quinta-feira, 28 de agosto de 2008

01 - LIBERDADE E CIDADANIA - Entendamo-nos!


A permissividade é outra maleita séria que grassa na cidade. E mais séria ainda se consente na violação de deveres de honra e de dignidade.
Sabemos, todos sabemos, o desaforo que vai por aí!
No tempo da velha senhora, eram as nomeações, porque o povo – coitado do povo! – não estava preparado para a democracia; agora são os votos e as mordomias que eles proporcionam aos eleitos, independentemente de bem ou mal se haverem no desempenho dos cargos.
Há inclusivamente quem afronte a bandeira por que foi eleito, num desprezo claro pelo compromisso assumido perante a força política e pelos eleitores desta. E quando assim é, a desfaçatez passa pela passagem a «independente» ou pela negociação em que a força política tem de optar pela cedência ou pela perda de representatividade.
O povo eleitor não entende nem uma situação nem outra. Sustento que a figura de independente só poderá existir quando o eleito se apresentar ao eleitorado como tal, logo sem cobertura partidária. A negociação aceite pela força política é uma afronta aos seus princípios e ao seu eleitorado.
Situemos a questão: o candidato por uma força política assume o compromisso óbvio de o ser; e se for eleito, também obviamente o é ao serviço dessa mesma força política. Daqui se infere que se esse compromisso for quebrado, ao candidato ou ao eleito apenas restará o caminho da resignação.
Situando a questão de outro modo: se se entende a legitimidade do eleito, por oposição se determina a ilegitimidade da bandeira partidária.
Considerando que esta questão não é de somenos, aqui apelo à sua discussão.
Até sempre.

José-Augusto de Carvalho
28/8/2008.

1 comentário:

andrade da silva disse...

Caro José Augusto

Discordo por completo da actual lei eleitoral, logo, da exclusividade da representação politica mediocre dos partidos.

Todavia pela natureza e dignidade da matéria responderei, em post, amanhã, para não "engarrafar" o blogue.

andrade da silva