segunda-feira, 28 de julho de 2008

UM LIBELO, NEMHUM JUIZ. PORTUGAL MATADO.


À voragem da ganância nada é poupado. O nosso património construído está abandonado aos pombos. O mosteiro de Alcobaça morre bombardeado por 12 quilos de mer../ano dos pombos. Não há dinheiro para nenhuma obra de recuperação. Todavia o município e os munícipes de Alcobaça arranjaram dinheiro para dar 170 mil euros para um espectáculo de magia, que a magia que teve, foi a de não acontecer nada.

Mas que municípios estes? Mas quem somos nós?

Na Madeira toda a costa foi comida por obras, pelas casas de sonho que estão desabitadas, mas pertencem aos senhores do Mundo. A Montanha, (freguesia sobranceira ao Funchal) o Funchal, onde, vivi, está lindinho, mas igualzinho a qualquer outra coisa lindinha, em qualquer outra parte do globo.

Destruiu-se a natureza, como no Algarve, como em Espanha nas zonas de turismo. O Mundo, os humanos, a natureza perdeu, mas os senhores do Mundo ganharam, e até os responsáveis por estas barbaridades, como é o caso de D. Alberto João que se eternizam no poder. Mas que país é este? Mas que mundo é este? Mas quem somos nós?

Conheci Porto Corvo, andei nas rochas à caça do mexilhão, mas todo este Portugal litoral foi condenado à morte, e dizem que isto é progresso. Mas se progresso é MORTE, como amo a vida que existe em Monsanto, no Sardoal, no Portugal profundo que infelizmente morre, porque não tem gente!

Todavia há lusitanos, verdadeiros Veriatos, que resistem, com pequenos projectos, como é o caso do restaurante 4 Talhas do Sardoal (passem por lá, vão ver um optimista que luta e gosta do que faz, a módico preço).

É preciso novo modelo de desenvolvimento não baseado em máquinas que fazem dinheiro, tornando tudo isto num grande casino de um jogo letal de sorte e azar, mas que poderá tornar-se para os humanos num jogo de roleta russa com todas as balas metidas no tambor à excepção de uma que é a saída possível para a salvação da natureza: amá-la e preservá-la.

Neste dia da natureza (28 Julho) seria bom pensarmos que estamos a matar o Mundo que nos sustenta. A mim um artista e um historiador convertido ao jardinismo chama-me troglodita, quando lhe falo nestas coisas, mas ele e todos os que matam a natureza e os seus cúmplices estão a cometer um gravíssimo erro ou por ignorância, ou por dolo criminoso, porque pura e simplesmente estão a suicidar-se (o que seria com eles), mas a nós assassinam-nos, o que é coisa diferente, porque nunca matarão a vida em sentido CÓSMICO, a vida em sentido cósmico fará todas as adaptações para sobreviver. A VIDA SOBEVIVIVERÁ. OS HUMANOS É DUVIDOSO. (Vide em Deus de Amanhã de Neale Walsch, a demonstração).

Mas que país somos, mas que cidadãos somos, quando são exactamente os eleitos que estão mais próximos dos eleitores os que cometem estes atentados, e são cada vez mais votados, quanto mais masmarros criam e atentam contra a natureza; quanto maior asneira, maior corrupção, mais votos têm?

Mas que pais somos, quando aquela gente é ajudada pela Assembleia da República, quando não legisla com rigor e precisão nestas matérias, nomeadamente nos crimes de corrupção, fuga aos fisco e os crimes ecológicos, isto é, os crimes que não são os pequenos larápios que cometem, não são os “pretos”, estes crimes são cometidos pelos governantes e pelas pessoas que dão emprego a quem tem fome e a quem reverencialmente os cangados e os escravos- Humberto Delgado dizia que éramos um país de escravos – dobram a espinha, fecham os olhos, tapam os ouvidos e cozem as bocas?

MAS QUEM SOMOS NÓS QUE NOS ESTAMOS A MATAR COLECTIVAMENTE, PARA TERMOS A COMODIDADE DE VIVERMOS COMPORTIMEMTADOS EM CIDADES POLUÍDAS; FEIAS; CHEIAS DE INSEGURANÇA; MAS REPLETAS DE CENTROS COMERCIAIS A VENDEREM PECHISBEQUE QUE APARENTEMENTE IDENTIFICAM OS POBRES COM AS PERSONAGENS MÍTICAS?

Mas que país, mas que cidadãos somos que vamos a caminho do extermínio passivamente e de um modo pateticamente consentido?

Andrade da Silva
2008-07-28

3 comentários:

Domingos Neto disse...

Caro Andrade da Silva, este seu post parece-me sintónico com as corajosas palavras de João Cravinho sobre o combate à tecnocracia e à corrupção, para colocar no poder um Governo de Pessoas e para as pessoas

andrade da silva disse...

Caro Domingos Neto
Julgo que será preciso lutar por esse muito natural objectivo: um GOVERNO DE PESSOAS PARA AS PESSOAS, uma sintese total, é isto mesmo, todavia para se alcançar tal objectivo tantos terão de o querer e exigir.

Pareceria que todos o desejariam: uns como governantes e todos como cidadãos, mas nestas contas ao contrário os que governam sabemm que as pessoas existem nas campanhas eleitorais, e os eleitores adoram ser enganados pelos mais jeitosos nas TV.

Enfim uns poucos lá encontram forças para lutarem contra este tsumani de hipocrisia, estúpidez e sobretudo voracidade gananciosa dos poderosos.
um abraço
andrade da silva

Anónimo disse...

Enquanto não soubermos merecer-nos, assim continuaremos...para nossa desgraça.
José-Augusto