospiros são um belíssimo fruto, as bananas e as anonas da Madeira também? Mas as politicas sociais de protecção aos idosos e às crianças estão bem? Não sei. Mas julgava que não, mas talvez esteja com visões e alucinações.

Afinal está tudo bem, 8% desempregados, milhares e milhares de empresários a declararem um lucro de 750€ mês e outros menos, haver 18 a 20% pessoas no limiar da pobreza e outros tantos a aproximarem-se desse limiar, apesar de terem canudos e fazerem parte da classe média, ou seja, do principal pilar da democracia na sua forma semi-quente, isto é, a social-democracia são tudo pequenas questões. Tão pequenas que ameaçam a própria democracia em Portugal e na Europa, mas isto são meras fantasias que até alguns donos dos euros, mas com alguma consciência social sobre este desgraçado estado de coisas, já vão falando e reclamando um imposto especial sobre as poucas, mas grandes fortunas que neste tempo de crise crescem exponencialmente, criando um desequilíbrio social e psicológico insustentável.

Como todos sabem estes pontos de grave desequilíbrio têm de ser ultrapassados e resolvidos com melhores politicas de ESQUERDA (melhor distribuição da riqueza; melhor formação profissional; justiça eficaz e justa para todos; melhor e mais justa fiscalidade com impostos progressivos; melhores salários, mais supervisão e menos graus de liberdade para os bancos taxarem os clientes; menos, melhores e mais equitativos impostos; reforma da saúde e da educação despartidarizada e não focalizada no centrão; fim da privatização total do Estado no interesse dos grandes empresários e do capital financeiro; melhor e mais participação dos cidadãos na vida da República; controle do endividamento externo; estabelecimento de prioridades em relação aos grandes investimentos públicos; ética no cumprimento dos compromissos eleitorais etc) ou o país e a Europa correm um sério risco de caírem novamente num longo período de ESCURIDÃO

Perante tão grave ameaça para todos, mesmo para a maioria dos que hoje são governo e amanhã serão meros cidadãos, todas as políticas deviam ser pensadas neste futuro para todos, e não no mero jogo eleitoral de ganhar eleições, sobretudo para fazer o que não interessa tanto à LUMINOSIDADE da História, e serve mais a sua ESCURIDÃO.
PORTUGAL!
andrade da silva

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